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‘Embalando-os’: soldado diz que SAS descreveu matar afegãos de forma casual | Exército britânico

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Dan Sabbagh Defence and security editor

Afegãos que foram mortos por membros do SAS em Afeganistão foram descritos desdenhosamente como tendo sido “embalados”, de acordo com o depoimento revelador prestado por um antigo membro da unidade irmã da força de elite num inquérito público.

O soldado, conhecido apenas como N1799, disse que participou numa conversa com um membro do SAS em 2011 que serviu no Afeganistão, na qual ficou “chocado com a idade e os métodos” utilizados para matar afegãos.

N1799 disse aos seus superiores na altura que acreditava que o SAS tinha uma política no Afeganistão de “matar todos os homens no alvo, quer representassem uma ameaça ou não” – mas no seu depoimento ao inquérito ele disse que o que tinha ouvido pessoalmente era “ mais gráfico”.

Solicitado a explicar o que queria dizer com Oliver Glasgow, o advogado do inquérito, o soldado disse que “as palavras que foram usadas sobre matar eram como ‘embalagem plana’, ‘embalagem plana’” porque a conversa era informal, entre colegas.

Noutra altura, o membro do SAS – conhecido apenas como N1201 – disse ao N1799, durante um curso de formação, que “uma almofada foi colocada sobre a cabeça de alguém antes de ser morto com uma pistola” durante operações no Afeganistão.

N1799 foi um dos sete comandantes e soldados que recentemente deram provas num inquérito sobre as mortes de até 80 civis afegãos durante um destacamento do SAS na província de Helmand entre 2010 e 2013.

Os membros do SAS e do Special Boat Service (SBS) estão envolvidos num número crescente de investigações oficiais relacionadas com o conduta de soldados de elite em missões secretas na Líbia e na Síria, bem como no Afeganistão.

Na terça-feira, descobriu-se que quatro membros da SBS estão sob investigação pela polícia militar após uma perseguição de carro na Líbia há aproximadamente dois anos que levou à morte de um suspeito de terrorismo. O Daily Mail informou que os soldados de elite acabaram por cercar o veículo, disparando tiros e matando o seu ocupante.

Cinco soldados em serviço do SAS também estão enfrentando possíveis acusações de assassinato sobre a morte de um suposto jihadista na Síria. Foram acusados ​​de uso excessivo de força, quando o alvo deveria ter sido preso, e o inquérito prossegue.

O depoimento de N1799 foi inicialmente prestado em segredo para proteger a segurança nacional, mas resumos e transcrições editadas foram divulgados na quarta-feira, num esforço para ser transparente sobre o trabalho do inquérito.

O juiz presidente, Charles Haddon-Cave, também decidiu que a identidade de N1799 e dos demais que prestaram depoimento deve permanecer secreta. N1799 era oficial da unidade irmã SBS na época em que ouviu o relato de N1201 sobre como o SAS operava no Afeganistão.

As operações SAS e SBS são conduzidas em segredo e embora o chefe das unidades, o diretor das forças especiais, faça parte da cadeia de comando militar, eles também se reportam diretamente ao primeiro-ministro.

N1799 também disse ao inquérito que ainda temia pela sua segurança e bem-estar pessoal se o seu nome fosse ligado a alegações de que o SAS tinha assassinado civis afegãos durante o destacamento, e disse ao inquérito que acreditava ter quebrado “um código de silêncio”. . Membros antigos e atuais do SAS considerariam-no um traidor, acrescentou.

O Ministério da Defesa disse que não comentou as atividades das forças especiais ou um inquérito público em andamento.



Leia Mais: The Guardian

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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