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EUA: vaivém de Trump irrita empresários e investidores – 07/03/2025 – Mercado

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EUA: vaivém de Trump irrita empresários e investidores - 07/03/2025 - Mercado

James Politi, Aime Williams, Guy Chazan

No Salão Oval, na tarde de quinta-feira (6), Donald Trump assinou a mais recente de uma série de ordens executivas sobre comércio, revertendo parcialmente as tarifas de 25% sobre o Canadá e o México que ele havia imposto apenas dois dias antes.

As mudanças de política vertiginosas desencadearam uma venda no mercado de ações, preocupação das empresas e pânico em capitais estrangeiras temerosas de uma repetição da tomada de decisões caótica do primeiro mandato de Trump, quando ele ameaçou e iniciou batalhas comerciais com os maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, para depois recuar.

“Houve três mudanças em 24 horas nos afetando como fornecedor automotivo da América do Norte, e isso é um pouco desconcertante”, disse Jeff Aznavorian, presidente da Clips & Clamps Industries, um grupo de engenharia sediado em Plymouth, Michigan.

As crescentes preocupações com as tarifas de Trump desestabilizaram profundamente os mercados, com o S&P 500 de Wall Street caindo quase 2% apenas na quinta, colocando-o no caminho para sua pior semana desde setembro.

Mas desta vez, as tarifas que Trump está impondo são mais íngremes, estão chegando mais rapidamente e mais cedo em sua presidência, e o elenco de principais funcionários de comércio mudou —e é ainda mais leal ao seu pensamento.

Enquanto Peter Navarro, conselheiro de política de manufatura linha-dura, ainda está na Casa Branca, Scott Bessent substituiu Steven Mnuchin como secretário do Tesouro —um papel que normalmente é uma voz de moderação no comércio— e Robert Lighthizer, o influente ex-representante comercial dos EUA de Trump, se foi.

Howard Lutnick, o executivo de Wall Street e doador de Trump que se tornou secretário de Comércio, tornou-se o rosto público das políticas do presidente em aparições diárias na televisão.

“O comércio de longo prazo de Donald Trump é apostar nele e ele é um vencedor”, disse Lutnick na quinta na CNBC, mostrando nenhuma perda de fé nas políticas trumpistas, mesmo com a nova queda dos mercados de ações.

Lutnick tem trabalhado de perto com Navarro e Jamieson Greer, ex-advogado de comércio que agora é o representante comercial dos EUA de Trump.

Pessoas familiarizadas com o pensamento de Lutnick o descreveram como entusiasmado em usar tarifas para forçar outras nações a mudarem suas políticas para se adequarem a Washington.

Embora a administração Trump inicialmente tenha atacado o México e o Canadá sobre tráfico de drogas e segurança de fronteira, em uma ligação com repórteres na quinta, funcionários da Casa Branca enquadraram as ameaças tarifárias ao Canadá e ao México como sendo “totalmente sobre fentanil”.

Lutnick reconheceu que ambos os países estavam “fazendo um trabalho melhor” em fechar suas fronteiras e que as travessias de imigrantes ilegais estavam em “minímas recordes”.

Para investidores, executivos, funcionários estrangeiros e especialistas em comércio dos EUA em todo o país, no entanto, o caos é perturbador.

“[As tarifas] estão fora, estão dentro, são 25%, são 10%… isso não é uma visão política clara guiando as coisas”, diz Bill Reinsch, ex-funcionário comercial dos EUA no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

O atual alívio pode ser de curta duração. As isenções anunciadas na quinta durarão apenas até o próximo mês. As tarifas dos EUA sobre aço e alumínio devem entrar em vigor na próxima semana e o plano de Trump para tarifas “recíprocas” em uma série de produtos importados de muitos países começará a entrar em vigor em 2 de abril. O presidente também ameaçou impor tarifas de 25% sobre importações da UE.

Edward Alden, membro sênior do Conselho de Relações Exteriores, observa que a reação negativa do mercado pode ser a “única” restrição à política comercial dos EUA.

“Se virmos uma queda prolongada do mercado e o presidente ouvir de todos os seus amigos ricos como ele está bagunçando suas carteiras e destruindo seus negócios, então talvez nesse ponto ele pense novamente.”

As empresas reagiram com consternação à formulação de políticas erráticas. “Há muita incerteza nos negócios que não podemos controlar, mas quando as pessoas estão fazendo coisas que intencionalmente levam ao caos, fica realmente difícil administrar uma empresa”, afirma Traci Tapani, co-presidente da Wyoming Machine, empresa de fabricação de metais em Minnesota.

Ela diz que sua empresa queria investir em equipamentos de automação, mas “não estamos avançando com isso por causa de todo esse vai e vem”.

Grupos empresariais também expressam frustração. “Os varejistas estão procurando estabilidade na cadeia de suprimentos, e a natureza intermitente dos anúncios tornou muito difícil planejar e se preparar”, aponta Jonathan Gold, vice-presidente de política de cadeia de suprimentos e alfândega da Federação Nacional de Varejo.

Apesar do desconforto, até agora não há tensões emergindo dentro da equipe de comércio de Trump, ao contrário dos conflitos entre funcionários populistas e assessores conservadores amigáveis ao mercado durante seu primeiro mandato.

Em vez disso, há consenso em torno do nacionalismo protecionista de Trump e sua estratégia de aumentar as ameaças comerciais contra os parceiros comerciais dos EUA.

“Ele trouxe pessoas que são ou mais parecidas com ele ou mais intimidadas. É difícil dizer qual”, diz Reinsch.

Embora Bessent tenha admitido que as tarifas poderiam levar a um “ajuste de preço único” durante um discurso no Clube Econômico de Nova York na quinta, ele também disse que os parceiros comerciais dos EUA teriam que fazer concessões para evitá-las.

“Se você quiser ser um idiota como Justin Trudeau… as tarifas vão subir”, disse ele sobre o primeiro-ministro canadense. “Mas estou feliz em ter uma discussão com nossos homólogos estrangeiros.”

Mas Cody Lusk, diretor executivo da Associação Americana de Concessionários de Automóveis Internacionais, que faz lobby para concessionárias dos EUA que vendem marcas internacionais, chamou a incerteza tarifária de “calamidade” para seu setor.

“Somos um negócio de fluxo de caixa, e qualquer coisa que interrompa isso vai interromper sua capacidade de pagar seus funcionários, crescer seus negócios, pagar seus impostos”, diz ele.

Os fabricantes de automóveis dos EUA, que fizeram lobby intensamente pelo alívio, demonstraram alívio com o anúncio de quinta —embora alguns funcionários tenham apontado que um mês não seria suficiente para reorganizar ainda mais as cadeias de suprimentos para aumentar a presença de fabricação do país.

Mas o atraso os beneficia mais do que seus concorrentes europeus, japoneses e sul-coreanos. Os fabricantes de automóveis estrangeiros têm uma porcentagem maior de componentes de automóveis de seus países de origem, o que significa que mais de seus modelos não são elegíveis para a isenção.

“É muito volátil. Devemos esperar para julgar até que seja factual, já que há uma grande negociação em andamento”, afirma um executivo de uma montadora japonesa.

Colaboraram Claire Bushey em Chicago, Kana Inagaki em Londres e Patricia Nilsson em Frankfurt



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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