NOSSAS REDES

MUNDO

Estará Israel a desistir dos termos do cessar-fogo no Líbano? | Israel ataca o Líbano

PUBLICADO

em

Confirmando o que muitos observadores concluíram, o jornal israelita Israel Hayom diz que Israel pode decidir permanecer no sul do Líbano para além do período de retirada de 60 dias especificado num cessar-fogo.

A não retirada em 60 dias seria mais uma violação do acordo de cessar-fogo apoiado pelos EUA e pela França, alcançado em 27 de Novembro entre o Líbano e Israel.

Israel já violou o acordo centenas de vezes.

Mas o que significaria o fracasso de Israel na retirada do Sul do Líbano após este período de 60 dias? Aqui está o que você precisa saber.

O que está acontecendo?

Desde o cessar-fogo, o Hezbollah parou de lançar foguetes contra Israel e Israel interrompeu os bombardeamentos implacáveis ​​dos subúrbios de Beirute, no leste do vale de Bekaa e no sul.

Mas as tropas israelitas ainda estão no sul, explodindo e demolindo casas e outras infra-estruturas.

Também impediram as pessoas de regressarem às suas casas no sul, dispararam contra cidadãos libaneses e mataram pelo menos 33 residentes do Líbano no último mês.

Israel deverá retirar as suas tropas do sul do Líbano dentro de 60 dias a partir de 27 de Novembro, para serem substituídas por tropas da UNIFIL, seguidas pelo exército libanês.

Mas Israel afirma agora que as extensas armas do Hezbollah no sul e os seus esforços para reconstruir podem levá-los a “reconsiderar” o calendário para a retirada.

Soldados israelenses sentam-se em um veículo militar perto da fronteira com o Líbano (Shir Torem/Reuters)

O que acontece se eles não cumprirem a promessa?

Nada.

Não existe nenhum mecanismo para fazer cumprir o acordo de cessar-fogo, a não ser o reinício das hostilidades.

Fontes de uma embaixada ocidental disseram à Al Jazeera que as únicas garantias de implementação eram as promessas dos EUA que Israel cumpriria.

O Hezbollah poderia aparentemente reiniciar o lançamento de foguetes contra Israel, mas é pouco provável que queira voltar a envolver-se.

O Hezbollah respondeu anteriormente às violações israelitas disparando um foguete de alerta num local militar nas colinas de Kfarchouba, em 2 de dezembro, que pousou em espaço aberto e não teve vítimas.

Israel retaliou matando nove pessoas no Líbano.

Um homem limpa escombros e destroços de edifícios danificados após o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah nos subúrbios ao sul de Beirute, Líbano, em 4 de dezembro de 2024.
Um homem limpa escombros e escombros de edifícios danificados por Israel (Emilie Madi/Reuters)

Quais são os termos do cessar-fogo?

Israel deverá retirar todas as suas tropas do sul do Líbano em 60 dias e o Hezbollah deverá transferir a sua infra-estrutura militar para norte do rio Litani, com o exército libanês a deslocar-se para o sul do Líbano.

E quanto a todos os sulistas que querem voltar para casa?

As consequências imediatas do acordo de cessar-fogo fizeram com que as pessoas abandonassem os abrigos improvisados ​​– a maioria montados em escolas de todo o país – que as albergavam há mais de dois meses.

A equipe de um abrigo que a Al Jazeera visitou em Sidon, no sul do Líbano, disse que por volta das 10h do dia do cessar-fogo, todas as pessoas deslocadas já haviam partido para voltar para casa.

Mas muitos ainda não estão em casa.

No segundo dia do cessar-fogo, o porta-voz militar de Israel, em língua árabe, anunciou efectivamente que todo o sul era um zona proibida.

Algumas pessoas dizem que visitaram as suas aldeias no primeiro dia do cessar-fogo, mas depois foram impedidas de regressar.

Muitos sulistas estão em aldeias o mais próximas possível das suas aldeias ou ficam com a família em zonas que os israelitas não ocupam ou proíbem a entrada de pessoas.

O que mais aconteceu?

No dia de Natal, Israel atacou no vale de Bekaa, entre as cidades de Talia e Hizzine, na região de Baalbek.

O primeiro-ministro interino, Najib Mikati, apelou à criação de um comité de monitorização do cessar-fogo para pressionar Israel a respeitar os termos do cessar-fogo, mas teve pouco efeito até à data.

Israel não só violou o cessar-fogo ao continuar a atacar, como também avançou mais profundamente no território libanês.

Em 26 de Dezembro, as forças israelitas deslocaram-se até Wadi al-Hujeir, a oito quilómetros (cinco milhas) da Linha Azul demarcada pela ONU que separa o Líbano de Israel.

O que a UNIFIL está fazendo sobre isso?

A UNIFIL divulgou um comunicado em 26 de dezembro, apelando à suspensão de “ações que ponham em risco a frágil cessação das hostilidades”.

Apelou à “retirada atempada” das forças israelitas e ao envio das Forças Armadas Libanesas para o sul do Líbano, bem como à implementação da resolução 1701 da ONU, que estipula que o Hezbollah desloque as suas forças para norte do rio Litani e Israel abaixo da Linha Azul.

A UNIFIL também expressou “preocupação com a destruição contínua” pelas forças israelenses “em áreas residenciais, terras agrícolas e redes rodoviárias no sul do Líbano”.

Uma mulher reage ao lado da sepultura temporária de um parente, enquanto um membro da defesa civil remove corpos de pessoas mortas durante as hostilidades entre Israel e o Hezbollah, incluindo combatentes, de um cemitério temporário para serem levados para sepultamento em sua cidade e vilarejos de origem, após uma cessar-fogo entre os dois, em Tiro, sul do Líbano, 2 de dezembro de 2024. REUTERS/Thaier Al-Sudani
Uma mulher reage ao lado da sepultura temporária de um parente morto por Israel (Thaier al-Sudani/Reuters)



Leia Mais: Aljazeera

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO

em

O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

Leia mais notícia boa

Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO

em

Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

Leia mais notícia boa

A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO

em

O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

Leia mais notícia boa

Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

//www.instagram.com/embed.js



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS