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EUA: varejistas veem retorno de carregadores de elétricos – 21/11/2024 – Mercado

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Jane Margolies

Sarajane Leary sabe o que fazer quando seu carro elétrico está com pouca carga: ela vai fazer compras.

Em uma tarde recente, Leary conectou seu Toyota bZ4X a um carregador rápido de veículos elétricos no estacionamento de um supermercado Hannaford em Altamont, Nova York, e depois entrou na loja para comprar produtos de papel e batatas fritas.

“Vou conseguir uma carga de 50% enquanto estou aqui”, disse ela.

O tempo —e o dinheiro— que Leary gasta em uma loja enquanto carrega seu carro é exatamente o tipo de coisa em que varejistas, centros comerciais e shoppings apostaram quando começaram a instalar carregadores de veículos elétricos décadas atrás. Durante anos, a experiência deles foi mista e os benefícios reais eram incertos.

Agora, novos estudos dizem que os esforços de carregamento dos varejistas podem estar valendo a pena: um estudo revisado por pares por pesquisadores da Universidade de Boston e da Universidade de Wisconsin-Madison, publicado este ano, analisou o impacto de quase 1.600 estações Tesla Supercharger em mais de 800 condados dos Estados Unidos.

A pesquisa encontrou um aumento de 4% nas visitas mensais para varejistas dentro de 200 metros dos carregadores após a instalação. Os efeitos foram mais pronunciados para varejistas dentro de 150 metros. Os pesquisadores também encontraram um aumento de 5% nos gastos.

Outro estudo recente, publicado na Nature Communications, analisou dados da Califórnia, onde a posse de veículos elétricos e a infraestrutura de carregamento são mais disseminadas do que em outros estados. Os pesquisadores descobriram que a instalação de carregadores trouxe aumentos mais modestos no tráfego de pedestres e nos gastos, mas que as estações públicas de veículos elétricos “tendem a atrair visitantes de maior renda, exploradores e residentes locais”, e em áreas de baixa renda elas “melhoram os negócios”.

Algumas empresas —notavelmente o Walmart, maior varejista dos EUA— estão vendo o carregamento como um negócio potencialmente lucrativo por si só, não apenas como um estímulo para o tráfego de pedestres e vendas. Elas começaram a construir estações de carregamento sob suas próprias marcas, em vez de depender de fornecedores que alugam parte de seus estacionamentos para instalar e manter as estações.

“As empresas estão começando a ver o carregamento como algo que pode potencialmente ajudar o resultado final. Vai se tornar mais onipresente em vez de um gesto simbólico”, disse Graham Evans, diretor da empresa de pesquisa de mercado automotivo S&P Global Mobility.

No total, mais de 200 mil carregadores públicos estão espalhados por cerca de 74 mil estações, mas mais de 1 milhão de carregadores públicos serão necessários até 2030 para acompanhar as vendas de veículos elétricos, estimaram pesquisadores do Laboratório Nacional de Energia Renovável.

Mesmo com o plano de US$ 5 bilhões do governo Biden para preencher a lacuna de infraestrutura, uma rede nacional robusta ainda está a anos de distância. Sob esse plano, os estados são obrigados a apresentar propostas para operadores de carregamento e anfitriões de locais.

Quase 60% das concessões foram para postos de combustível e lojas de conveniência, paradas de descanso e praças de serviço, de acordo com a empresa de dados e análises EVAdoption. Ainda assim, apenas 1 em cada 14 grandes lojas oferece carregamento, enquanto 1 em cada 15 supermercados e 1 em cada 40 lojas de departamento o fazem, segundo análise da Consumer Reports.

Para muitos varejistas, as deficiências de carregamento apresentam uma oportunidade: caminhoneiros, motoristas de aplicativos de transporte e pessoas em viagens de longa distância dependem de carregadores públicos, assim como os 5% dos proprietários de veículos elétricos que não conseguem carregar em casa, muitos dos quais vivem em prédios de apartamentos e estacionam na rua. Os carregadores públicos mais utilizados estão em varejistas, de acordo com um estudo de 2024 sobre dados de uso da J.D. Power, empresa de análise de dados.

Alguns proprietários de centros comerciais e shoppings descobriram que instalar carregadores em suas propriedades ajudou a atrair novos inquilinos, disse Jim Hurless, diretor-gerente que supervisiona o negócio de veículos elétricos na empresa imobiliária CBRE.

Mas instalar os carregadores é complicado e caro. O processo envolve levantamento, engenharia, licenciamento, conexão com concessionárias locais, testes e inspeção —e pode levar até 18 meses do início ao fim. Carregadores mais lentos— considerados uma boa opção para cinemas e hotéis, onde um cliente estaciona por algumas horas ou durante a noite —podem custar até US$ 7.000 para instalar. Carregadores rápidos, que podem fornecer uma carga significativa em 20 minutos, podem custar até US$ 175 mil.

Muitos varejistas entregam o projeto a uma empresa de carregamento que lhes paga uma taxa mensal pelos espaços de estacionamento usados, enquanto retém qualquer receita dos clientes. E esses fornecedores têm instalado mais carregadores, e mais rápidos, prometendo uma experiência mais confiável e, em alguns casos, mais luxuosa para o cliente do que no passado.

Hannaford, um supermercado do Nordeste com estações de carregamento em 24 de suas 189 lojas —incluindo a que Leary frequenta— entrou no negócio de carregamento porque era “como queremos nos apresentar”, disse George Parmenter, líder de saúde e sustentabilidade da Hannaford. “É um outdoor que diz: ‘Isso é algo importante para nós.'”

Parmenter disse que não sabia até que ponto o carregamento levava a vendas na loja, mas observou que uma estação de carregamento Tesla em uma loja Hannaford em Portland, Maine, tinha uma média de cerca de 2.000 sessões de carregamento por mês.

“Não sei o que mais você poderia fazer para atrair tantas pessoas”, acrescentou.

Brent Gruber, diretor executivo da prática de veículos elétricos na J.D. Power, disse: “Quinze anos atrás, pode não ter feito muito sentido adicionar carregamento. Agora faz sentido.”



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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