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Entenda como funciona o sistema antimísseis dos EUA que está sendo enviado para Israel

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O sistema de defesa THAAD é uma das armas antimísseis mais poderosas do exército dos EUA, capaz de interceptar mísseis balísticos a distâncias de 150 a 200 quilômetros e com uma taxa de sucesso quase perfeita em testes.

Usando uma combinação de sistemas avançados de radar e interceptores, o THAAD, abreviação de Terminal High-Altitude Area Defense (Terminal de defesa de área de alta altitude, na tradução livre), é o único sistema de defesa antimísseis dos EUA que pode atacar e destruir mísseis balísticos de curto, médio e intermediário alcance, dentro ou fora da atmosfera, durante sua fase terminal de voo — o mergulho em seu alvo.

Os interceptadores THAAD são cinéticos, o que significa que eles eliminam alvos colidindo com eles em vez de explodir perto da ogiva que se aproxima.

De acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso, o exército dos EUA tem sete baterias THAAD, cada uma composta por seis lançadores montados em caminhões – com oito interceptores cada – um poderoso sistema de radar e um componente de controle de fogo e comunicações.

Uma dessas baterias premiadas está sendo enviada para Israel para ajudar a reforçar sua capacidade já impressionante de conter mísseis que chegam “após os ataques sem precedentes do Irã contra Israel em 13 de abril e novamente em 1º de outubro”, de acordo com o Pentágono.

O exército americano enviará cerca de 100 tropas para Israel para operar a bateria, de acordo com o Pentágono. O Irã informou aos EUA que retaliaria contra qualquer novo ataque de Israel, disse uma fonte em Teerã à CNN no sábado (12).

Por meio de um amplo sistema de comando, controle e gerenciamento de batalha, as baterias THAAD podem se comunicar com uma variedade de defesas antimísseis dos EUA, incluindo sistemas Aegis — comumente encontrados a bordo de navios da Marinha dos EUA — e sistemas de defesa antimísseis Patriot, projetados para interceptar alvos de curto alcance.

Esses outros sistemas de defesa antimísseis são mais numerosos que o THAAD, uma ilustração da importância que o governo Biden está dando a essa implantação em Israel.

O THAAD pode ser rapidamente implantado por aeronaves de carga da Força Aérea dos EUA, como o C-17 e o C-5, mas o Pentágono não deu um cronograma de quando ele estará ativo em Israel.

O que torna tão preciso?

O que torna o THAAD tão preciso é o sistema de radar que fornece informações de segmentação, o radar de vigilância de radar transportável/marinha do Exército, ou AN/TPY-2.

O sistema de radar, que pode ser implantado com a bateria de mísseis ou já estar instalado em navios da Marinha dos EUA ou em outras instalações, pode detectar mísseis de duas maneiras.

Em seu modo avançado, ele é configurado para adquirir e rastrear alvos em alcances de até 3.000 quilômetros, e em seu modo terminal, ele é apontado para cima para adquirir alvos durante sua descida, de acordo com o Missile Defense Project. O Irã está a cerca de 1.700 quilômetros de Israel.

O THAAD não estaria agindo sozinho em nenhuma defesa de Israel e poderia atuar como um “impedimento” adicional a um ataque, disse o analista militar da CNN Cedric Leighton, um ex-coronel da Força Aérea dos EUA.

“Quando for colocado em prática, ele realmente adicionará uma camada às defesas aéreas e de mísseis israelenses existentes”, disse Leighton.

Os modelos de produção do sistema THAAD nunca falharam em interceptar alvos em testes, de acordo com o Projeto de Ameaça de Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

E o sistema israelense?

Israel já possui vários sistemas antimísseis projetados para abater projéteis que se aproximam.

O David’s Sling, um projeto conjunto do Sistema de Defesa Avançada RAFAEL de Israel e da gigante de defesa norte-americana Raytheon, usa interceptadores cinéticos Stunner e SkyCeptor para atingir alvos a até 300 quilômetros de distância, de acordo com o Missile Threat Project.

Acima do David’s Sling estão os sistemas Arrow 2 e Arrow 3 de Israel, desenvolvidos em conjunto com os Estados Unidos.

O Arrow 2 usa ogivas de fragmentação para destruir mísseis balísticos em sua fase terminal – enquanto mergulham em direção aos seus alvos – na atmosfera superior, de acordo com o CSIS.

Enquanto isso, o Arrow 3 usa tecnologia hit-to-kill para interceptar mísseis balísticos no espaço, como o THAAD pode fazer.

O nível mais baixo de projéteis disparados contra Israel é combatido pelo sistema de defesa Iron Dome, composto por 10 baterias, cada uma com três a quatro lançadores de mísseis manobráveis.

Esta não é a primeira vez que Washington envia uma bateria THAAD para Israel. Outra foi despachada em 2019 para um exercício.

Em outros lugares, as implantações do THAAD também foram observadas de perto pelos rivais dos EUA, principalmente a China.

A implantação de uma bateria THAAD na Coreia do Sul em 2017, à medida que as ameaças de mísseis balísticos da Coreia do Norte aumentavam, atraiu veemente oposição de Pequim, que, segundo especialistas, estava preocupada que o poderoso radar pudesse ser usado para espionar atividades dentro da China.

Os EUA também enviaram o THAAD para Guam, para proteger bases militares norte-americanas vitais na ilha do Pacífico de possíveis ameaças de mísseis balísticos da Coreia do Norte ou da China.

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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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