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Escolas privadas aprovam banimento de celular – 13/11/2024 – Educação

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Diego Alejandro

Instituições de ensino privadas apoiam a decisão unânime da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) de aprovar projeto de lei que bane celular em instituições de ensino do estado, tanto em aulas como nos recreios e intervalos. Mas há temor sobre a implementação.

“Muitas escolas já adotam um critério para a eliminação gradual do celular nas escolas, a minha inclusive. Os resultados têm sido positivos”, diz José Antonio Figueiredo Antiório, diretor do Colégio Padre Anchieta e presidente do Sieeesp, sindicato das escolas particulares de São Paulo.

“Falta interação entre os alunos, e, para mim, é onde a medida é mais benéfica”, argumenta.

Porém, a posição oficial da entidade é de cautela. Eles aguardam a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Da nossa parte, vamos fazer uma assembleia de como implementar a medida nas escolas. Precisa ter consenso entre escola, família e aluno, senão não anda.”

Pelo texto aprovado, o Executivo vai definir no ato da regulamentação como será esse processo, mas o aluno não poderá ter acesso ao aparelho. O projeto também determina que sejam criados canais de comunicação acessíveis para os pais entrarem em contato com as escolas.

A Camino School, que já proibia o celular totalmente desde 2020, diz concordar com a lei e acreditar que esta regra precisa valer para todas as escolas do país. “O resultado de uma escola sem celular são alunos mais conectados entre si e mais dedicados aos estudos”, diz.

“É bem-vinda a decisão. Trata-se de um movimento orientador, em um ambiente que faltava regulação estatal”, afirma Daniel Helene, coordenador pedagógico da Escola Vera Cruz. “O projeto de lei também acerta ao não reproduzir o equívoco de que o problema dos celulares é das escolas. É algo muito maior, e as escolas ajudam a pautar.”

Segundo ele, o Vera Cruz está vivendo um experimento sem celulares “sem crises”. A estratégia que eles usaram foi convidar os alunos para a roda de conversa, para que eles participem das decisões de como seria a implementação.

“Todas as pesquisas indicam o impacto favorável que o banimento causa, e, por isso, sou favorável. Porém, é importante notar que a tecnologia, sob orientações dos professores, é um recurso importante para a pedagogia”, diz Wagner Borja, diretor da Escola Nossa Senhora das Graças. Lá, alunos a partir do ensino fundamental 2 devem depositar o celular em caixas antes da aula.

O projeto define que o uso de aparelhos eletrônicos é permitido para fins pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação. A lei fala em proibição de “aparelhos eletrônicos portáteis pessoais, inclusive telefones celulares”, mas não especifica o uso de tablets.

Esses impasses causam receios. “Proibir o uso de dispositivos na educação é problemático, pois uma proibição é uma medida generalizadora e traz desafios de implementação”, diz Claudia Tricate, diretora do Colégio Magno.

“A lei apenas decreta a restrição, mas não fornece diretrizes práticas, deixando para as escolas a responsabilidade de cumprimento, sobrecarregando professores e dificulta a gestão.”

É um avanço, mas não resolve o problema por si só, segundo Ana Cristina Dunker, diretora da Carandá Educação. “É crucial regulamentar o uso das redes sociais e o acesso à internet para essa faixa etária, algo que está em discussão no Senado”, diz.

Além disso, como propõe o Movimento Desconecta, é necessário que a sociedade, incluindo as famílias, reflita sobre a oferta de celulares e ensine o uso consciente, diz Dunker.



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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Mestrado em Ciências Ambientais é destacado em livro da Capes — Universidade Federal do Acre

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Mestrado em Ciências Ambientais é destacado em livro da Capes — Universidade Federal do Acre

O mestrado em Ciências Ambientais (PPGCA) da Ufac foi destaque no livro “Impacto da Pós-Graduação Brasileira na Agenda 2030: Contribuição do Sistema Nacional de Pós-Graduação para a COP30 na Amazônia” (248 p.), editado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A boa prática destacada se origina do projeto “Formação de Capacidades e Trocas de Conhecimentos para a Governança e o Empreendedorismo Socioambiental na Bacia do Alto Juruá”.

O projeto é realizado em parceria com o programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade de São Paulo, o Programa de Conservação e Desenvolvimento Tropical da Universidade da Flórida e o Instituto Fronteiras. O destaque está nas páginas 158 e 159 do livro.

“O projeto promoveu a parceria global para o desenvolvimento sustentável ao mobilizar e compartilhar 159 conhecimento, expertise e recursos financeiros para a capacitação de 30 pessoas em liderança empreendedora comunitária na Bacia do Alto Juruá (Acre)”, diz um dos trechos da referência.

A atividade foi coordenada pelo professor da Ufac, Charles Rossi. “A reflexão sobre a necessidade de repensar sua abordagem de investigação, educação e formação para apoiar as comunidades tradicionais e indígenas tem sido um pilar a ser fortalecido no PPGCA”, pontuou ele.

O livro aborda os destaques de experiências na pós-graduação, através de atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação, que atendem aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). “Dos destaques enviados foram selecionados 4 de cada das 9 grandes áreas, sendo uma delas da área de ciências ambientais de um programa com jovens no interior da Amazônia, demonstrando o potencial de contribuição vindo da Amazônia e para a Amazônia”, comentou o coordenador da Área de Ciências Ambientais da Capes, professor Carlos Sampaio.

 



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