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Governo realiza reunião técnica na Aleac para discutir aplicabilidade de instrução normativa do Ibama

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Janine Brasil

O governo do Acre, por meio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), realizou, nesta segunda-feira, 7, uma reunião técnica na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) para tratar sobre a aplicabilidade da Instrução Normativa (IN) nº 28, do Ibama, de 11 de dezembro de 2024, e suas alterações, baseadas na IN nº 5, de 4 de abril de 2025, publicada nesta segunda no Diário Oficial da União (DOU).

Reunião ocorreu na Aleac com a presença do presidente da Casa, Nicolau Júnior, da deputada federal Socorro Neri, do presidente do Imac, entre outros representantes de órgãos e entidades ligadas à área ambiental. Foto: Janine Brasil/Imac.

A reunião contou com participação de diversos representantes de órgãos ambientais, entidades de pesquisa e empresários; o presidente do Imac, André Hassem; o presidente da Aleac e deputado estadual, Nicolau Junior; e a deputada federal Socorro Neri para falar sobre a aplicabilidade da IN nº 28, que teve efeito prorrogado por dois anos.

A pauta do debate foi a continuidade da extração do cumaru-ferro, espécie que foi incluída na Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).

O presidente do Imac ressaltou a importância revisão da IN no sentido de oportunizar o desenvolvimento sustentável do estado.

“Aqui no Acre uma das nossas maiores fontes de desenvolvimento sustentável é o manejo, principalmente do cumaru-ferro. Então, fomos até Brasília analisar junto ao Ibama a possibilidade de que fosse postergada a aplicação de algumas partes da IN nº 28 para mais dois anos, o que foi de pronto atendido. Agora o que precisamos é que seja realizado um estudo junto a todos os órgãos envolvidos, para que possamos fazer valer a IN de forma efetiva para o nosso estado e não apenas por dois anos”, falou.

Presidente do Imac, André Hassem, falou sobre a importância do prazo de dois anos para o setor madeireiro do Acre. Foto: Janine Brasil/Imac.

A IN nº 28 estabelece os procedimentos relativos às atividades de Manejo Florestal Sustentável de Espécies da Cites e as regras de transição para autorização de exportação de produtos e subprodutos madeireiros do gênero oriundos de florestas nativas do bioma amazônico.

Após uma reunião, realizada em Brasília, no mês passado, junto à superintendência do Ibama, com a presença do presidente do Imac, André Hassem, e da deputada federal Socorro Neri, foi articulado um prazo para que o Estado apresentasse estudos para a aplicabilidade da IN e, nesta segunda, 7, foi publicada a nova IN, que prorrogou para dois anos algumas das atividades específicas.

A deputada Socorro Neri defendeu a importância de ser feito um estudo com a participação da comunidade acadêmica, pesquisadores e órgãos ambientais estaduais e federais que identifique, de fato, se o cumaru-ferro está com ameaça de extinção no estado.

“Sabemos que o cumaru sendo extraído de um projeto de manejo florestal sustentável, o que é feito pelas empresas madeireiras do Acre que estão na legalidade, não há risco, pois há todo um cuidado nesse manejo. Então, essa revisão, esse prazo que nos foi dado para a realização de estudos, é importante para que possamos reafirmar que o cumaru não é uma espécie em extinção, mas sim uma das nossas maiores riquezas”, afirmou.

Dentre as ressalvas da IN nº 5 foi dado um prazo para que estudos e outras informações necessárias para a aplicabilidade da IN nº 28 até 26 novembro de 2026. Com isso, os estados da Amazônia devem comprovar que o cumaru e demais espécies citadas do anexo II da Cites, que trata sobre o manejo dessas espécies a serem comercializadas para os mercados interno e externo, não estão em extinção.

Representantes de vários setores ligados à área ambiental estavam presentes. Foto: Janine Brasil/Imac.

O superintendente substituto do Ibama, Luciano Souza, explicou que, após a reunião em Brasília, ficou identificado que o setor madeireiro foi pego de surpresa e as empresas sentiram a necessidade de um prazo maior para cumprir a normativa.

“Uma comissão do Acre foi até Brasília e foi recebida pelo nosso presidente, diretoria de Floresta e pela assessoria da Presidência e foram prontamente atendidos dando esse prazo para o cumprimento da IN. O Acre tem dois anos para fazer os levantamentos florísticos, para se adaptar aos estudos e tudo para poder, inclusive, provar que há cumaru-ferro aqui no estado, ele não está em instituição, e também fazer os levantamentos florísticos das outras espécies que são exigidas como o ipê, cedro, além do cumaru”, explicou.

Thyago Barlatti, presidente do Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias (Sindusmad), agradeceu o intermédio da deputada Socorro Neri e do Imac junto ao Ibama.

“O Estado agora vai fazer o estudo, e isso é fundamental para o nosso setor. Sozinhos, não conseguiríamos. A ideia agora é permanecer com essas alterações e não apenas só por dois anos. Esse estudo vai servir para mostrar que o cumaru, ele é endêmico, tem muito aqui no estado, mas não está em extinção, então, se tem muito, ele não pode deixar de ser usado para fins de manejo. O cumaru é uma das atividades de manejo principal da economia acreana. Se parar com o cumaru, acabou o setor produtivo”, ressaltou.

Entre os órgãos estavam representantes da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac); a gestora adjunta da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Renata Souza; da Universidade Federal do Acre (Ufac); Evandro José Linhares Ferreira, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa); Thiago Augusto da Cunha, professor do Curso de Engenharia Florestal da Ufac; da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Luciano Souza; superintendente substituto do Ibama, Thyago Costa Barlatti; presidente do Sindusmad e Associação das Indústrias de Madeira de Manejo do Acre (Assimanejo).

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Prograd oferece curso básico de Libras para professores da Ufac — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e a Escola de Formação da Docência, da Ufac, realizam o curso básico de língua brasileira de sinais (Libras) para professores, visando capacitá-los e promover a inclusão da comunidade surda no ambiente acadêmico. O curso, com carga horária de 45 horas, será 50% presencial e 50% online, com turmas no campus-sede e no campus Floresta, as quais oferecem 25 vagas cada.

No campus-sede haverá duas turmas, sendo a Turma 1 no período de 4 de agosto a 5 de setembro, no horário das 16h às 18h, às segundas, quartas e sextas-feiras, com a professora Claudia de Souza Martins Lima; e a Turma 2 no período de 4 a 19 de agosto, no horário das 18h às 20h, de segunda a sexta-feira, com a professora Karlene Ferreira de Souza. As inscrições estão abertas por meio de formulário online. As aulas ocorrerão na sala de reuniões da Prograd.

No campus Floresta haverá uma turma no período de 27 de julho a 29 de agosto, no horário das 18h às 20h, às segundas, quartas e sextas-feiras, com a professora Maria Aldenora dos Santos Lima. As inscrições estão abertas por meio de formulário online. As aulas ocorrerão na sala ambiente do bloco administrativo.

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17ª Semana Florestal da Ufac ocorre em setembro no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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O programa de pós-graduação em Ciência Florestal (Ciflor) e o Programa de Educação Tutorial (PET) Floresta, da Ufac, realizam, de 1 a 5 de setembro, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a 17ª Semana Florestal, com o tema “Manejo Florestal Comunitário na Amazônia”. A programação conta com palestras, mesas-redondas, minicursos, apresentações científicas, atividades culturais e visitas técnicas. As inscrições para participação, submissão de trabalhos e minicursos estão abertas no site do evento.

A semana celebra o Dia da Amazônia, em 5 de setembro, e promove diálogos sobre os desafios e oportunidades do manejo florestal sustentável na região, reunindo estudantes, pesquisadores, comunidades tradicionais, representantes de órgãos públicos, organizações da sociedade civil e empresas do setor florestal, buscando integrar ciência, inovação e saberes locais para a promoção da bioeconomia e da sustentabilidade amazônica.

Nesta edição, os participantes poderão submeter resumos expandidos, que serão publicados em um livro digital do evento. Os dez melhores trabalhos selecionados pelo comitê científico serão convidados para publicação como artigos completos em edição especial da revista “Scientia Naturalis”, ampliando a difusão dos resultados científicos produzidos.

O evento conta com apoio da Funtac, Sema, Seagri, Seplan, além de empresas e organizações locais, como a Catraia Soluções Ambientais e a Asus Engenharia.

 



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