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‘É um nicho alimentar’: pesquisadores ficam surpresos ao descobrir que esquilos caçam e comem ratazanas | Animais
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11 meses atrásem
Nicola Davis Science correspondent
Eles podem ter narizes retorcidos e uma expressão interrogativa, mas os esquilos terrestres não são tão fofinhos quanto parecem: os pesquisadores descobriram que eles caçam e comem repetidamente ratazanas, decapitando suas presas e arrancando carne do torso.
A equipe diz que a descoberta foi um choque: embora esquilos terrestres da Califórnia já tenham sido observados comendo insetos, ovos de pássaros, filhotes e até mesmo – embora raramente – necrófagos pequenos mamíferos juvenis, eles foram considerados principalmente herbívoros, comendo sementes, bolotas, frutas e nozes.
“Isso é incrivelmente emocionante, porque é a primeira vez para esta espécie que documentamos a caça ativa do início ao fim”, disse a Dra. Jennifer Smith, professora associada de biologia na Universidade de Wisconsin, Eau Claire e primeira autora do estudo. pesquisar.
“Assim que vimos isso acontecer, continuou a acontecer repetidamente durante todo o verão”, acrescentou ela.
No entanto, não é a primeira vez que os esquilos terrestres da Califórnia mostram um lado nada fofo. Como observa Smith, as mulheres também são conhecidas por cometerem infanticídio, matando e comendo os filhotes de outras pessoas.
Escrevendo no Journal of EthologySmith e colegas relatam como fizeram sua descoberta durante o décimo segundo ano de um estudo de longo prazo sobre a população de esquilos terrestres da Califórnia, realizado no Parque Regional de Briones, no condado de Contra Costa, Califórnia.
Todos os meses de junho e julho, a equipe captura, marca, etiqueta e solta os esquilos terrestres, permitindo que sejam reconhecidos individualmente.
Ao longo de 18 dias no verão de 2024, a equipe registrou 74 eventos em que esquilos terrestres caçaram ou comeram ratazanas da Califórnia, ou ambos, com pelo menos 27 esquilos diferentes envolvidos no comportamento. A equipe observou que adultos e jovens, tanto machos quanto fêmeas, caçavam os arganazes, e normalmente o faziam sozinhos. Ocasionalmente, os esquilos tentavam roubar ratazanas mortas uns dos outros.
A equipe também registrou que o comportamento inesperado coincidiu com uma explosão incomum no número de arganazes da Califórnia, conforme revelado por dados da ciência cidadã, cuja causa permanece obscura.
“Parece que estes esquilos são apenas oportunistas”, disse Smith, embora tenha dito que permanece uma questão em aberto se eles aprendem socialmente o comportamento uns dos outros.
Smith disse que os esquilos terrestres da Califórnia são conhecidos por serem inerentemente flexíveis em seu comportamento de forrageamento.
“A superabundância de arganazes durante este verão em particular realmente abriu um novo nicho alimentar para eles”, disse ela.
Os pesquisadores disseram que sua descoberta sugere que os esquilos terrestres da Califórnia são mais flexíveis em sua dieta do que se pensava anteriormente, e podem ser considerados um onívoro oportunista.
Smith acrescentou que essa flexibilidade poderia ajudar as criaturas a sobreviver face a desafios como as alterações climáticas e a presença humana.
“Isso é importante porque eles são uma importante fonte de presas para os ecossistemas da Califórnia e são uma espécie nativa”, disse ela. “E se estiverem bem, há muito mais oportunidades para outras espécies ameaçadas sobreviverem e se saírem bem.”
Cory Williams, professor assistente do Departamento de Biologia da Universidade Estadual do Colorado que não esteve envolvido no trabalho, disse que ficou surpreso com a pesquisa, visto que os esquilos terrestres são estritamente diurnos e as ratazanas são mais ativas à noite.
“Isso provavelmente só ocorre quando há um surto populacional de ratazanas e as densidades se tornam extremamente altas”, disse ele. “Mas não estou surpreso que eles os comam quando estão disponíveis, dado o quão oportunistas esses animais são.”
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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