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Erros comuns sobre a saúde do sono, segundo especialistas – 30/01/2025 – Equilíbrio

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Katie Mogg

Não há dúvida de que o sono é importante para a sua saúde. Sem o suficiente, o risco de desenvolver doenças como demência, pressão alta e diabetes tipo 2 pode aumentar, e é mais provável que você se sinta irritado e ansioso.

Na busca por uma noite de sono perfeita, algumas pessoas tentaram beber “mocktails sonolentos” ou investiram em rotinas noturnas elaboradas. Mas muitas dessas soluções não são apoiadas por pesquisas e não resolverão problemas subjacentes de higiene do sono.

“Há muita oportunidade para mudar a percepção” sobre equívocos comuns sobre o sono, diz Rebecca Robbins, professora assistente na divisão de medicina do sono da Harvard Medical School e autora principal de um estudo de 2019 sobre equívocos relacionados ao sono.

O New York Times pediu a 11 especialistas em sono para esclarecer alguns dos mitos que eles ouvem com mais frequência.

Você não pode treinar seu corpo para precisar de menos sono

Se você experimentou privação de sono a longo prazo, pode ter sentido como se seu corpo eventualmente se ajustasse.

Você pode encontrar maneiras de lidar com menos sono, como beber cafeína ou pular atividades noturnas, diz Ian Katznelson, neurologista do Northwestern Medicine Lake Forest Hospital. Mas isso não significa que você realmente evitará os efeitos negativos de pouco descanso, que podem incluir piora da memória, mudanças de humor e diminuição da criatividade.

Mais sono nem sempre é melhor

Sono de má qualidade e curto não é bom para você, mas dormir demais também pode estar ligado a problemas de saúde, dizem os especialistas.

Um estudo de 2023 que incluiu dados de quase 500 mil participantes descobriu que adultos que dormiam mais de nove horas por dia tinham 35% mais chances de morrer de uma doença respiratória. E uma revisão de 2021 descobriu que os dorminhocos tinham um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com aqueles que dormiam de sete a oito horas por dia.

Mas ainda não está claro se dormir excessivamente pode causar problemas de saúde ou se o sono prolongado é um sintoma de problemas de saúde subjacentes, diz Fariha Abbasi-Feinberg, que faz parte do conselho de diretores da American Academy of Sleep Medicine.

Os adultos devem geralmente tentar dormir de sete a nove horas por noite, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Se você sentir a necessidade de dormir significativamente mais, considere visitar um especialista em sono, diz Jennifer Goldschmied, pesquisadora do sono e professora assistente de psiquiatria no Hospital da Universidade da Pensilvânia. Esses especialistas podem ajudá-lo a avaliar se você tem um distúrbio como apneia do sono, que causa descanso fragmentado e de má qualidade.

Você não pode compensar o sono perdido no fim de semana

Dormir 30 minutos a mais na manhã de sábado geralmente não é motivo de preocupação, dizem os especialistas. Mas se você está dormindo horas a mais todo fim de semana, é provável que não esteja descansando o suficiente durante a semana, diz Thomas Kilkenny, diretor do Sleep Institute no Northwell Staten Island University Hospital.

Se você se dá bem com sete horas de sono, mas dorme apenas cerca de seis horas de segunda a sexta, por exemplo, você perdeu quase uma noite inteira de sono quando chega o sábado, diz Kilkenny. Isso é o que os especialistas chamam de “dívida de sono”, ele acrescenta.

Para conseguir suas sete horas de sono e pagar completamente a dívida da semana, você precisaria dormir 12 horas em apenas uma noite. Isso não é logisticamente possível para a maioria das pessoas. Mas mesmo que você consiga, os especialistas dizem que provavelmente ficará preso em outro ciclo de dívida de sono, já que se sentirá menos cansado na noite seguinte. Em vez disso, considere distribuir mais tempo de sono ao longo da semana, dormindo gradualmente mais cedo.

“Tente ir para a cama 15 minutos mais cedo esta noite e talvez mais 15 na próxima noite”, diz Robbins. “Sem mudanças drásticas.” À medida que você ajusta seu horário de dormir, observe como se sente no dia seguinte para determinar o melhor horário para você, ela acrescenta.

Acordar durante a noite nem sempre é um sinal de sono ruim

Levantar-se às 3 da manhã para ir ao banheiro pode parecer perturbador, mas os especialistas dizem que não é necessariamente motivo de preocupação. Seu corpo passa por vários estágios de sono durante a noite, e às vezes as mudanças causam breves despertares, diz Goldschmied.

Muitas pessoas acreditam que “você deve deitar a cabeça no travesseiro, adormecer instantaneamente e não acordar pelo resto da noite”, diz Goldschmied. “E o que eu geralmente digo é: ‘Isso não é sono. Isso é um coma.'”

Mas se você leva mais de 15 ou 20 minutos para voltar a dormir, levante-se da cama. Ficar se revirando pode deixá-lo frustrado e tornar ainda mais difícil descansar, diz Mehwish Sajid, médica de medicina do sono na University of Michigan Health. Faça algo relaxante em vez disso, como ler um livro calmante ou meditar. Volte para a cama apenas quando se sentir sonolento novamente, ela acrescenta.

Sonolência não é sempre motivo de preocupação

Após uma longa soneca ou sono profundo, você pode acordar sentindo-se atordoado e desorientado. Isso pode piorar temporariamente seu desempenho cognitivo ou colocá-lo de mau humor, mas alguma sonolência pode ser normal —os especialistas chamam isso de inércia do sono.

“Você não acorda simplesmente com os olhos brilhantes e cheio de energia”, diz Ann Romaker, diretora dos centros de distúrbios do sono da University of Cincinnati.

De acordo com o CDC, a inércia do sono pode durar de 30 minutos a duas horas. Se você está privado de sono, pode experimentar a sensação por mais tempo —embora os especialistas digam que a razão não é totalmente compreendida. Auxílios para dormir e alguns medicamentos que o deixam cansado, como anti-histamínicos e sedativos, também podem exacerbar a inércia do sono e criar “um efeito de ressaca”, diz Goldschmied.

Para gerenciar a sensação, Goldschmied recomenda dar uma breve caminhada ao ar livre pela manhã, se possível: a luz do sol é um sinal natural para o corpo de que é hora de acordar. Mas se essa sensação de sonolência nunca desaparecer ou tornar sua vida cotidiana mais difícil, vale a pena conversar com um médico de medicina do sono.

Roncar não é sempre inofensivo

Dezenas de milhões de americanos relatam roncar de vez em quando, mas nem sempre é benigno, diz Sajid.

Ronco frequente, alto e perturbador é frequentemente um sinal de apneia obstrutiva do sono, uma forma comum de apneia do sono que ocorre quando os tecidos da garganta e o músculo da língua relaxam e bloqueiam suas vias respiratórias, diz Sajid. Alguns grupos, incluindo homens, mulheres pós-menopáusicas, pessoas com obesidade, fumantes, bebedores e adultos de meia-idade e mais velhos estão em maior risco para a condição. (Romaker observou que mulheres com apneia do sono podem não roncar sempre alto e podem experimentar despertares frequentes durante a noite.)

Sajid afirma que se você se encontrar “engasgando, ofegando” ou “acordando-se do ronco” — ou se alguém com quem você compartilha a cama notar esses comportamentos — “essas são todas coisas que precisam ser avaliadas por um profissional, porque isso pode significar que há um problema de saúde subjacente acontecendo.”



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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