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Donos de supermercados e vereadores ocupam áreas em Unidade de Conservação

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Com apenas cinco servidores para cuidar de quase 1 milhão de hectares, a Coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Acre está perdendo a guerra para os invasores da Reserva Extrativista Chico Mendes. A explosão de invasões da Unidade de Conservação vem sendo denunciada por representantes de associações de moradores da área que têm testemunhado a venda ilegal de pedaços de colocações de seringa pelos próprios extrativistas.

Há algumas semanas, o secretário-geral da Associação de Moradores da Resex CM, Júlio Barbosa de Aquino, afirmou que o resultado do levantamento ocupacional que está sendo realizado pelo ICMBio será assustador. Com pouco mais de 2 mil famílias estabelecidas em 2009, a UC deverá agora detectar um número entre 2.500 e 3.000 famílias, sendo que a maior parte desse crescimento populacional será de ocupantes que adquiriram lotes ilegalmente em várias regiões da reserva.

“Essas pessoas chegam aqui com a intenção de desmatar e de destruir o que resta de floresta nas colocações que são loteadas ilegalmente. O resultado disso são as queimadas que são produzidas pelo desmatamento para a formação de pastagens. Ninguém queima para plantar arroz, mandioca ou milho, as queimadas estão diretamente ligadas ao desmatamento para a expansão das pastagens”, disse o secretário da Amoprex.

Uma fonte informou ao ac24horas que a incapacidade de fiscalização do ICMBio é patente. Apoio nacional que nunca chega tem sido solicitado frequentemente para o reforço do trabalho de vigiar a maior reserva extrativista do Brasil. Apelos para que a UC seja elevada ao patamar de unidade prioritária também têm sido feitos, de acordo com a mesma fonte. A falta de vontade política é apontada como a única justificativa para que a medida de extrema importância para o controle da Resex não seja efetivada.

O ICMBio tem conhecimento de que muitas pessoas que não atendem aos critérios exigidos para ocupar áreas na reserva estão nela aboletadas. Donos de supermercados e até vereadores estão entre os invasores que, segundo os representantes dos moradores regulares da unidade, contribuem de maneira intensa para a pressão em favor do desmatamento e das queimadas. Os intrusos não possuem qualquer disposição para as atividades extrativistas e têm como principal objetivo a inserção de rebanhos bovinos na áreas que adquiriram ilegalmente.

Levantamento ocupacional

Neste mês de setembro, o ICMBio está dando continuidade ao levantamento ocupacional atendendo as famílias que não foram encontradas em suas colocações na passagem dos pesquisadores. Em Brasiléia, o atendimento ocorrerá até o próximo dia 23, no escritório do instituto naquele município, durante todo o dia, nos horários de expediente. Em Assis Brasil, de 23 a 26 de setembro, na sede da AMOPREAB. Em Xapuri, de 28 de setembro a 4 de outubro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTRX).

As famílias deverão comparecer aos locais com a seguinte documentação: comunicado deixado na residência e assinado pelo entrevistador, documentos que comprovem a ocupação da área, documentos pessoais de todos os membros da família (RG, CPF, certidão de nascimento dos filhos, certidão de casamento). Outros documentos também importantes, caso disponíveis, são: cartão do Bolsa Família, título de eleitor, declarações como DAP, Associação, Sindicato e ICMBio, certidão de cadastro no IDAF.

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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações — Universidade Federal do Acre

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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações (1).jpg

O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac e o programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, realizaram a abertura oficial do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações. O evento começou nesta terça-feira, 24, e termina nesta sexta-feira, 25, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.

Para a reitora Guida Aquino, o simpósio é estratégico para fortalecer a rede acadêmica voltada à segurança das fronteiras. Ela ressaltou ainda a importância da criação da Rede de Universidades de Fronteiras (Unifronteiras) e a necessidade de políticas específicas, como o adicional de fronteira, para a fixação de pesquisadores. “Essa é uma das pautas que estamos abraçando fortemente. Precisamos desburocratizar relações para garantir maior interação dos nossos pesquisadores com os países vizinhos, especialmente Bolívia e Peru.”

A coordenadora do MGeo, Maria de Jesus Morais, enfatizou a relevância acadêmica e científica do evento. “Estamos inseridos em um projeto que envolve toda a faixa de fronteira brasileira, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Para nós, do Acre, essa discussão é essencial, considerando nossa localização estratégica como corredor de imigração internacional.” Ela informou que mais de 300 pessoas estão inscritas, entre participação presencial e transmissão online, com debates que abrangem desde mudanças climáticas até segurança e migrações.

O secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Washington Triani, reforçou a necessidade da integração entre instituições e governos locais para enfrentar desafios nas fronteiras. “Não se resolve questões de fronteira apenas com um ou dois entes. Precisamos ouvir as pessoas diretamente envolvidas nas regiões de fronteira e trabalhar integradamente. A educação leva conhecimento e prosperidade e é fundamental nesse processo.”

Também participaram da solenidade a vice-governadora do Acre, Mailza Assis; o procurador-geral de Justiça do Acre, Danilo Lovisaro; o delegado regional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Lauro da Veiga Santos; além dos professores Gustavo da Frota Simões e Tássio Franchi, do PPGCM.

Projeto de pesquisa

O evento ocorre no âmbito do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”, cujo coordenador-geral é o professor Gustavo da Frota Simões, do PPGCM.

O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.

O objetivo principal do projeto é analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.

 



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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

A Ufac e o Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) realizaram o lançamento do curso de educação a distância (EaD) Cuidado Integral à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Atenção Primária à Saúde, que é gratuito, online e autoinstrucional, com carga horária de 60 horas. O evento ocorreu nessa terça-feira, 18, no anfiteatro Garibaldi Brasil.

A programação contou com apresentação cultural, palestra e mesa-redonda com o tema “O Que o Mundo Não Vê”, reunindo profissionais da saúde, estudantes, educadores e familiares. O objetivo foi ampliar o debate sobre o acolhimento e o cuidado humanizado a pessoas com TEA. 

“A proposta é capacitar, de forma acessível, com uma linguagem simples, quem está na ponta do atendimento. Quando conseguimos reconhecer os sinais do TEA cedo, garantimos um caminho mais ágil para o diagnóstico e as intervenções terapêuticas”, destacou a coordenadora do Núcleo de EaD do Telessaúde do Acre, Patrícia Satrapa.

(Kenno Vinícius, estagiário Ascom/Ufac)

 



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Vigilância Sanitária de Rio Branco realiza inspeção no RU da Ufac — Universidade Federal do Acre

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O Departamento de Vigilância Sanitária do município de Rio Branco realizou, no sábado, 14, inspeção no Restaurante Universitário (RU) da Ufac, campus-sede. Durante a vistoria, a equipe técnica verificou que o ambiente segue as boas práticas de manipulação de alimentos e os procedimentos adequados de higiene e proteção dos manipuladores.

Segundo o relatório da inspeção, assinado pelo fiscal da Vigilância Sanitária, Félix Araújo da Silva, e pelo responsável técnico do restaurante, Rafael Lima de Oliveira, “não foram observadas no momento da visita inconformidades quaisquer”.

 



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