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Gene Hackman: Como era a vida do ator antes de morrer – 01/03/2025 – Celebridades

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6 meses atrásem
Samantha Granville
BBC News Brasil
Gene Hackman era uma pessoa normal em Santa Fé, nos Estados Unidos. E ele realmente amava isso.
Moradores da cidade localizada no estado do Novo México lembram que ficaram animados em receber uma celebridade tão importante na comunidade quando ele e a esposa Betsy Arakawa se mudaram para o local há mais de 20 anos, mas sempre o trataram como qualquer outra pessoa.
“Ele não era famoso aqui” foi a frase que a reportagem da BBC News mais ouviu ao perguntar aos moradores sobre o motivo pelo qual a estrela de cinema escolheu chamar a capital do Novo México de lar.
Eles descrevem um homem pé no chão e falante, que apoiava os negócios locais e apreciava a cena artística local.
Todos ali têm uma história a contar sobre Hackman, que foi encontrado morto ao lado de sua esposa e seu cachorro em casa na tranquila cidade do deserto no início desta semana.
‘VOCÊ NÃO PERCEBIA QUE ESTAVA FALANDO COM UMA CELEBRIDADE’
Hackman era amante das artes e pintor, então ele se encaixou muito bem: Santa Fé é conhecida por sua arquitetura icônica de adobe e abriga mais de 250 galerias.
Tudo em Santa Fé é colorido, desde as tapeçarias penduradas nas paredes das lojas até as roupas que as pessoas usam. Há murais em quase todos os becos e arte de rua feita em metal nas ruas.
Hackman imediatamente se envolveu com museus de arte locais, principalmente como membro do conselho de diretores do Museu Georgia O’Keeffe, enquanto Arakawa tinha uma loja de artigos de luxo para casas e colaborava com artistas em vários projetos.
As pinturas de Hackman são exibidas com destaque em restaurantes locais, e há alguns moradores sortudos que as têm penduradas em suas casas. Uma dessas pessoas é Stuart Ashman, o diretor executivo da galeria Artes de Cuba.
Ashman conheceu Hackman em uma reunião de artes da comunidade. Ele estava atrasado e havia um único assento disponível quando chegou, justamente ao lado da estrela de Hollywood. Eles apertaram as mãos e isso deu início a duas décadas de amizade.
“Ele era tão pé no chão que você não percebia que estava falando com uma celebridade. Ele estava mais interessado em você do que em falar sobre si mesmo”, diz Ashman.
Embora ambos apoiassem a comunidade artística, o verdadeiro vínculo entre a dupla surgiu por meio de exercícios de pilates. Quando perguntado sobre quem era melhor no exercício, Ashman soltou uma risada.
“Acho que nós dois éramos muito ruins”, lembra ele. “Nosso professor dizia que eu era preguiçoso e ele era velho e rígido.”
Ashman conta que Hackman frequentemente se metia em problemas por ser muito tagarela. “Gene, você vai malhar ou quer apenas bater papo com Stuart hoje?” era uma das perguntas que o professor de pilates mais fazia a ele, destaca o amigo.
Toda semana, Ashman, que criava galinhas, trazia uma dúzia de ovos para Hackman. Então, um dia, Hackman apareceu com uma enorme pintura como pagamento a Ashman, que não queria aceitá-la. Mas Hackman insistiu e disse que trocar uma pintura por ovos é “um negócio muito justo”.
Quando Hackman não estava no pilates ou em passeios de bicicleta pela bela paisagem de Santa Fé, ele adorava passar o tempo em casa, localizada nas colinas acima da cidade, relatam os amigos.
Empoleirada em um terreno de quase 5 hectares, a propriedade que pertencia a Hackman tem vistas panorâmicas das montanhas ao redor, que se estendem até o Colorado. O ator comprou a casa na década de 1980, antes de começar a fazer grandes reformas.
Ele queria que esta casa tivesse significado, então trabalhou com um arquiteto para misturar os estilos arquitetônicos Pueblo, Colonial e Barroco Espanhol para homenagear a rica história cultural de Santa Fé.
Betsy Arakawa também gostava da vida isolada em Santa Fé. Pessoas entrevistadas pela reportagem disseram que ela era uma pianista talentosa e uma mulher de negócios inteligente.
A única pessoa que gostava mais de malhar que Hackman era a própria esposa dele. Ambos estavam em forma e sempre frequentavam aulas de exercícios e treinos físicos, lembram amigos.
Embora Hackman tenha sido um membro ativo da comunidade durante a maior parte de seus anos pós-Hollywood, ele ficou muito mais isolado após os lockdowns da pandemia de Covid-19, de acordo com os moradores da região.
Aqueles que o conheciam especulam que a saúde e a idade de Hackman dificultaram passeios, pois ele precisava descer a colina para chegar à cidade. Mas todos ainda guardam uma história sobre Hackman.
James Roybal, nascido e criado em Santa Fé, uma vez se inscreveu para uma aula de pintura na década de 1980. Quando chegou, Hackman também estava lá.
Eles pintaram um ao lado do outro por um tempo, em meio a conversas. Roybal não conseguia acreditar que uma celebridade gostaria de estar lá, naquela aula. Ele tirou uma foto da ocasião, porque não achava que alguém acreditaria nele. Roybal ainda se gaba de ter registrado o momento.
A agente imobiliária e atriz Victoria Murphy viu Hackman pela cidade em diversas ocasiões. “Certo dia, eu atravessava na faixa e ele começou a fazer o mesmo, só que o sinal vermelho já estava ativado para os pedestres. Ele acenou, sorriu e levantou as duas mãos, como se estivesse se rendendo”, se recorda. “E eu apenas sorri e continuei.”
Em um restaurante local na cidade, os clientes contaram que o artista sempre estava no supermercado ou fazia compras na rua principal. David, o gerente-geral de uma loja no centro de Santa Fé, onde Hackman era um cliente de longa data, segurou as lágrimas ao lembrar do amigo.
“Como ele morava aqui, queria usar o dinheiro para ajudar a população local. Ele sempre comprava relógios Seiko da minha loja para dar de presente a amigos e familiares.”
“Ele investia em restaurantes e supermercados locais e aparecia em inaugurações de museus de arte. Obviamente ele não precisava do dinheiro, mas amava o local.”
“Perdemos um grande morador de Santa Fé.”
Este texto foi originalmente publicado aqui.
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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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