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Estado e União formalizam cooperação técnica que garante vagas no serviço público para mulheres vítimas de violência

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Rebeca Martins

O governo do Acre, representado pela gestora da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), Márdhia El-Shawwa, assinou nesta quarta-feira, 27, em Brasília (DF), um acordo de cooperação técnica (ACT) com a União para o atendimento de um percentual mínimo de vagas de trabalho para mulheres em situação de violência doméstica e familiar em contratações públicas federais no Estado.

Governo do Acre assina Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a União para atendimento de percentual mínimo de vagas para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Foto: Cedida

O acordo determina que 8% das vagas em serviços terceirizados no Acre serão reservadas para mulheres vítimas de violência. A medida tem o objetivo de ampliar o acesso dessas mulheres ao mercado de trabalho, proporcionando condições para sua reintegração social e econômica. O Ministério das Mulheres também esteve presente e celebrou o acordo.

“A gente acabou de assinar um ACT muito importante; precisamos muito da parceria dos governos estaduais. Tive a satisfação de assiná-lo com a secretária Márdhia e as contratações do governo federal no Acre vão contar com esse catálogo, com as mulheres que estão em situação de violência no estado. Temos feito uma parceria muito importante com os estados, e um guia também de como fazer isso”, disse a ministra de Gestão e Inovação de Serviços Públicos, Esther Dweck.

Secretária da Mulher, Márdhia El-Shawwa, e Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na assinatura do ACT. Foto: Cedida

“Agradecemos à ministra e ao governo federal, em nome do governador Gladson Cameli. Essa é mais uma oportunidade para as mulheres vítimas de violência ou em vulnerabilidade social romperem esse ciclo, sabendo que têm uma chance, que não estão sozinhas. Quero dizer que podem contar com a gente, com o Acre, que vamos alocar essas mulheres, incentivar e fomentar essa política”, ressaltou a titular da Semulher.

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações para combater a violência de gênero e promover a igualdade de oportunidades. O acesso ao emprego é considerado uma ferramenta importante para a autonomia financeira e a reconstrução da autoestima das vítimas, ajudando na redução da dependência do agressor e na construção de um futuro mais seguro.

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Acre está entre os dez estados com a maior oferta de serviços públicos digitais

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Tácita Muniz

O Acre aparece em 10º lugar no ranking divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), que analisou os estados com a maior oferta de serviços públicos digitais, de acordo com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais e Públicas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC).

Acre tem se destacado na oferta de serviços digitais nos últimos anos. Foto: Neto Lucena/Secom

O Ranking de Competitividade dos Estados toma como base o índice da associação, que avaliou 35 critérios distribuídos em três dimensões principais, sendo elas:

– Capacidades para a oferta digital de serviços, que analisou o acesso aos serviços públicos, identificação do cidadão e simplificação de serviços;

– Oferta de serviços digitais, que diz respeito a direitos, saúde, educação e segurança pública;

-Normatização sobre modernização para a oferta de serviços públicos, que considerou leis relacionadas à defesa do usuário, desburocratização, assinaturas eletrônicas e governo digital.

Este ano, o governador Gladson Cameli recebeu, no Rio de Janeiro (RJ), o troféu de segundo lugar no Prêmio Índice Abep-TIC de Oferta de Serviços Públicos Digitais dos Governos Estaduais e Distrital. Na ocasião, ele reconheceu a importância dos investimentos em tecnologia da informação e atribuiu o prêmio a esse esforço das equipes.

“Este é o segundo ano consecutivo que o Acre fica entre os três estados do Brasil que mais avançaram em transformação digital. Em 2023, conquistamos a primeira colocação em variação nominal do ranking do índice de oferta de serviços digitais, devido a esse compromisso com a modernização, e este ano seguimos bem colocados”, destacou o chefe do Executivo.

A transformação digital dos processos e serviços prestados pela Administração Pública do Acre começou em março de 2023, quando o governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração (Sead), deu um passo importante ao regulamentar o Programa de Governo Digital.

Além disso, o Estado evidenciou o Programa de Governo Digital, incluindo-o no Plano Plurianual 2024/2027, garantindo seu alinhamento estratégico e continuidade.

Já no começo de outubro deste ano, a Secretaria de Estado de Administração (Sead) lançou os “Formulários Digitais”, uma ferramenta da Plataforma Única de Gestão e Serviços. A iniciativa transforma processos presenciais em soluções digitais, facilitando o acesso da população a diversos serviços públicos.

Durante o lançamento, o secretário de Estado de Administração, Paulo Roberto Correia, ressaltou a importância da inclusão digital para aproximar os serviços públicos da sociedade:

“O que nós queremos com isso é aproximar a população do acesso aos serviços disponibilizados pelo Estado. Com esses investimentos e com a colaboração entre a Secretaria de Administração e os demais órgãos do Estado, queremos que esses serviços cheguem de maneira mais eficiente à sociedade”, afirmou.

Atualmente, o estado tem como exemplos Protocolo Online; Carta de Serviços e a Organização em Centros de Atendimento (OCA), com serviços digitais.

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Estado reforça ações de prevenção e tratamento do HIV e outras ISTs

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Luana Lima

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), promove mobilização no Dezembro Vermelho, mês dedicado à luta contra o HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). As ações têm como foco a conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, além da garantia dos direitos das pessoas que vivem com HIV.

As ações têm como foco a conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Foto: cedida

De acordo com o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, é essencial ampliar o alcance das iniciativas educativas e assistenciais para reduzir os índices de infecção no estado. “É fundamental que intensifiquemos a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce, buscando reduzir os casos e garantir o direito à saúde para todos”, afirmou Pascoal.

“É fundamental que intensifiquemos a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce”, afirmou Pedro Pascoal. Foto: Odair Leal/Sesacre

O Núcleo Estadual de ISTs e o Serviço de Assistência Especializada (SAE), sediado na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), lidera as atividades da campanha. O coordenador do núcleo, Jozadaque Beserra, destacou a importância de ações focadas nas regiões com maior prevalência da doença.

Jozadaque Beserra, coordenador do Núcleo Estadual de ISTs. Foto: Neto Lucena/Secom

“Nossas ações no Baixo Acre visam não apenas prevenir, mas também fornecer assistência eficiente aos portadores do HIV. Essa região concentra mais de 88% dos casos registrados no estado, o que reforça a necessidade de intensificar a prevenção e os cuidados, especialmente nas áreas urbanas”, explicou.

Prevenção e diagnóstico gratuito

Como parte das estratégias de combate ao HIV, o SUS disponibiliza gratuitamente métodos preventivos, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). A PrEP é indicada para pessoas que expõem risco de infecção, sendo usada como medida contínua de prevenção. Já a PEP é recomendada após situações de risco, como relações desprotegidas, violência sexual ou acidentes com material biológico, devendo ser iniciada em até 72 horas.

Medicação preventiva, PrEP, é ofertada gratuitamente para a população. Foto: José Caminha/Secom

O diagnóstico também tem recebido atenção especial. Testes rápidos para detecção de HIV estão disponíveis em unidades de saúde e permitem resultados em cerca de 30 minutos. Além disso, o SUS oferece autotestes para que a população possa se testar de maneira privada e conveniente.

Ação de testagem rápida de HIV. Foto: Danna Anute/Arquivo

Direitos garantidos aos beneficiários de planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça que os beneficiários de planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias relacionadas ao diagnóstico e acompanhamento do HIV. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde garante consultas ilimitadas, exames laboratoriais, testes rápidos e genotipagem em casos de resistência viral ou falha terapêutica. Além disso, as operadoras não podem recusar clientes portadores do vírus HIV devido à condição preexistente.

Avanços no tratamento e redução na mortalidade

O Brasil tem registrado avanços significativos no tratamento da Aids. Nos últimos dez anos houve uma queda de 25,5% na mortalidade causada pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Atualmente, 92% das pessoas em tratamento atingiram o estágio indetectável, em que não transmitem o vírus e mantêm uma boa qualidade de vida.

Esses resultados são frutos do acesso ampliado aos medicamentos modernos e do fortalecimento das políticas públicas de saúde.

Como o HIV é transmitido e formas de prevenção

O vírus HIV é transmitido principalmente por meio de relações sexuais sem proteção, uso compartilhado de seringas, transfusões de sangue contaminado, e da mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação. No entanto, é importante destacar que o HIV não é transmitido por contato casual, como abraços, beijos, compartilhamento de objetos ou uso de banheiros públicos.

O uso correto de preservativos, disponível gratuitamente em postos de saúde, continua sendo uma das formas mais eficazes de prevenção.

Mobilização estadual no Dezembro Vermelho

O governo do Acre, por meio do Núcleo Estadual de ISTs e da Fundhacre, reforça a necessidade de engajamento da população no Dezembro Vermelho. A campanha busca promover o acesso à informação, a realização de testes e o acompanhamento das pessoas comunicadas com HIV, fortalecendo a rede de apoio e assistência no estado.

A campanha busca promover o acesso à informação, à realização de testes. Foto: Arquivo/Sesacre

“A luta contra o HIV e a Aids é um compromisso de todos. Conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento é um passo essencial para salvar vidas e reduzir o estigma em torno da doença”, concluiu Jozadaque Beserra.

Serviço

Os testes rápidos, autotestes e medicamentos preventivos estão disponíveis nas unidades de Saúde do estado. Para mais informações, vá até a unidade de Saúde mais próxima ou no SAE na Fundhacre.

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Acre tem dois projetos selecionados no edital Expedições Científicas da Iniciativa Amazônia+10

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Fhaidy Acosta

Com investimento de R$ 76 milhões, a Iniciativa Amazônia+10 divulgou, na última semana, o resultado da chamada Expedições Científicas, na qual foram selecionados 22 projetos voltados à ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade amazônica, que conta com o apoio do governo do Acre, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Acre (Fapac), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“O recurso investido pelo Estado do Acre nos permitiu proporcionar aos pesquisadores essa importante oportunidade de aprofundar estudos em temas e regiões pouco explorados na nossa região amazônica, abrindo portas para descobertas científicas e para o crescimento em pesquisa”, afirmou Moisés Diniz.

Entre os projetos escolhidos, o Acre teve dois projetos aprovados. Com o resultado, a Fapac  entrará em contato com os respectivos grupos de pesquisadores contemplados para dar encaminhamento à próxima etapa. Para acessar as chamadas: https://www.amazoniamaisdez.org.br/chamadas

“O resultado final desta Chamada de Expedições apoiada pelo governo do Acre, com duas propostas aprovadas no nosso estado, trará aos pesquisadores envolvidos a oportunidade de executar grandes projetos com imenso potencial de proporcionar desenvolvimento para nossa região”, concluiu Jussara de Brito, coordenadora técnica da Fapac.

Com a temática Novas fronteiras no registro fossilífero da Amazônia Sul-ocidental está o pesquisador Carlos D’Apolito Júnior da Universidade Federal do Acre (Ufac). O segundo tema selecionado foi Sociobiodiversidade: Análise de agentes zoonóticos carreados por espécies cinegéticas na Amazônia Ocidental, da pesquisadora Cíntia Daudt, da Universidade Federal do Acre (Ufac).

Chamada

Em todo o Brasil foram selecionados 22 projetos orçados em aproximadamente R$ 76 milhões, que irão mobilizar 85 grupos de pesquisadores vinculados a 19 Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) diferentes, além das agências estrangeiras UK Research and Innovation (UKRI), do Reino Unido, e Swiss National Science Foundation (SNSF), da Suíça.

“Estamos muito contentes com o êxito da chamada Expedições, tanto pela demanda altamente qualificada, quanto pela sua composição envolvendo parceiros nacionais e internacionais”, afirma a diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Andrade Oliveira.

Cada uma das propostas é liderada por pesquisadores de, pelo menos, duas FAPs ou agências estrangeiras, sendo um deles obrigatoriamente vinculado a instituições de ensino superior e/ou pesquisa com sede nos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso). O edital também previa a inclusão na equipe de pesquisa de pelo menos um integrante PIQCT (povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais).

A chamada recebeu 191 propostas no total – 25% a mais que o número de projetos submetidos ao primeiro edital da iniciativa, em 2022 –, distribuídas por nove grandes áreas do conhecimento (Ciências Agrárias, Biológicas, da Saúde, Exatas e da Terra, Humanas, Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes e outras).

“Este edital reflete o compromisso do Confap [Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa] em fortalecer a pesquisa científica na região amazônica, incentivando ações colaborativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável e a conservação do bioma. Acreditamos que as expedições resultantes desta iniciativa terão um impacto significativo, proporcionando novas descobertas e soluções inovadoras para os desafios que enfrentamos na Amazônia”, finaliza Odir Dellagostin, presidente do Confap.

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