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Grupos de defesa dos direitos humanos exigem o fim das detenções de requerentes de asilo em Guantánamo | Notícias sobre migração
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Os EUA não podem continuar a esconder os seus “maus tratos aos requerentes de asilo, exilando-os”, afirma a carta assinada por 125 organizações.
Dezenas de grupos de direitos humanos instaram o governo dos Estados Unidos a parar de manter requerentes de asilo num centro de detenção na sua base militar da Baía de Guantánamo, em Cuba, alegando que as suas condições são ilegais e desumanas.
A coligação de 125 organizações de defesa dos direitos humanos, liderada pelo Projecto Internacional de Assistência aos Refugiados (IRAP) e Aliança da Ponte Haitianafizeram seu apelo na quarta-feira em uma carta aberta ao presidente dos EUA, Joe Biden.
“Exigimos que a sua administração feche o Centro de Operações de Migrantes de Guantánamo (MOC) e processe os requerentes de asilo encontrados no mar de uma forma consistente com as obrigações dos EUA em matéria de direitos humanos”, afirmava a carta.
“O governo dos EUA não pode continuar a esconder o desvio e os maus tratos aos requerentes de asilo, exilando-os para Guantánamo, fora do alcance das suas famílias, dos seus defensores, da consciência pública – e da lei”, acrescentou.
Os grupos também pediram ao governo dos EUA que pare de interceptar migrantes do Haiti com destino ao mar e de enviá-los de volta a condições “semelhantes à guerra” em seu país, um destino compartilhado por centenas de crianças desacompanhadas entre 2021 e 2023, de acordo com uma investigação da ProPublica. .
“Todos os regressos forçados de pessoas ao Haiti, por via aérea ou marítima, devem acabar agora”, disse Guerline Jozef, diretor executivo da Haitian Bridge Alliance, que assinou a carta aberta.
O tratamento dado pelos EUA aos migrantes que viajam por mar, incluindo a sua interdição e mantendo-os em Guantánamoatraiu novo escrutínio na sequência de um relatório publicado em setembro pelo Projeto Internacional de Assistência aos Refugiados (IRAP).
O relatório alega que os requerentes de asilo estão sujeitos a “condições prisionais” inadequadas em Guantánamo, onde há “pouca ou nenhuma transparência ou responsabilização”.
De acordo com antigos funcionários do MOC citados pelo relatório do IRAP, aos migrantes detidos são negadas chamadas privadas e “punidos” se se queixarem de maus-tratos. As crianças traumatizadas são privadas de educação ou de tratamento psiquiátrico profissional, dizem.
O Departamento de Estado dos EUA negou as conclusões do relatório, contando ao Miami Herald que a instalação de Guantánamo é “humanitária” e que as pessoas que nela se encontram não são detidas porque “podem ir a locais como a mercearia da base”.
‘Não deveria ser uma sentença de morte’
A imigração e a segurança das fronteiras tornaram-se questões controversas que levaram às eleições de 5 de Novembro, com os candidatos presidenciais Donald Trump e Kamala Harris a pressionarem por mais controlos nas fronteiras e deportações.
Embora a imigração tenha aumentado para níveis recorde durante o mandato do Presidente dos EUA, Joe Biden – uma questão abordada por Trump – a administração Biden introduziu novas restrições de asilo durante o verão, fazendo com que as travessias irregulares do México caíssem para os níveis mais baixos em anos.
Aumento de mortes na fronteira
Os migrantes que tentam atravessar a pé para os EUA enfrentam uma viagem mais mortal do que nunca, de acordo com a Associated Press.
No ano passado, morreram 10 vezes mais migrantes a caminho do Novo México do que nos três anos anteriores, informou a AP, citando dados do Gabinete do Investigador Médico do Novo México. Os contrabandistas conduzem frequentemente os migrantes para terrenos acidentados em temperaturas extremas, contribuindo para o aumento do número de mortes.
“Vir para os Estados Unidos não deveria ser uma sentença de morte”, disse o major Jon Day do xerife, do condado de Dona Ana, no Novo México, em uma recente reunião comunitária. “E quando os empurramos para as áreas desérticas daqui, eles aparecem e morrem.”
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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.
Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”
O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”
A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.”
A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.
Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.
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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.
Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.
“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.
Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.
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