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Cotação do dólar e sessão da Bolsa hoje (30); acompanhe – 30/01/2025 – Mercado

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O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (30), com o mercado repercutindo as decisões de juros do Brasil e dos Estados Unidos do dia anterior.

Enquanto o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) manteve a taxa inalterada e interrompeu a sequência de cortes, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) subiu a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano —ambas as divulgações em linha com as expectativas do mercado.

Às 9h06, a moeda norte-americana subia 0,81%, cotada a R$ 5,9159. Na quarta, fechou em estabilidade, com queda marginal de 0,01%, cotada a R$ 5,867. Já a Bolsa caiu 0,50%, aos 123.432 pontos. A decisão do Copom foi anunciada após o fechamento do mercado.

O Fed manteve a taxa de juros na banda de 4,25% e 4,5%, como amplamente esperado.

No comunicado, removeu a linguagem das últimas atas que dizia que a inflação estava progredindo em direção à meta e, agora, observou que o ritmo de aumento nos preços “permanece elevado”. As autoridades ainda disseram acreditar que o progresso na redução da inflação será retomado este ano, embora não tenham dado nenhuma indicação de quando as taxas irão voltar a cair.

“Chama a atenção a mudança no tom do comunicado, que foi sutil, mas significativa. Em dezembro, o comitê enxergava que o mercado de trabalho estava desaquecendo, enquanto a inflação mostrava ganhos significativos em direção à meta”, avalia André Valério, economista sênior do Inter.

No comunicado dessa quarta, indica que enxerga solidez no mercado de trabalho, enquanto a inflação permanece, na visão do comitê, elevada. Foi uma inclinação hawkish [postura disposta a subir juros e conter a inflação] na comunicação.”

Após reunião de dezembro, o Fed —de olho na persistência da inflação acima da meta de 2%, no mercado de trabalho forte e na incerteza sobre efeitos da política econômica do presidente Donald Trumpjá tinha indicado uma postura mais cautelosa e previsto menos cortes em 2025.

Em entrevista coletiva após a reunião, o presidente da autarquia, Jerome Powell, disse que é muito cedo para dizer o que as possíveis medidas de Trump causarão sobre a economia e que o banco central levará o tempo necessário para avaliar o significado do novo regime de políticas governamentais.

Desde a campanha eleitoral, o republicano tem prometido elevar as tarifas de importação para produtos vindos da China, Canadá, União Europeia, México, entre outros.

Segundo especialistas em comércio, a imposição de tarifas mais altas afetaria os fluxos comerciais, aumentaria custos e provocaria retaliações. Na economia doméstica dos EUA, ainda há o risco de um repique inflacionário, o que pode comprometer a briga do Fed contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Nenhuma ordem foi assinada por enquanto. A leitura é que a política tarifária tem sido menos agressiva do que se esperava para os primeiros dias de governo, e o mercado pondera se as ameaças são bravatas políticas ou de fato planos concretos do presidente. Até agora, Trump apenas orientou que as agências federais investiguem os déficits comerciais dos EUA e práticas comerciais “injustas” de países parceiros.

As autoridades do Fed estão “esperando para ver quais políticas serão promulgadas”, disse Powell.

“Não sabemos o que acontecerá com as tarifas, com a imigração, com a política fiscal e com a política regulatória.”

Na análise de Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, o Fed deve manter a postura técnica até que os planos do presidente se desenrolem.

“A adoção e execução desse plano econômico é incerto. Haverá negociações e muita discussão. Logo, o Fed deve manter a postura técnica e esperar a evolução da economia norte-americana para tomada de decisão, sem se precipitar, a fim de manter a sua credibilidade”, afirma.

Já André Valério, do Inter, avalia como “prudente” a postura do banco central norte-americano.

“Powell enfatizou em sua coletiva que ajustes adicionais na taxa de juros deverão ocorrer se houver novos avanços na convergência da inflação ou piora adicional no mercado de trabalho. Assim, mantemos o cenário base de mais dois cortes em 2025, como projetado pelo Fed em dezembro”, diz.

“Naturalmente, esses cortes serão dependentes das novas divulgações de dados, e as políticas de Trump são um risco para esse cenário, especialmente a implementação de tarifas. Entretanto, até o momento tais tarifas não foram implementadas e, nesse caso, podemos ter as condições necessárias para o Fed dar continuidade ao ciclo de cortes.”

A indefinição sobre a política tarifária tem feito o dólar perder parte do valor no Brasil e em outras praças. Segundo dados da Bloomberg, o investidor estrangeiro reduziu em US$ 19,7 bilhões as apostas de que o real perderia valor ante o dólar no mercado de fundos cambiais desde o último pico, de 16 de dezembro de 2024.

As posições hoje compradas em dólar marcam US$ 57,83 bilhões, contra US$ 77,61 bilhões em dezembro.

Além da falta de medidas concretas do governo Trump, a valorização do real tem sido atribuída à ausência de novidades na cena fiscal brasileira e à perspectiva de uma taxa Selic mais alta em 2025.

Já na ponta brasileira, o Copom manteve a indicação da reunião de dezembro e aumentou a Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano.

O objetivo da elevação é segurar a inflação. No último boletim Focus, analistas ouvidos pelo BC esperam que IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) termine o ano em 5,50%.

O centro da meta para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A piora nas projeções reflete a desconfiança dos economistas com o compromisso do governo Lula com o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade do arcabouço fiscal. Em novembro, o Copom reforçou o alerta sobre risco fiscal e disse que uma piora adicional das expectativas de inflação poderia prolongar o ciclo de alta de juros.

Com Reuters



Leia Mais: Folha

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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