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Equador confirma que corpos incinerados pertencem a meninos desaparecidos do ‘Quatro Guayaquil’ | Equador
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10 meses atrásem
Tiago Rogero South America correspondent
A Procuradoria-Geral do Equador confirmou que os corpos incinerados encontrados na véspera de Natal pertencem às quatro crianças desaparecidas desde o início de Dezembro, num caso que representa um grave desafio à “guerra às drogas” do Presidente Daniel Noboa.
Os quatro rapazes – todos negros, com idades entre os 11 e os 15 anos, e residentes em Las Malvinas, uma zona pobre da maior cidade do país, Guayaquil – regressavam de um jogo de futebol no dia 8 de Dezembro quando foram detidos por 16 soldados da Força Aérea.
Eles ficaram conhecidos como os “Quatro Guayaquil”.
Os corpos foram encontrados Véspera de Natal na região de Tauraonde os militares supostamente os libertaram perto de uma base da Força Aérea. Testes de DNA foram necessários para identificar os corpos.
Na terça-feira a Procuradoria-Geral da República informou às famílias que os corpos pertenciam aos meninos e posteriormente postado nas redes sociais: “Os resultados dos exames genéticos forenses confirmam que os quatro corpos encontrados em Taura correspondem aos três adolescentes e uma criança desaparecidos após uma operação militar no dia 8 de dezembro.”
Antonio Arroyo, tio de dois dos meninos (que eram irmãos), recebeu a notícia aos prantos. “Eles são as crianças, as crianças estão mortas. Meus sobrinhos estão mortos”, disse ele, segundo o jornal equatoriano El Universo.
As famílias foram informadas após audiência em que um juiz ordenou que os 16 militares da Aeronáutica envolvidos na operação fossem mantidos sob custódia enquanto a investigação prossegue.
Cerca de 200 pessoas, incluindo parentes dos meninos, reuniram-se em frente ao tribunal em Guayaquil, segurando cartazes com fotos dos meninos e slogans como “Onde estão as crianças?” e “Eles os levaram vivos, nós os queremos vivos!”.
Depois de terem sido detidos por soldados perto das suas casas, os quatro foram alegadamente libertados a 42 quilómetros de distância, tarde da noite, numa área rural desconhecida. Eles não foram vistos desde então.
O Ministério da Defesa negou inicialmente envolvimento, só mais tarde admitindo que os militares tinham detido os rapazes. O ministério alegou que os adolescentes estavam envolvidos no roubo de uma mulher, mas o Ministério Público que investiga o caso afirmou que não havia provas que apoiassem esta afirmação.
Antes da confirmação das mortes, o caso já era considerado a maior crise de popularidade da política de segurança linha-dura de Noboa, imposta depois que ele declarou estado de “conflito armado interno”em janeiro, com as forças armadas no centro do seu projeto.
Protestos em todo o país marcaram os últimos dias e alguns acreditam que a situação pode se intensificar.
“Há uma tristeza total nas comunidades vulneráveis de Guayaquil”, disse Arturo Ramírez Morán, professor da Universidade Católica de Santiago de Guayaquil. “Num ambiente cheio de impotência, a violência contra o Estado pode explodir num piscar de olhos.”
Os promotores públicos estão agora investigando se os militares foram responsáveis pelas mortes. O Ministério da Defesa alegou que os meninos poderiam ter sido vítimas do crime organizado depois de ser libertado.
Os 16 militares estão a ser investigados por “desaparecimento forçado” – crime com pena de 22 a 26 anos de prisão.
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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4 dias atrásem
31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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