POLÍTICA
Diplomacia: Milei se exibiu como um político amado…

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7 meses atrásem
José Casado
Aos 54 anos, o radical de direita Javier Milei se exibiu como um político amador na paisagem do G20 no Rio. Por uma trapaça da política, o presidente argentino foi resgatado pela diplomacia profissional, amparada numa hábil intervenção do ex-socialista Emmanuel Macron, presidente francês, oito anos mais jovem e com duas décadas a mais de experiência no jogo de poder.
Antes de desembarcar no Aterro do Flamengo, Milei acenou com o repertório de extravagâncias que emolduram sua biografia e dão sentido ao seu antigo apelido “El Loco”. Avisou pelo megafone eleitoral que não subscreveria propostas “socialistas” para redução da pobreza, tributação dos super-ricos, resguardo dos direitos ambientais, femininos e infantis.
Foi ao limite nas ordens imprecisas aos diplomatas argentinos para resistir ao acordo sobre o documento coletivo que caracteriza o epílogo dessas reuniões. Não se sabe quais foram os termos exatos das instruções de Milei, mas foi vazado o receio dos representantes da Argentina sobre a possibilidade de um “rompimento” com o G20.
Macron fez uma escala em Buenos Aires e, aparentemente, lembrou Milei sobre o alto custo que um tango político improvisado poderia ter no palco do G20. É provável que, então, o presidente argentino tenha escutado aquilo que costumam dizer diplomatas: o Brasil é o único lugar que importa no qual a Argentina é importante, e vice-versa – não importa o que os inquilinos da Casa Rosada e do Palácio do Planalto pensem ou falem um do outro, como é o caso de Milei e Lula.
Milei chegou ao Rio, atravessou o tapete vermelho do Museu de Arte Moderna, seguiu o protocolo, cumprimentou Lula – e ambos fizeram questão de não sorrir na fotografia em dupla. Disse o que quis, educadamente, para uma audiência de políticos experientes que têm o hábito de só prestar atenção àquilo que lhes convém.
Na sequência, voltou para a companhia do “reencarnado” cão Conan, homenagem ao Bárbaro homônimo criado em 1932 pelo escritor americano Robert E. Howard: mandou cloná-lo nos Estados Unidos e convive com as cópias certificadas, às quais nomeou em homenagem a seus economistas prediletos, teóricos do liberalismo: Milton (alusão a Friedman), Murray (Rothbard) Robert e Lucas (Robert Lucas).
A Argentina aceitou integrar o consenso expresso na declaração final, documento ambíguo o suficiente para abrigar de Joe Biden a Xi Jinping.
Milei ainda não completou o primeiro ano na presidência. No Rio, talvez, tenha percebido: amadorismo custa caro no jogo do poder.
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POLÍTICA
CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Marcela Rahal
Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.
Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.
Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.
O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.
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POLÍTICA
Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Ludmilla de Lima
Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.
Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano.
A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.
A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.
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POLÍTICA
Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Matheus Leitão
A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.
Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.
Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.
“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.
A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.
“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana.
A seguir as cenas dos próximos capítulos…
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