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Datafolha: 3 em cada 4 brasileiros vão a parques urbanos – 18/10/2024 – Folha Social+

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Flávia Mantovani

Três em cada quatro brasileiros dizem frequentar parques ou praças arborizadas nas cidades onde moram, sendo que a maioria o faz ao menos uma vez por semana. O hábito, porém, é bem menos comum entre pessoas idosas ou de baixa renda do que entre as mais jovens e de renda mais alta.

Os dados são de uma pesquisa inédita do Datafolha, encomendada pela Fundação SOS Mata Atlântica. Foram entrevistadas 2.018 pessoas, com idade superior a 16 anos, em 113 municípios de todas as regiões, entre 5 e 12 de setembro. A amostra é representativa da população brasileira, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Segundo o estudo, 7% dos entrevistados costumam frequentar áreas verdes urbanas todos os dias, 37%, de um a seis dias por semana, 9%, uma vez a cada 15 dias e 15%, uma vez ao mês. Outros 5% dizem que só vão uma vez ao ano e 26%, que não vão nunca.

Nas faixas etárias de 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos, respectivamente 83% e 84% relatam ir a parques e praças — na faixa dos 60 anos ou mais, só 59% disseram o mesmo.

O hábito é mais comum entre moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes (80%) do que entre os que moram em localidades com até 50 mil pessoas (69%) e entre homens (77%) do que entre mulheres (72%).

Houve, ainda, diferenças em relação à condição socioeconômica. Enquanto 91% dos entrevistados com renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos frequentam áreas verdes urbanas, 71% daqueles com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos têm esse costume.

Para a população com grau de escolaridade superior, o índice é de 84%, ante 63% daqueles que estudaram até o ensino fundamental.

Para Diego Igawa Martinez, coordenador de projetos da SOS Mata Atlântica, os resultados mostram a importância das áreas verdes para a população urbana e a necessidade de democratizar o acesso a elas.

“Os dados reforçam que há um grande interesse da população por essas áreas verdes e que se trata de uma agenda muito importante para as cidades, especialmente nessa virada de gestão municipal”, diz.

“É preciso não só ofertar mais parques e praças, principalmente nas áreas periféricas, mas dotar essas estruturas de equipamentos de lazer e cultura que sejam atrativos.”

Segundo Igawa, entre os benefícios para a saúde e bem-estar da população urbana estão a diminuição das ilhas de calor e a melhora da qualidade do ar.

A pesquisa também verificou se a população costuma visitar parques nacionais e áreas de proteção e preservação ambientais. A maioria (58%) afirmou que não frequenta.

Dos 42% que o fazem, a frequência mais comum é uma vez ou menos por ano (13% do total da amostra) e uma vez por mês (12%). Outros 2% disseram que vão todos os dias, 10%, de um a seis dias por semana e 5%, uma vez a cada 15 dias.

O hábito de frequentar parques nacionais e unidades de conservação é mais forte entre homens (47%) do que entre mulheres (38%), entre jovens (47% dos que têm de 16 a 24 anos, ante 31% da faixa de 60 anos ou mais) e entre os mais instruídos (58% daqueles com nível superior, ante 31% dos que estudaram até o fundamental).

A disparidade é grande na segmentação por renda, com 36% da população que ganha até 2 salários mínimos frequentando parques nacionais, enquanto 63% daqueles que ganham mais de dez salários mínimos o fazem.

Questionados se são a favor da criação de parques nacionais, 91% dos entrevistados se disseram favoráveis, enquanto 6% foram contrários e 3% não opinaram.

Em 2023, as unidades de conservação federais receberam 23,7 milhões de visitas, de acordo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A causa “Mata Atlântica: Regenerar e Preservar” tem o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica.



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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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