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Cuba forçada a ‘paralisar a economia’ em meio a uma crise energética desesperada | Notícias sobre energia

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Milhões de cubanos enfrentam apagões de 12 horas por dia, mas o primeiro-ministro Marrero diz que o país “ainda não está num abismo sem fundo”.

O governo de Cuba anunciou que suspenderá todos os serviços e negócios estatais não vitais por três dias, enquanto luta contra uma crise energética que causou maratonas de apagões em grande parte do país.

O primeiro-ministro Manuel Marrero descreveu as medidas num discurso na noite de quinta-feira, dizendo que o governo não tinha escolha senão “paralisar a economia”.

Isto inclui o encerramento de todas as atividades culturais e centros recreativos, como discotecas, bem como escolas públicas até segunda-feira, informou o sindicato estatal de eletricidade de Cuba num comunicado.

Marrero atribuiu o défice energético a uma tempestade perfeita, bem conhecida pela maioria dos cubanos – deterioração das infra-estruturas, escassez de combustível e aumento da procura.

“A escassez de combustível é o maior fator”, disse Marrero no discurso televisionado, ironicamente pontuado por falhas técnicas.

O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, atribuiu o problema à “perseguição financeira e energética” dos EUA, que, segundo ele, tornou “difícil a importação de combustível e outros recursos necessários”.

O presidente cubano Miguel Diaz-Canel caminha pela Cúpula do Clima da ONU COP28 em Dubai, Emirados Árabes Unidos, no sábado, 2 de dezembro de 2023 (Peter Dejong/AP)

Cuba atingida pela crise na Venezuela

Enfrentando Sanções dos EUACuba depende há muito tempo do petróleo venezuelano subsidiado, mas esse fornecimento é cada vez mais precário à medida que a Venezuela enfrenta seus próprios problemas econômicos. E os aliados da Venezuela, Rússia e China, não conseguiram enviar ajuda suficiente para preencher a lacuna, apesar das expressões de solidariedade política.

Apesar dos apagões e da escassez paralisantes, Cuba “ainda não está num abismo sem fundo”, assegurou Marrero.

Apagões de doze horas

Milhões de cubanos, há muito acostumado a interrupções frequentesforam recentemente atingidos por apagões de energia dramaticamente mais longos, muitas vezes estendendo-se por 12 horas. Fora da capital, Havana, a electricidade é mais escassa, muitas vezes indisponível durante mais de 18 horas por dia.

Para agravar o problema estava a passagem de Furacão Milton na semana passada, cujas fortes rajadas e ondas dificultaram o fornecimento de combustível de barcos offshore para usinas de energia, segundo autoridades cubanas.

Além disso, as duas maiores centrais eléctricas da ilha, Antonio Guiteras e Felton, estão ambas com produção insuficiente, disse o governo, e serão em breve desligadas para manutenção, parte de um plano de quatro anos para revitalizar a infra-estrutura decrépita de Cuba.

Finalmente, os navios turcos flutuantes que geram eletricidade significativa para Cuba ficaram sem combustível, fazendo com que fossem desligados.

Navio de força turco em Cuba
Pessoas assistem a um navio a motor com bandeira da Turquia chegar à Baía de Havana, em Cuba, na terça-feira, 15 de novembro de 2022. (Ismael Francisco/AP)

Uma conta mais dura para as empresas

As autoridades disseram esperar que a geração de energia melhore nos próximos dias, à medida que o combustível for distribuído pela maior ilha do Caribe, com uma população de 10 milhões de residentes.

No entanto, às empresas privadas de rápido crescimento de Cuba, que as autoridades dizem que tendem a ser grandes consumidoras de electricidade, em breve serão cobradas taxas mais elevadas pela energia que consomem, disse Marrero.

O agravamento da crise eléctrica em Cuba tornou a vida cada vez mais insuportável para os residentes que já sofrem com a escassez paralisante de alimentos, combustível, água e medicamentos.

Cerca de cinco por cento da população – mais de 600.000 pessoas – falta de água corrente regular, de acordo com funcionários do governo, um problema também atribuído à infraestrutura em ruínas e às necessidades de combustível do país.

Ao mesmo tempo, relatórios indicam que a criminalidade violenta está a aumentar na ilha, particularmente relacionada com o surgimento de uma nova droga à base de cannabis chamada “quimico”.



Leia Mais: Aljazeera

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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