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Discurso linha dura e promessas de combate à violência, leva policiais a disputar governos

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Discurso linha dura leva policiais a compor chapas majoritárias nos estados.

Além da escalada da violência, Bolsonaro impulsionou as candidaturas dos militares.

Eles tiraram as fardas para entrar na política. E ocuparão postos de destaque na disputa majoritária nos estados nas eleições deste ano.

Dois generais da reserva do Exército disputam governos estaduais. Um capitão, um major da PM e um brigadeiro reformado vão tentar o Senado. E oficiais e praças da PM, delegados da Polícia Civil e agentes da Polícia Federal serão vices em pelo menos cinco estados. São pelo menos 28 candidatos, 8 ao governo, 12 vices e 8 ao Senado.



Parte dos policiais já tinha carreira política e agora tenta um voo mais alto. É o caso dos deputados Marcelo Delaroli (PR) e Zaqueu Teixeira (PSD), ambos candidatos a vice-governador no Rio.

Zaqueu, que foi comandante-geral da Polícia Civil do Rio em 2002 e liderou as operações para prisão do traficante Elias Maluco, será vice candidato na chapa liderada por Índio da Costa (PSD).

“Nosso estado precisa de segurança e eu tenho minhas credenciais de uma história sólida nesta área”, afirma Zaqueu.

Já o deputado Marcelo Delaroli (PR), que chegou a negociar uma aliança com Eduardo Paes (DEM), fechou aliança com o senador Romário (Podemos), que também disputa o governo.

Ao anunciar a parceria, Romário destacou que Delaroli foi policial militar e tem atuação na área de segurança. A segurança pública do Rio de Janeiro está sob intervenção federal desde abril deste ano.

Em São Paulo, o governador Márcio França (PSB) e o candidato Paulo Skaf (MDB) terão como vices oficiais da PM. Em ambos os casos, são mulheres e sem experiência prévia com política partidária.

Primeira mulher a assumir o comando da Polícia Militar no Vale do Paraíba, a coronel Eliane Nikoluk (PR) será a vice de França.

Desde que assumiu o governo em abril, com a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB), França buscou estreitar relações com a Polícia Militar. Homenageou uma cabo que atirou num assaltante no Dia das Mães e costuma prestar condolências a familiares de policiais que morrem em serviço.

Na mesma linha, Paulo Skaf (MDB) escolheu a tenente-coronel Carla Basson com ênfase no combate à violência.

A escalada da violência também levou policiais a disputar eleições em chapas majoritárias no Norte e Nordeste.

NO ACRE

No Acre, os três principais candidatos terão policiais em suas chapas. O estado, segundo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, é o segundo com maior taxa proporcional de mortes violentas, com 63,9 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Além da escalada da violência, a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência também foi um dos fatores que impulsionaram as candidaturas dos militares. Pelo menos cinco policiais filiados ao PSL disputarão governo, vice ou Senado nos estados.

O exemplo é o Major Olímpio (PSL), principal aliado de Bolsonaro em São Paulo, que disputará o Senado. Coautor de um estudo que aponta para o aumento da participação de militares em eleições do Brasil desde 1998, o cientista político Bruno Bolognesi, professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), afirma que as candidaturas de policiais costumam ter viés personalista e são resultado da recente escalada da violência.

“Há uma inquietação severa da população em relação à questão da segurança. E isso faz com que candidatos com este perfil, das forças repressivas, ganhem terreno”, diz.

Não são apenas os partidos mais à direita, como o PSL de Bolsonaro, que terão policiais nas majoritárias.

Entre os candidatos ao Senado, o capitão da PM Styvenson Valetim (Rede) é o principal candidato ao outsider no Rio Grande do Norte, estado cuja política é marcada pela influência de clãs familiares. Styvenson foi coordenador das blitze da Lei Seca em Natal e ganhou popularidade com vídeos nas redes sociais.

Em Sergipe, o cabo da PM Márcio Souza será candidato a governador pelo PSOL.  João Pedro Pitombo. Folha SP.

ACRE

A importância dos professores na jornada da Educação do Acre rumo ao topo do Ideb

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Da Redação

Por Aberson Carvalho*

O governo do Acre está empenhado em transformar a educação, focando no desenvolvimento das crianças e adolescentes, tendo como foco resultados que garantam o desenvolvimento do nosso estado por meio da educação. Fruto desse trabalho é o resultado notável no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, destacando-se especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental.

O Ideb é uma métrica que o governo federal utiliza para medir a qualidade do ensino no país. Ele combina dois elementos principais: a taxa de aprovação escolar e a média de desempenho dos alunos em avaliações padronizadas. Em uma explicação simplificada, uma escola com boa nota no Ideb não é aquela que só aprova muitos alunos, mas também garante que eles tenham um bom desempenho.

Nos anos finais do ensino fundamental, o Acre registrou uma pontuação de 4,7, empatando com Rondônia e Tocantins, mas ficando atrás do Amazonas e Pará, que alcançaram 4,8. No ensino médio, a nota do Acre foi de 3,9, um progresso em relação ao período pré-pandemia de covid-19 (3,7 em 2019). Em âmbito nacional, o Acre se destacou, ficando em 10º lugar nos anos iniciais, 13º nos anos finais e 9º no ensino médio, superando Amazonas, Bahia e Distrito Federal em várias etapas.

O desempenho de nossos alunos pode ser atribuído a uma série de fatores, os quais merecem uma análise mais aprofundada. O período pandêmico trouxe desafios sem precedentes para a educação, exigindo a adaptação rápida ao ensino a distância (EAD) e o uso de materiais pedagógicos alternativos, como aulas via TV, rádio e apostilas que foram entregues nas casas dos estudantes, em um esforço de toda a comunidade escolar, especialmente dos professores, que foram heróis nessa jornada. Os profissionais se reinventaram com uma dedicação admirável, garantindo a aprendizagem de nossos alunos.

A capacidade de adaptação desses profissionais foi crucial para manter a continuidade da aprendizagem, mesmo diante das inúmeras dificuldades sofridas na época. Pesquisas iniciais indicavam que a pandemia poderia resultar em uma “década perdida” para a educação. No entanto, o Acre conseguiu reverter essa previsão pessimista, alcançando índices de aprendizagem superiores aos de 2019, como demonstrado acima. Este feito demonstra a eficácia das estratégias adotadas pelo governo do Estado e o comprometimento da comunidade escolar, com números que confirmam o avanço do estado no índice de aprendizagem. Além disso, a valorização dos professores foi essencial para manter a motivação e o comprometimento.

A gestão Gladson Cameli garantiu os maiores reajustes da história da Educação: em 2022, foram 33.25% e em 2023, 14.95%, mais 20.32%, tanto para os professores quanto para servidores de apoio técnico e do quadro administrativo. Garantiu, também, a execução de programas de formação continuada que capacitaram os professores às novas metodologias e tecnologias educacionais, contribuindo diretamente para a melhoria do desempenho dos alunos.

A gestão é ciente de que, apesar dos avanços, o Acre ainda enfrenta desafios significativos, como a alta taxa de repetência e evasão escolar, além da distorção idade-série, especialmente nas áreas rurais. Para enfrentar esses desafios, o governo do Acre tem implementado programas que consolidam a presença do estudante na escola. As dificuldades enfrentadas pela comunidade escolar são muitas, como a sazonalidade amazônica, com suas estações chuvosa e seca intensificadas pelas mudanças climáticas, com eventos extremos que afetam diretamente o transporte fluvial e o acesso às escolas ribeirinhas. Durante a estação chuvosa, as estradas vicinais, conhecidos ‘ramais’, são precárias e intransitáveis, dificultando o transporte de alunos, professores e material necessário para o ensino efetivo. Portanto, a Educação do Acre tem argumentado junto ao Ministério da Educação que essas particularidades regionais sejam consideradas na avaliação do Ideb, visando uma apreciação mais justa e precisa. É defendida uma maior diversidade na avaliação, que julguem de maneira mais segmentada, com critérios que considerem a realidade do ensino acreano.

Os resultados do Ideb destacam a resiliência e inovação da educação no Acre, demonstrando que, com estratégias eficazes e comprometimento, é possível alcançar melhorias contínuas, rumo ao topo do Ideb.

*Aberson Carvalho é professor e secretário de Educação e Cultura do Acre.

 

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Curta-metragem Minha Mãe Mentiu estreia neste sábado no Cine Teatro Recreio

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Alessandra Machado

Estreia no Cine Teatro Recreio, neste sábado, 19, o curta-metragem Minha Mãe Mentiu, que conta a vida da personagem Diolinda, uma moradora de Senador Guiomard que criou 12 filhos e usou a mentira como um meio de amenizar a árdua realidade causada pela falta de recursos. A produção foi financiada pela Lei Paulo Gustavo, por meio do governo federal, e do governo do Acre, por intermédio da Fundação de Cultura Elias Mansour.

O filme é dirigido por Denise Arruda, que apresenta a sua própria história, em que aborda momentos vividos por uma família de mãe solo. O enredo será contado pelas vivências de uma criança, que é a nona filha de Diolinda.

“Com doze filhos, enfrentando o desemprego, preconceitos e a fome, dona Diolinda se vê com um único objetivo na vida: criar seus filhos da maneira mais honesta possível, mesmo que precise mentir algumas vezes. Ela busca justificativas para acalentar e consolar as crianças, que convivem diariamente com a frustração e a tristeza”, explica Denise.

Mais de 50 milhões dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, sendo 11 milhões de mães solo, que enfrentam os desafios em meio à pobreza e ao abandono. A história de dona Diolinda, moradora do bairro São Francisco, no Quinari, se passa em 1996 e traz referências muito precisas da época.

Denise, interpretada pela atriz mirim Aymê Moura, é uma criança de 7 anos que, apesar de todas as dificuldades, nunca deixou de sonhar.

Autora Denise Arruda conta história de sua mãe no curta-metragem. Foto: José Vitor/Divulgação

“O público pode esperar motivos para rir, chorar e se emocionar do começo ao fim. Minha Mãe Mentiu representa muitas mães desse Brasil e diversos adultos que tiveram uma mãe como a minha. Só depois de adulta descobri todas as mentiras da minha mãe. Hoje vejo que elas foram ditas para proteger a mim e aos meus irmãos”, conclui a diretora.

Agenda

Sábado, 19 de outubro – em Rio Branco – Cine Teatro Recreio – 18h
Sábado, 26 de outubro – em Senador Guiomard – Auditório da Escola Modelo – 18h

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Deracre busca recursos em Brasília para manutenção de máquinas e asfaltamento de ramais no Acre

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Gabriel Freire

O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), esteve em Brasília nesta segunda-feira, 14, para reuniões estratégicas com as equipes dos senadores Alan Rick e Márcio Bittar. O objetivo foi garantir a captação de recursos para a manutenção de equipamentos, compra de máquinas e a obtenção de emendas parlamentares voltadas ao asfaltamento de ramais no estado.

Sula Ximenes e equipe articulam emendas parlamentares para ampliar a infraestrutura de ramais no Acre. Foto: Ascom/Deracre

Liderando os encontros, a presidente do Deracre, Sula Ximenes, destacou a importância de fortalecer a infraestrutura viária do Acre, essencial para o desenvolvimento das áreas urbanas e rurais. “A manutenção e modernização dos equipamentos, assim como o asfaltamento dos ramais, são fundamentais para garantir o escoamento da produção e a melhoria da qualidade de vida dos acreanos”, afirmou.

Captação de recursos em Brasília visa assegurar manutenção de equipamentos e novos investimentos no Acre. Foto: Ascom/Deracre

Na reunião com a equipe do senador Alan Rick, o foco foi a captação de recursos para manutenção e aquisição de novos maquinários. Além de Sula, participaram o diretor de Expansão e Planejamento do Deracre, Júlio Martins, e a chefe da Divisão de Convênios, Gina Maria Oliveira. Elias Soares, assessor de orçamento do gabinete de Alan Rick, também esteve presente.

Reunião em Brasília reforça parcerias entre Deracre e parlamentares para garantir melhorias nas estradas do Acre. Foto: Ascom/Deracre

Em seguida, a equipe do Deracre se reuniu com representantes do senador Márcio Bittar para tratar de emendas parlamentares destinadas ao asfaltamento de ramais, uma demanda urgente para melhorar o acesso e a trafegabilidade nas zonas rurais do Acre.

As articulações em Brasília reforçam o compromisso do governo do Acre em garantir infraestrutura de qualidade e bem-estar para o estado.

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