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Enquanto o México avança no plano de dissolver agências de vigilância, os críticos reclamam | Notícias do governo

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7 meses atrásem
Uma votação nocturna no Senado do México para desmantelar sete órgãos de vigilância governamentais independentes gerou controvérsia, com a oposição política do país a acusar o Partido Morena, no poder, de violar os princípios democráticos.
Na sexta-feira, o líder da direita Partido Revolucionário Institucional (PRI) recorreu às redes sociais para expressar a sua indignação.
“A eliminação dessas organizações autônomas representa um ataque direto contra os direitos dos mexicanos e até mesmo contra a própria democracia”, disse Alejandro Moreno Cardenas, presidente do PRI. escreveu.
Ele elogiou os sete vigilantes como “pilares de transparência e responsabilidade que garantiram ao povo do México acesso a informações claras sobre as ações do governo”.
Seus comentários foram feitos depois que o Senado do México realizou uma votação na quinta-feira para transformar os sete órgãos de supervisão em agências executivas existentes, sob o comando do presidente do México. Claudia Sheinbaum.
Sheinbaum e os seus colegas membros do Partido Morena descreveram a reforma como uma oportunidade para reduzir a burocracia governamental e reduzir os gastos.
No entanto, os críticos temem que a dissolução das agências de fiscalização torne o governo mais vulnerável à corrupção e enfraqueça a confiança do público na democracia mexicana.
“Defenderemos firmemente a transparência e os direitos do nosso país. O México não merece retroceder!” disse Moreno Cárdenas, acusando o Partido Morena de uma tendência “autoritária”.
Uma das agências na mira é o Instituto de Acesso à Informação e Transparência (INAI) do México, que desempenhou um papel fundamental ao pressionar o governo a divulgar informações sobre o Caso Ayotzinapa 2014que viu o sequestro de 43 estudantes universitários.
Os militares do México foram implicado no sequestro, e a investigação do governo foi estragado por alegações de evidência falsa e confissões coagidas.
Outras organizações passíveis de extinção são o Instituto Federal de Telecomunicações (IFT), a Comissão Reguladora de Energia (CRE), a Comissão Nacional de Hidrocarbonetos (CNH) e a Comissão Nacional de Melhoria Contínua da Educação (MEJOREDU).
O projeto de lei para dissolver esses órgãos governamentais foi aprovado na câmara baixa do Congresso do México, a Câmara dos Deputados, na semana passada, após um debate tenso. Um total de 347 deputados votaram a favor e 128 contra.
O Senado também avançou na quinta-feira com a medida, por 86 votos a 42.
A proposta agora vai para aprovação de cada estado: o México tem 31 estados e uma entidade federal para a capital, a Cidade do México. Pelo menos 17 dos seus governos devem apoiar a medida para que seja bem sucedida.
Mas com a maioria das legislaturas estaduais controladas pelo Partido Morena, a medida provavelmente será aprovada. O governo do estado de Zacatecas, bem como o governo da Cidade do México, já aprovaram as reformas.
A eliminação dos sete vigilantes tem sido uma prioridade de longa data do Partido Morena – e particularmente da sua figura popular, o ex-presidente Andrés Manuel López Obrador.
Durante seu mandato de seis anos, que terminou em setembro, López Obrador colidiu repetidamente com agências de supervisão como o INAI, acusando o órgão de gastos desnecessários, salários inchados e preconceito político. Ele finalmente revelou planos para desmantelar o INAI em 2021.

O seu sucessor, Sheinbaum, um aliado político próximo, levou por diante várias das suas principais prioridades legislativas, incluindo o plano de dissolução do INAI.
Falando numa coletiva de imprensa matinal, Sheinbaum defendeu a pressão do Partido Morena para encerrar os sete vigilantes, prestando menção especial ao INAI.
“Haverá mais transparência agora. A dissolução do INAI como órgão autônomo acabará com a corrupção e desenvolverá um sistema de transparência onde as pessoas possam acessar facilmente informações sobre tudo o que o governo mexicano faz”, disse Sheinbaum.
Mas grupos de defesa dos direitos dos meios de comunicação social e organizações governamentais de transparência denunciaram a medida como uma ameaça à democracia mexicana.
No início deste mês, por exemplo, a Associação Mexicana pelo Direito à Informação (AMEDI) emitiu um declaração expressando sua “rejeição” à proposta.
“A autonomia técnica e a independência política destes órgãos é um princípio fundamental para o funcionamento democrático da nossa sociedade”, afirmou a AMEDI.
“Subordinar as funções desses órgãos ao poder executivo federal ou órgãos correlatos aumenta o risco de politização e ameaça a imparcialidade das decisões que afetam todos os cidadãos.”
Fernando Nieto-Morales, professor do Colegio de Mexico, também chamou a medida de uma erosão dos “pesos e contrapesos institucionais críticos” em uma artigo para o Wilson Center, um think tank com sede nos EUA.
“Esta iminente reforma constitucional representa um profundo retrocesso para a trajetória democrática do México”, escreveu ele.
Em declarações à Al Jazeera, o jornalista e autor Manu Ureste enfatizou a importância de grupos como o INAI.
Ele e outros jornalistas enviaram mais de 500 pedidos de liberdade de informação ao INAI nos últimos anos para expor um escândalo de peculato governamental, popularmente conhecido como “golpe mestre”, que utilizou empresas falsas para lavar dinheiro público.
“Sem esta ferramenta de transparência, nunca teríamos conhecido este ‘golpe mestre’ ou muitos outros casos semelhantes. Acho que é uma parte fundamental da democracia mexicana”, disse Ureste.
O destino dos milhões de documentos na posse do INAI permanece agora incerto. Horas antes da votação no Senado, o chefe do INAI, Adrian Alcala, conversou com Julia Galiano, da Al Jazeera, sobre a importância do trabalho de sua agência.
“Não há nada comparável ao INAI no mundo”, disse Alcala.
“Os países desenvolvidos com democracias avançadas recorrem ao modelo mexicano quando se trata de transparência. É legal e institucionalmente robusto. Tem sido eficaz em trazer alguma ordem a este país e também no combate à corrupção.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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