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Eleições 2026: Kassab foi sutil e ferino na crític…

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José Casado

Comida cara e pouco dinheiro no bolso dos eleitores é o panorama na abertura da temporada eleitoral de 2026, que, segundo Lula, já começou.

Essa é uma combinação corrosiva em qualquer lugar e para qualquer grupo político com planos de permanência no poder. Há risco de acontecer no Brasil de Lula. Já aconteceu nos Estados Unidos de Joe Biden.

A perspectiva de uma temporada eleitoral em ambiente de declínio econômico, como consequência dos juros recordes para reduzir a inflação, está incomodando aliados do governo.

No Partido dos Trabalhadores, alguns dirigentes se mostram convencidos de que será difícil para Lula recuperar o prestígio eleitoral perdido numa governança errática, sem lastro efetivo no Congresso e entremeada por uma série de decisões atrapalhadas, principalmente na economia.

Até então restrita ao círculo petista, a crítica começou a transbordar nos redutos aliados. Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido que integra a base parlamentar do governo e detém três ministérios (Agricultura, Pesca, Minas e Energia), vazou sua preocupação com o rumo do governo, ou a falta dele. Foi nesta quarta-feira (29/1), em São Paulo, diante de uma plateia de executivos financeiros.

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Kassab fez uma crítica a Lula, indireta, sutil e ferina. “A presidente Dilma não foi bem porque ela queria comandar a economia”, disse acrescentando: E hoje, o que a gente vê, é uma dificuldade do ministro (Fernando) Haddad de comandar. Ele teoriza convicções, projetos que não acabam se tornando realidade, porque ele não consegue se impor no governo. Ministro da Fazenda fraco sempre é um péssimo um indicativo.”

Na visão de Kassab, o ministro da Fazenda tem sido desidratado pelo presidente da República. Numa reprise de Dilma, é Lula quem centraliza, controla e decide cada ato de governo na economia. É uma percepção comum na Esplanada dos Ministérios e no Congresso. Até agora, porém, não havia sido exposta em praça pública.

Kassab pode ser criticado por muitas coisas, menos pela estridência. Há meses se repete na preocupação com manifestações de indignação popular”. A voz rouca das ruas, como costumava dizer o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não saiu de casa, mas surpreendeu o governo em coro digital de protesto contra a suspeita de vigilância da Receita Federal sobre operações monetárias via PIX. Ficou exposto o receio de eventual cerco tributário à renda do mercado informal.

Com a inflação dos alimentos e dos serviços à beira dos dois dígitos e uma das maiores taxas de juros do planeta, o horizonte político do projeto de continuidade de Lula e do PT se estreita nesta temporada de definições políticas para a disputa presidencial de 2026. Os aliados, como Kassab, se mostram incomodados com o rumo, ou a falta dele.



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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