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Especialistas querem reforma da Conferência do Clima – 15/11/2024 – Ambiente

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Um grupo de ex-líderes em especialistas em clima afirmou, em carta aberta às Nações Unidas, que o formato das conferências anuais sobre mudança climática, conhecidas pela sigla COP, não mais cumpre seu papel e precisa ser reformado. Com teor crítico, a missiva foi entregue nesta sexta-feira (15), em meio à COP29, que se estenderá até o dia 22 em Baku (Azerbaijão).

Quase 200 países participam da presente conferência, cujo principal objetivo será fixar um valor mais ambicioso para o financiamento de ações climáticas no mundo em desenvolvimento. Atualmente, volume de recursos é de US$ 100 bilhões ao ano, com doações obrigatórias dos países desenvolvidos. Até o momento, houve avanço pequeno nas negociações.

Apesar dos esforços dos negociadores em avançar no tema, o ambiente em Baku mostra-se contaminado por dúvidas sobre decisões do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a agenda ambiental americana e as posições do país nos fóruns globais. A retirada da delegação da argentina, por ordem do presidente Javier Milei, elevou as incertezas sobre um acordo.

A carta às Nações Unidas foi assinada por mais de 20 especialistas, ex-líderes e cientistas, entre os quais a ex-secretária da Convenção-Quadro das Nações Unidas para a Mudança Climática Christiana

Figueres e o ex-secretário-geral das Nações Unidas. Os brasileiros Carlos Nobre, do Rockefeller Foundation Economic Council on Planetary Health, e Ilona Szabó, presidente do Instituto Igarapé e colunista da Folha, também uniram a esse chamado.

O texto argumenta que as COPs tiveram êxito, mas precisam agora de uma reforma. “Está agora claro que a COP não se mostra mais adequada a seu propósito. Sua atual estrutura simplesmente não permite a adoção de mudanças em velocidade e escala exponenciais, o que é essencial para garantir uma aterrizagem climática segura para a humanidade”, sublinha.

“Este fato nos compele a convocar uma reforma fundamental na COP. Precisamos de mudanças da negociação à implementação para habilitar a COP a alcançar os compromissos acordados e assegurar a urgente transição energética e a redução do uso de combustíveis fósseis”, acrescenta.

Mais compromisso

Os especialistas sugerem sete alterações na estrutura da COP. Entre elas, a adoção de critérios rígidos para a escolha da presidência anual da conferência, com a exclusão daqueles que não apoiam o fim do uso de combustíveis fósseis e a transição para fontes renováveis. No ano passado, a COP foi conduzida pelos Emirados Árabes Unidos e, em 2024, pelo Azerbaijão. Ambos têm suas economias centradas na exploração petrolífera.

“Os países anfitriões têm de demonstrar elevado graus de ambição para alcançar os objetivos do Acordo de Paris”, afirma a carta.

Os signatários sugerem ainda a transformação das conferências anuais em reuniões “menores, mais frequentes e com foco na solução desejada”, a criação de um corpo científico permanente para acompanhar os trabalhos e a adoção de mecanismos para checar a implementação dos compromissos dos países envolvidos.

As críticas ao processo de tomada de decisões, por meio da COP, não restringiram-se aos signatários da carta às Nações Unidas. No início desta semana, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, fez um apelo para urgente reforma do sistema. O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, queixou-se por ver líderes conversando nos sofás e posando para fotografias enquanto os discursos da COP29 eram transmitidos por telas de televisão sem som.

Questionado sobre o teor da carta dos especialistas, o presidente da COP29 afirmou que o processo multilateral se vê sob pressão e que a atual conferência será “um teste decisivo para a arquitetura climática global”. “O processo já trouxe acertos, ao reduzir a projeção de aquecimento [global] e ao entregar financiamento aos que precisam. É melhor do que qualquer alternativa.”



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Após 42 anos sem estudar, idoso faz vestibular e é aprovado em universidade pública; família faz festa; vídeo

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Mariana Sena tem orgulho da história de vida que tem e da força obtida por intermédio dela para dar vida à personagem Glorinha, de a “Garota do Momento”. Foto: @marianasena

A advogada Danielle Barbosa e a família organizaram um verdadeiro evento. A festa com direito a bolo e muita zoeira foi para comemorar a realização de um sonho, o pai dela, um idoso, de 60 anos, foi aprovado para o curso de matemática na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Nas redes sociais, Dani compartilhou o dia da festa e da celebração. Marquinho, como é conhecido em Juiz de Fora, MG, estava todo bobo, nem acreditava que fizeram bonequinho dele como calouro e, depois como diplomado. “Fui aceito? Nossa Senhora”, reagiu o novo universitário.

Após mais de quatro décadas sem pisar numa sala de aula, o comerciante arrebentou no vestibular. Nas redes sociais, internautas e seguidores aplaudindo o novo universitário.

Vídeo emocionante

Dani, a filha coruja, postou o momento em que o pai entra na sala de casa e vê o bolo, os bonequinhos dele e toda a farra para comemorar a aprovação na UFJF.

“Depois de 42 anos sem estudar, meu pai, que sempre demonstrou seu amor pela matemática, foi aprovado na Universidade Federal de Juiz de Fora”, afirmou a advogada.

Em seguida, Dani acrescentou: “Pequenos passos para uns, mas grandes passos para outros. Nunca é tarde para seguir seus sonhos”.

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Apoio nas redes

Mais de 69 mil curtidas no vídeo e muitos comentários. “Que ele seja muito bem-vindo aqui na UFJF”, disse uma estudante da universidade. “Sonhos não envelhecem”, ressaltou uma seguidora.

Outra internauta afirmou que está na torcida pelo mais novo calouro.

“Nunca estamos atrasados para as coisas que são nossas. Façam mesmo. O tempo vai passar de qualquer jeito. Sucesso para seu paizinho.”

Esse idoso tinha um sonho que era estudar matemática, agora foi aprovado para o curso na Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF) e ganhou muita festa da família. Foto: @danibarbosairf Esse idoso tinha um sonho que era estudar matemática, agora foi aprovado para o curso na Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF) e ganhou muita festa da família. Foto: @danibarbosairf

A emoção do novo calouro de matemática da UFJF , veja só:



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Bastão ajuda a identificar se bebida está adulterada; parece um canudinho

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Mariana Sena tem orgulho da história de vida que tem e da força obtida por intermédio dela para dar vida à personagem Glorinha, de a “Garota do Momento”. Foto: @marianasena

Um canudinho como outro qualquer pode ser bastante eficiente. É que essa ferramenta simples, um bastão, pode identificar se a bebida está adulterada. A invenção é de cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.

Os pesquisadores batizaram o canudinho de Spikeless. É usá-lo para mexer a bebida e, em 30 segundos, identifica drogas comuns – GHB, ácido gama-hidroxibutírico e cetamina, por exemplo.

Esses químicos (GHB, ou ácido gama-hidroxibutírico, e cetamina) não têm cor, cheiro nem sabor, daí a dificuldade em detectá-los a olho nu. Essas drogas são aplicadas em bebidas para dar golpes e sedar as vítimas.

Antecipando problemas

Samin Yousefi, estudante de mestrado em engenharia química e biológica da UBC e coinventor do dispositivo, explicou sobre a praticidade do bastão. “Em qualquer lugar onde haja um bar — clubes, festas, festivais — há um risco”, disse.

Segundo Yousefi, antes do desenvolvimento do Spikeless, foi tentado todo tipo de dispositivo: copos, porta-copos, canudos e até esmaltes para detectar as drogas.

“Nosso dispositivo é mais discreto do que as alternativas existentes e não contamina a bebida.”

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Bioplástico que muda de cor

O Spikeless tem uma ponta de bioplástico revestida com produtos químicos que muda de cor quando detecta drogas em qualquer bebida — alcoólica ou não alcoólica. É uma ferramenta de uso único, mas pode ser usada em qualquer lugar.

A ferramenta ainda precisa da aprovação da agência sanitária de saúde do Canadá, a Health Canada.

Porém, os criadores do dispositivo estão otimistas e esperam que, em breve, esteja disponível. Desde 2011, o professor Johan Foster, de engenharia química e biológica, e o irmão dele, Andrew Foster, trabalham no projeto.

Os pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, criaram o bastão que pode identificar a bebida adulterada. De plástico, tem um dispositivo que muda de cor, se verificar um tipo de droga. Foto: Universidade da Colúmbia Britânica Os pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, criaram o bastão que pode identificar a bebida adulterada. De plástico, tem um dispositivo que muda de cor, se verificar um tipo de droga. Foto: Universidade da Colúmbia Britânica



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O ex -presidente da Costa Rica, Arias, diz que os EUA revogaram o Visa – DW – 04/04/2025

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O ex -presidente da Costa Rica, Arias, diz que os EUA revogaram o Visa - DW - 04/04/2025

Antigo Costa Rica O presidente e o vencedor do Prêmio Nobel, Oscar Arias, disse na terça -feira que os Estados Unidos haviam revogado seu visto para entrar no país, apenas algumas semanas depois de criticar Presidente Donald Trump nas mídias sociais.

“Recebi um e -mail do governo dos EUA informando que eles suspenderam o visto que tenho no meu passaporte. A comunicação era muito concisa, ela não dá motivos. Alguém poderia ter conjecturas”, disse Arias a repórteres.

Chamando Trump de ‘Imperador Romano’

Em um post de mídia social no Facebook em fevereiro, o vencedor do Prêmio Nobel de Paz de 1987 disse que Trump estava se comportando como “um imperador romano”.

“Nunca foi fácil para um país pequeno discordar do governo dos EUA, muito menos, quando seu presidente se comporta como um imperador romano, dizendo ao resto do mundo o que fazer”, escreveu ele.

“Nos meus governos, a Costa Rica nunca recebeu ordens de Washington, como se fôssemos uma ‘República da Banana’.”

Post de Arias, logo à frente de Visita do Secretário de Estado dos EUA Marco Rubio Para a Costa Rica em fevereiro, também rotulou os EUA de “uma nação em busca de um inimigo”.

Ex-presidente diz Costa Rica, cedendo para a pressão dos EUA

Arias levou para a mídia social que criticava o rendimento da administração do presidente Rodrigo Chaves à pressão dos EUA, como Washington procurou combater a influência da China na região, enquanto também aceitava deportados migrantes de países terceiros.

Outros legisladores da Costa Rica tiveram seus vistos nos EUA revogados que não se alinharam com o objetivo do presidente Chaves de reduzir a influência da China na região.

Agora com 84 anos, Arias foi o presidente da Costa Rica entre 1986 e 1990 e novamente entre 2006 e 2010.

Editado por John Silk



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