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Falta de médicos pode causar colapso na saúde e dezenas de mortes no Acre
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O Hospital Geral de Feijó (HGF) e a Maternidade de Feijó podem entrar em colapso, resultando em mortes de pacientes. O motivo é a falta de médicos para atender as duas unidades em pleno estado de emergência decretado pela prefeitura de Feijó em virtude de uma epidemia de dengue.
A possibilidade de mais óbitos por falta de profissionais também ameaça o funcionamento do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e Maternidade Bárbara Heliodora (MBH), Hospital da Criança e a Maternidade de Cruzeiro do Sul.
Em Feijó, as unidades de saúde podem ter que dividir a atenção de apenas um médico de plantão que será obrigado a correr do Pronto Socorro (PS) ou do setor de internação do HFG para a maternidade, sendo forçado a escolher quais pessoas que precisam de atendimento, podendo agravar o estado de saúde de outros cidadãos.
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“A situação é gravíssima e pode resultar em interdição ética, porque um médico sozinho não pode ser responsável por um parto. No PS, o médico também precisa do apoio de um anestesista. Se ele passar mal, não há quem assuma a cirurgia ou o parto por falta de um médico assistente. É um verdadeiro caos porque os gestores da Secretaria de Saúde viraram as costas para as necessidades de planejamento, manutenção de contratos e a realização de novas contratações”, protestou o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Ribamar Costa.
Em Rio Branco, as demissões ameaçam o atendimento das grávidas que precisarão esperar que um único médico de plantão possa atender a todos os casos. Se uma criança nascer de forma prematura ou necessitar de apoio de pediatras, apenas um médico deverá escolher qual bebê deverá receber atendimento. A situação poderá ficar ainda mais grave, porque existem 14 leitos na UTI neonatal e quase sempre estão lotadas.
O Huerb, local em que também existem constantes denúncias por falta de médicos, poderá contar com poucos profissionais, chegando a existir apenas dois anestesistas nos finais de semana, quando a procura por atendimento é redobrada, podendo resultar em mortes. Atualmente, existe uma superlotação da área crítica, em que pacientes estão sendo obrigados a esperar cerca de dez horas por atendimento. Essa espera deveria ocorrer em macas, mas a falta delas obrigam os servidores a colocar as pessoas em cadeiras de plástico e os acompanhantes forçados a ficar segurando o soro por falta de suporte. Das 30 vagas no setor, na quinta-feira (1º), existiam 47 pacientes, além dos acompanhantes, tornando o ambiente propício para a circulação de bactérias e vírus.
“A situação é desesperadora, porque seriam necessários quatro anestesistas no Huerb, além de obstetras e pediatras na MBH, mas a Sesacre vem tratando o caso com ironia ao chamar de ‘Fake News’ os problemas denunciados pelo Sindmed e pela população. Esses gestores deveriam ser processados”, protestou o sindicalista.
No Huerb, os carrinhos de anestesias são da década de 1980, não possuem regulação para o exato peso e idade dos pacientes, prejudicando a operação em crianças e adultos obesos. Ainda há o relato da falta de anestésicos e agulhas para a realização das cirurgias.
Cruzeiro do Sul afetado
A falta de médicos na Maternidade de Cruzeiro do Sul obriga a MBH a fornecer profissionais, mas a falta de especialistas em Rio Branco poderá causar um buraco na escala ainda maior na unidade que fica na segunda maior cidade do Acre.
“Todos os casos estão sendo registrados. Estamos realizando visitas, registrando todos os problemas e encaminhando os casos para o Ministério Público Estadual e para o Conselho Regional de Medicina”, finalizou Ribamar Costa.
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Governo do Acre investe R$ 3 milhões no fortalecimento da saúde pública
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9 de dezembro de 2024 Miguel França
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), realizou nesta segunda-feira, 11, uma cerimônia de entrega de novos equipamentos e veículos para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O evento aconteceu na sede da unidade, em Rio Branco.
Entre os itens que foram entregues estão: fardamentos, desfibriladores externos automáticos (DEA), torres de videocirurgia para laparoscopia e quatro ambulâncias de suporte básico de vida, destinadas aos municípios de Manoel Urbano, Plácido de Castro (Distrito de Vila Campinas), Senador Guiomard e Cruzeiro do Sul.
Durante a cerimônia, o governador Gladson Cameli destacou a importância do investimento, afirmando: “É com prazer e alegria que estamos dando um novo fardamento para esses heróis da preservação da vida. Também estamos anunciando a chegada de novos desfibriladores externos para atendimentos emergenciais e entregando torres de videocirurgia que serão utilizadas em procedimentos menos invasivos. Tudo isso é fruto de um investimento de quase R$ 3 milhões. Quanto vale uma vida? Não tem preço. No que depender de mim, cada real gasto para equipar as nossas equipes do Samu está sendo muito bem empregado.”
“O Samu encerra o ano com chave de ouro, com a entrega de quatro ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde. O governador Gladson tem se destacado como o gestor que mais entregou ambulâncias para o Samu. Além disso, já temos um projeto em andamento para a aquisição de ambulâncias brancas, que irão reforçar a frota dos hospitais e permitir transferências inter-hospitalares e o atendimento nos municípios. Outro destaque é o investimento em equipamentos essenciais, que reduz o tempo de resposta nos atendimentos e aumenta as chances de vida dos pacientes,” afirmou o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal.
“Todo esse conjunto de ações reflete nosso compromisso com a valorização dos servidores e a melhoria da assistência à saúde. O valor total deste investimento é de cerca de R$ 3 milhões, consolidando mais uma importante conquista para o sistema de saúde do Acre,” concluiu Pedro Pascoal.
O investimento total, de aproximadamente três milhões, foi viabilizado por emendas parlamentares do deputado federal Roberto Duarte e do senador Márcio Bittar, além da doação de ambulâncias pelo Ministério da Saúde (MS).
O governador também agradeceu aos profissionais do Samu, aos parlamentares Márcio Bittar e Roberto Duarte, e ao Ministério da Saúde pela parceria e recursos destinados à saúde pública: “Saúde é vida! E por isso continuaremos lutando por essa causa que significa a melhoria da qualidade de vida de todos os acreanos e acreanas.”
As novas torres de videocirurgia para laparoscopia, adquiridas com recursos do senador Márcio Bittar, totalizam mais de um milhão e prometem revolucionar o atendimento cirúrgico no estado, garantindo procedimentos menos invasivos e maior conforto para os pacientes no pós-operatório.
Além disso, os desfibriladores automáticos e os novos fardamentos, reforçam a capacitação técnica e a valorização dos profissionais que atuam na linha de frente do Samu.
Com a entrega das ambulâncias, o Samu fortalece sua capacidade de atender emergências pré-hospitalares, promovendo um atendimento mais ágil e eficaz. A iniciativa reflete o compromisso do governo Gladson Cameli com a saúde e o bem-estar da população acreana. Com esta ação, o governo do Acre reafirma seu compromisso com a humanização e qualificação dos serviços de saúde, beneficiando diretamente a população e os profissionais da área.
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Segurança Pública do Acre reduz índices de mortes violentas intencionais em quase 17%
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9 de dezembro de 2024 Mariana Moreira
Dados recentes da Diretoria de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) apontam que o estado teve uma redução geral de 16,92% nas Mortes Violentas Intencionais (MVIs). O Acre tem apresentado reduções significativas na área de segurança pública, no período de janeiro a 30 de novembro , se comparado ao mesmo período de 2023.
Em Rio Branco, os índices são ainda mais satisfatórios, com uma diminuição de 24,51% nos índices de criminalidade. O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Américo Gaia, destaca o compromisso que a segurança pública tem de cuidar e garantir a segurança das populações acreanas.
O secretário reitera os esforços das forças policiais para combater a criminalidade. “Essa redução reflete o esforço das forças policiais, e continuaremos trabalhando para reduzir mais os índices a serem reduzidos”.
Além disso, os índices de roubos e furtos também mostraram uma redução significativa no estado, com uma diminuição de 35,36% e 11,44%, respectivamente. Em Rio Branco, essa tendência se manteve com 36,57% de queda nos roubos e 13,76% nos furtos. Os roubos, em particular, ocorrem mais frequentemente no período noturno durante o mês de novembro, enquanto os furtos se concentram nas manhãs de segunda-feira e sábado. Em Rio Branco, o roubo de celulares caiu 32,75%, mantendo os furtos nos mesmos níveis de 2023.
Os registros de crimes contra a mulher também apresentaram números positivos, com uma redução de 1,38% no estado e 3,03% em Rio Branco em relação ao mesmo período do ano anterior. A análise dos dados revela que 60% das MVIs na capital ocorreram na 2ª Regional.
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Detentas da Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco cuidam de horta em projeto de ressocialização
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9 de dezembro de 2024 Isabelle Nascimento
Saúde mental, ocupação, ressocialização e aprendizado de um ofício são alguns dos benefícios que as detentas da Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco citam quando perguntadas por que gostam de trabalhar na horta. O local conta com uma horta pequena, onde 14 detentas se revezam para cuidar e manter as hortaliças e verduras plantadas no espaço.
As detentas alternam os dias de trabalho. Permanecem na horta das 8h às 11h, pausam para o almoço e voltam para o local às 14h, onde ficam até as 17h. Para cada três dias trabalhados, elas têm remido um dia na pena.
Faz mais de um ano que S. T. S. está trabalhando na horta, e conta sobre os benefícios de participar da atividade: “A gente sente um pouco da liberdade, que é tirada da gente quando a gente vem pra esse lugar. Isso aqui é uma oportunidade. Muitas vezes a gente toma remédio controlado. Muitas pessoas passam a não precisar mais desse remédio pra dormir, por conta do trabalho”.
Há sete anos que L. S. S. cumpre pena no local e agora está fazendo teste para trabalhar na horta. A detenta relata que está se esforçando para ficar, pois tem gostado muito do trabalho: “Eu estou achando ótimo, amando trabalhar com isso aqui, sair um pouco da cela, mexer com as plantas. Muito tempo trancada, a gente esquece um pouco como são as coisas. Agora estou aprendendo tudo de novo”.
As hortaliças plantadas no local são vendidas, e o lucro é utilizado para manter funcionando o projeto, que é tão importante para a qualidade de vida das detentas. A chefe da Divisão de Estabelecimento Penal Feminino de Rio Branco, Maria José Souza, explica que “quando elas saem para o trabalho, melhora a convivência, o psicológico, serve como terapia para elas”.
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