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Crítica de pássaros – O drama selvagem e alegre da maioridade de Andrea Arnold | Filmes dramáticos

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Wendy Ide

UMOs filmes de Andrea Arnold têm uma energia emocionante e totalmente distinta. Pegue o set dela nos EUA Mel americano (2016), com seu espírito fora da lei inquieto e inquieto e sua música usada em primeiro plano, ou o fervor terreno de sua versão de 2011 de Morro dos Ventos Uivantes. Os filmes do realizador britânico são selvagens, imprevisíveis e indomáveis, pautados pela empatia, curiosidade e uma forma de trabalhar que abraça o caos e a descoberta. Com seu meio marginalizado e temas de selvageria dentro, Pássaroque rendeu um impressionante volume de Indicações ao prêmio de filme independente britânico semana passada, só poderia ser uma criação de Andrea Arnold.

De certa forma, porém, é também uma partida notável para esta cineasta em constante evolução, que regressa ao Reino Unido – especificamente ao norte de Kent, onde cresceu e mais tarde filmou a sua curta-metragem. Vespa – para seu primeiro longa de ficção desde Mel americano. A mudança mais óbvia é o elemento fantástico. Tendo habitado por muito tempo o extremo realista social do espectro, Arnold se aventura no realismo mágico pela primeira vez. Se, como eu, você é alérgico ao gênero em suas formas mais brilhantes e caprichosas, não tema: esta versão tem dentes.

Mas há algo mais em jogo aqui: Pássaro é contado do ponto de vista de Bailey, de 12 anos – interpretado pela fenomenal novata Nykiya Adams – crescendo em uma unidade familiar não convencional que beira o disfuncional. Sua casa é uma ocupação livre e grafitada, compartilhada com um meio-irmão adolescente, Hunter (o colega não profissional Jason Buda, que combina as certezas morais de uma criança com a propensão de um adulto para a violência), e seu irresponsável, frequentemente de topless e extravagantemente tatuado. pai, Bug (Barry Keoghan, chacoalhando nas bordas do quadro em um papel que nasceu para interpretar). Bug está prestes a se casar com uma mulher que conhece há três meses, em uma cerimônia turbulenta que planeja financiar por meio de um novo empreendimento: vender as secreções psicotrópicas da pele de um “sapo drogado”. A mãe de Bailey, seu novo namorado violento e imprevisível e os três meio-irmãos mais novos de Bailey vivem do outro lado de uma cidade onde as crianças correm soltas e os colchões descartados são reaproveitados como trampolins.

Barry Keoghan como pai irresponsável, Bug: ‘um papel que ele nasceu para desempenhar’. Fotografia: Mubi

No papel, parece incessantemente sombrio e desesperador. Na verdade, Pássaro encontra beleza e maravilha em cada quadro (um que Arnold astutamente moldou para evocar o formato e os cantos curvos da tela de um smartphone, ecoando a maneira como Bailey captura momentos privados de poesia visual). O filme celebra, em vez de julgar, seus personagens erráticos e ocasionalmente desafiadores. Andreia Arnoldo chegou a um filme alegre.

O elemento de fantasia vem na forma de Bird (o ator alemão Franz Rogowski, fazendo pleno uso da fisicalidade de seu dançarino), um curioso vagabundo com sotaque exótico que diz que morava com sua família em uma propriedade local e foi separado de seus pais quando criança. Bailey inicialmente suspeita desse espírito alegre e irrestrito que dorme no telhado de um prédio próximo. Mas ela também está fascinada, apesar de tudo.

‘Aproveitando ao máximo a fisicalidade de seu dançarino’: Franz Rogowski como Bird. Fotografia: Mubi

Arnold filma cronologicamente e não dá aos atores um roteiro completo: eles descobrem a história no dia a dia. A reação de Adams – uma cautela agressiva e combativa – quando ela conhece Bird pela primeira vez, em um campo onde ela dormiu depois de uma briga com Bug, parece sincera. E reflete a resposta inicial do público: naturalmente presumimos que ele é uma ameaça. Uma das mensagens centrais de Arnold aqui é que nem tudo que é diferente é perigoso – algo que se aplica não apenas a Bird como personagem, mas às vidas não convencionais de Bug e Bailey na periferia – vidas que não necessariamente se enquadram nas normas da sociedade.

Quem ou o que é Bird? Um anjo da guarda? Uma invenção da imaginação de Bailey? Um fantasma? Arnold mantém uma ambigüidade provocante o tempo todo. No entanto, se a inocência sobrenatural e recém-nascida de Rogowski no papel ainda não tivesse nos avisado, uma grande mudança de cena no final confirma que Bird é, pelo menos em alguns aspectos, exatamente o que diz ser.

E talvez Bird e Bug também não sejam tão diferentes: ambos são espíritos livres que voam à vontade, e estão presentes para Bailey no ponto mais vulnerável de sua jornada de maioridade. Com sua sequência final estendida e alegre e desinibida, na qual a câmera nada embriagada pela recepção do casamento de Bug, o filme levanta a taça em uma saudação final: famílias amorosas são feras imprevisíveis que vêm em muitas formas e formas, todas elas para serem celebradas.



Leia Mais: The Guardian

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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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Esse cãozinho bastante ferido pediu socorro em uma delegacia no Recife (PE), com um chicote de moto no pescoço dele. Foi atendido na hora. Foto: PRF

Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!

Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.

Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!

Ato de resistência

A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.

Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.

Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.

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Histórico de discriminação

Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.

Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.

A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.

Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”

Internet apoia

Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.

“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.

Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.

“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.

O racismo tem que acabar!

Veja como foi a manifestação dos estudantes:

O recado foi certeiro: não passarão!

Uma verdadeira festa da democracia:



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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.

Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.

Carros com maiores descontos

Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:

  • Renault Kwid: queda de 12,5%
  • Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
  • Honda HR-V: queda de 8,29%
  • Fiat Argo: queda de 7,73%
  • Fiat Mobi: queda de 6,06%
  • Hyundai Creta: queda de 5,88%
  • Volkswagen Polo: queda de 1,27%
  • Chevrolet Onix: queda de 0,43%

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Impacto para motoristas

Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.

Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.

Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.

Impacto nos preços

De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.

O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.

A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.

Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.

Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.

O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. - Foto: Divulgação O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação



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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os  conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.

Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.

Como vai funcionar

A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.

Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.

Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.

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O que os resultados vão mudar

Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.

A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.

O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).

Como fazer as inscrições

Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.

A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.

Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).

Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.

O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil



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