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Eclipse solar artificial: Por que os satélites estão tentando bloquear o sol? | Notícias espaciais

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6 meses atrásem
Quando você vê um eclipse solar, muitas vezes pensa na lua passando entre a Terra e o sol, bloqueando temporariamente a luz do sol de chegar à Terra. Este alinhamento é conhecido como sizígia (soa como siz-uh-jee).
No entanto, na semana passada, a Agência Espacial Europeia (ESA) lançou duas naves espaciais que terão como objetivo imitar o comportamento da Lua, criando pela primeira vez um eclipse solar artificial. A ideia? Demonstrar a prontidão de uma tecnologia chamada voo de formação precisa (PFF) e estudar a atmosfera do Sol, conhecida como coroa. A missão chama-se Proba-3 (Projeto de Autonomia a Bordo).
“No momento, esta (a coroa) é uma região do Sol que tem sido pouco investigada, e os cientistas hoje em dia não entendem realmente alguns dos fenômenos que estão acontecendo lá”, disse Ester Bastida, engenheira de sistemas do Proba-3, em um recente Vídeo da ESA. Entre as principais questões sobre a coroa que os cientistas querem compreender está a razão pela qual ela é significativamente mais quente que o próprio sol.
Embora a superfície do Sol esteja a cerca de 5.500 graus Celsius (9.932 graus Fahrenheit), a coroa – a fina atmosfera externa do Sol – pode atingir temperaturas de 1-3 milhões de graus Celsius (1,8-5,4 milhões de graus Fahrenheit).
Embora a circunferência do Sol seja de aproximadamente 4.373.000 quilómetros (2.717.000 milhas), as explosões solares da coroa podem atingir a Terra, a quase 150 milhões de quilómetros (93 milhões de milhas) de distância.
Como o Proba-3 cria um eclipse?
O Proba-3 foi lançado em 5 de dezembro no Centro Espacial Satish Dhawan, na Índia, uma das instalações de lançamento espacial mais utilizadas do mundo.
Os dois satélites espaciais serão transportados para o espaço a cerca de 60.000 km (37.280 milhas) acima da Terra usando o foguete PSLV-C59, construído pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO). A Coronagraph Spacecraft (CSC) é responsável por guiar a Occulter (OSC), a segunda espaçonave que possui um disco com diâmetro de 140cm (55 polegadas), que irá projetar uma sombra controlada sobre a espaçonave Coronagraph.
De acordo com a ESA, as duas naves espaciais utilizarão a tecnologia de voo de formação precisa (PFF) para se posicionarem exactamente a 150 metros (492 pés) de distância, alinhando-se com o Sol “de modo a que uma nave espacial bloqueie o disco solar brilhante para a outra”.
A manobra do eclipse solar precisará ter precisão milimétrica para ter sucesso, criando um eclipse solar sob demanda por até seis horas para que os pesquisadores possam estudar a coroa solar.
O que os pesquisadores esperam realizar durante esta missão?
Um dos objetivos é demonstrar a tecnologia PFF, que utiliza GPS e links de rádio inter-satélites para o posicionamento inicial, mantendo ao mesmo tempo uma distância precisa entre a espaçonave Coronagraph e a espaçonave Occulter.
Inicialmente, as duas naves satélites permanecem conectadas. Mas uma vez separados, eles podem manter a formação – eles estarão separados por 25-250 m (82-820 pés).
O segundo objetivo é usar o equipamento embutido que observará a coroa para entender por que a coroa é mais quente que o sol. Um dos instrumentos a bordo é um coronógrafo – um dispositivo telescópico que ajuda a bloquear a luz de uma estrela ou outro objeto muito brilhante para que outras coisas possam ser vistas. O coronógrafo Proba-3 tem um nome prolixo: Associação de Naves Espaciais para Investigação Polarimétrica e de Imagem da Coroa do Sol (ASPICCS).
Esta tecnologia simula as condições de observação de um eclipse solar total com notável precisão, ao mesmo tempo que elimina a interferência normalmente causada pela atmosfera terrestre.
Por que isso é tão importante?
A coroa normalmente permanece invisível devido ao seu brilho extremamente baixo, parecendo um milhão de vezes mais leve que a superfície brilhante do Sol. Só se torna visível a olho nu durante os eclipses solares, quando a lua bloqueia a luz intensa do sol.
“Ao estudar a coroa solar, podemos prever melhor o clima espacial e tempestades geomagnéticas extremas, que podem causar grandes perturbações nos satélites e sistemas na Terra”, disse a ESA num vídeo recente sobre a missão.
Os eclipses solares totais são muito raros – qualquer local da Terra normalmente vê apenas um a cada 375 anos e duram apenas alguns minutos.
Se o Proba-3, que tem uma órbita de 19 horas e 36 minutos, tiver sucesso em sua missão, os cientistas não precisarão esperar. Eles poderão estudar a coroa durante seis horas em cada ciclo orbital da missão.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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