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Estaleiros da UE reparam navios que transportam gás russo – 14/01/2025 – Mundo

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6 meses atrásem
Alice Hancock, Chris Cook
Estaleiros da União Europeia estão fazendo reparos em petroleiros russos, permitindo que Moscou continue transportando gás pelo Ártico apesar das sanções ocidentais ao setor energético do país.
Sem os trabalhos de manutenção —feitos pelo estaleiro Damen, na França, e Fayard A/S, na Dinamarca— a planta de GNL (gás natural liquefeito) Yamal, da Rússia, teria dificuldades para acessar mercados cruciais durante o inverno, quando os preços do gás no hemisfério norte estão mais altos.
Os dois estaleiros atenderam 14 dos 15 navios especializados da frota Arc7, que operam a partir do Yamal LNG na costa norte da Rússia, segundo imagens de satélite e dados de rastreamento de portos da Kpler, uma empresa de análise de dados. Alguns navios fizeram várias visitas.
“Se esses dois estaleiros estivessem indisponíveis, toda a operação logística seria colocada em dúvida”, disse Malte Humpert, especialista em transporte marítimo no Ártico do High North News, que monitora os movimentos dos navios. “Eles poderiam obter o serviço em outro lugar, mas isso significaria desviar bastante da rota.”
Oito dos petroleiros visitaram Damen, enquanto Fayard recebeu nove desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. A maioria dos navios pertence a empresas de energia e transporte, incluindo a Dynagas, da Grécia.
Lá Fora
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Damen confirmou que reparou “vários navios envolvidos no transporte de GNL russo”, mas acrescentou que isso “aderiu estritamente à legislação de sanções europeias” e que não estava “envolvido nas escolhas de carga feitas pelas empresas de transporte que operam esses navios”.
“Não estão planejados mais reparos desses navios”, afirmou. Fayard não respondeu a pedidos de comentários feitos pelo Financial Times.
Eliminar o gás russo é um objetivo central da política da Comissão Europeia. No entanto, a meta de reduzir o uso de combustíveis fósseis russos pela UE a zero até 2027 foi prejudicada por um aumento nas importações de GNL, a maioria fornecida por Yamal.
As atividades dos navios e estaleiros não estão sancionadas devido a exceções para transporte de energia e porque os navios não possuem bandeira russa.
O único da frota que não passou por nenhum dos dois estaleiros foi o Christophe de Margerie, que pertence à empresa de transporte russa sancionada Sovcomflot.
A UE concordou em sancionar o navio —o primeiro movimento do bloco para impor sanções às operações de Yamal— em 16 de dezembro.
A incapacidade do Christophe de Margerie de acessar os estaleiros na Europa deixou o navio fora de serviço por seis meses, demonstrando a dependência do Arc7 em relação ao conhecimento e peças europeias, disse Humpert.
China, terra do meio
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De Yamal, os navios podem navegar em direção à Europa ou seguir a rota do Mar do Norte, muito mais longa e perigosa, até a China. A rota para o leste só pode ser navegada durante os meses mais quentes, apesar de a Novatek —proprietária do Yamal LNG— estar experimentando uma janela de envio mais longa.
Os transportadores de GNL Arc7 foram construídos na Coreia do Sul a um custo de cerca de US$ 333 milhões por navio, de acordo com pesquisa do Instituto de Estudos Energéticos de Oxford.
Eles têm mais de 200 metros de comprimento e podem transportar cerca de 170 mil metros cúbicos de gás natural com um sistema de propulsão especificamente projetado para navegar em gelo espesso.
Um corretor de navios europeu disse que os estaleiros franceses e dinamarqueses, que têm docas secas grandes o suficiente para os petroleiros de grande porte, são os “únicos capazes de lidar com os Arc7 e, ao mesmo tempo, localizados no lugar certo”.
Enquanto o petróleo bruto e o carvão russos foram sancionados, o gás permaneceu fora do regime de sanções do bloco em meio a preocupações com a segurança do abastecimento.
O Yamal LNG exportou 20,9 bilhões de metros cúbicos para a Europa em 2023, de acordo com o OIES, dos quais cerca de um quarto foi enviado para destinos fora do bloco. Os suprimentos de Yamal representaram cerca de 85% a 90% das importações de GNL russo da UE, segundo o think-tank Bond Beter Leefmilieu.
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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