Quatro estudantes indígenas da etnia Huni Kuin vão embarcar para Brasília-DF para dar início à sua trajetória acadêmica na Universidade de Brasília (UnB). O deslocamento será viabilizado com o apoio do Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), que forneceu as passagens aéreas aos universitários.
A iniciativa foi reconhecida pela Federação do Povo Huni Kuin do Acre (FEPHAC), que enviou um ofício à SEE expressando agradecimento pelo suporte. No documento, a entidade destacou a importância do apoio para que os estudantes pudessem iniciar os estudos e reforçou que a ação incentiva outros jovens indígenas a seguirem na busca pelo ensino superior.
Comunidade fica localizada na cidade de Santa Rosa, no território indígena Alto Rio Purus. Foto: Diego Gurgel/Secom
O presidente da FEPHAC, Ninawa Inu Huni Kuin, ressalta que a chegada desses estudantes à universidade representa um passo importante para suas trajetórias e para o fortalecimento da educação indígena. “Os quatro jovens Huni Kuin vão receber conhecimentos e ferramentas de grande importância para as comunidades indígenas”, destaca.
O secretário de Estado Educação e Cultura, Aberson Carvalho, afirma que a SEE continuará buscando alternativas para garantir o acesso e a permanência dos estudantes indígenas no ensino superior. “Nosso objetivo é ampliar as oportunidades para todos os jovens do Acre, respeitando suas culturas e garantindo que possam alcançar seus sonhos acadêmicos”, declara.
Entre os jovens universitários que receberam o apoio, Elves Kaxinawa, que foi aprovado em 3º lugar em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, está com a viagem marcada para o segundo semestre, quando as aulas iniciam, conta que a ajuda veio em um bom momento, visto que, atualmente, os aprovados da sua comunidade buscam ajuda financeira para se manter em Brasília. “Ficamos felizes com a sensibilidade da Educação em nos apoiar e vamos nos empenhar ao máximo para trazer retorno ao nosso estado”, diz.
No início de 2025, 14 estudantes indígenas de diversas etnias do Acre foram aprovados no vestibular da UnB. A universidade oferece um processo seletivo específico para candidatos indígenas, visando ampliar o acesso ao ensino superior e garantir maior diversidade acadêmica.
A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.
Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”
O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”
A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.”
A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.
Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.
A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.
A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.
Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.
“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.
Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.
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