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Igreja Católica fortalece pastoral para pessoas queer – DW – 08/12/2024

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7 meses atrásem
No dia 1º de dezembro, a Arquidiocese Católica Bávara de Munique-Freising reorganizou a forma como ministra às pessoas queer, criando uma “rede diocesana de cuidado pastoral queer” em todo o país, atendida por profissionais de saúde especialmente treinados.
Durante a apresentação do novo serviço, Ruth Huber, que dirige o centro administrativo da arquidiocese responsável pelo cuidado pastoral e pela vida da igreja, disse que este foi “outro grande passo” em direção à inclusão dos crentes queer. Ela disse que a arquidiocese acolhe pessoas queer no Igreja católica e está tentando criar um “espaço mais seguro” para eles dentro da igreja.
Até ao final de Novembro, a Igreja de São Paulo em Munique apresentou uma exposição de retratos em grande formato de 14 pessoas queer – indivíduos que estiveram envolvidos na iniciativa #OutInChurch, que apelava a uma mudança de atitude em relação aos funcionários queer da igreja.
Os católicos queer da Alemanha lutam com a Igreja
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Mais cultos na igreja
Munique-Freising não é a primeira diocese alemã a oferecer este tipo de cuidado pastoral. Vários outros, como os de Freiburg, Trier e Berlim, já dispõem de tais serviços. No entanto, Munique-Freising é considerada uma das arquidioceses mais importantes da Alemanha, assim como Papa Bento XVI (Joseph Ratzinger) foi seu arcebispo de 1977 a 1982.
Desde fevereiro, Ludger Schepers é o representante da Comissão Pastoral da Conferência Episcopal Alemã junto à comunidade queer. Schepers, bispo auxiliar de Essen, disse à DW que já trabalhava há seis anos nesta área de pastoral para pessoas queer, embora “sem mandato oficial”.
Schepers disse que a nova rede em Munique é um passo positivo. No entanto, acrescentou que “nem todas as dioceses serão capazes de enfrentar a questão na mesma escala que uma grande arquidiocese, como em Munique ou Freiburg”.
Schepers acredita que as dioceses deveriam construir redes e tem algumas sugestões para melhorias diárias. “Em princípio, é desejável que o pessoal da igreja local fique sensibilizado sobre a sua escolha de palavras e garanta que as preocupações das pessoas sejam levadas a sério. Não deve haver discriminação”, disse ele.
Combater a discriminação
Há menos de dois anos, a Igreja Católica da Alemanha liberalizou a sua legislação laboral para os cerca de 790 mil funcionários da igreja e a Caritas, uma confederação católica de organizações de serviço, após anos de queixas sobre discriminação.
A liberalização significou que a Igreja Católica anunciou a sua intenção de parar de investigar a vida privada dos seus funcionários e de parar de despedir pessoas por estabelecerem parcerias entre pessoas do mesmo sexo.
Na Arquidiocese de Munique-Freising, o novo serviço pastoral visa oferecer assistência pastoral às pessoas queer, bem como aos seus familiares. Dezessete cuidadores pastorais foram qualificados para o serviço.
Uma delas é Franziska Ilmberger, que trabalha na capelania da Universidade de Munique. Em entrevista ao jornal local, Jornal noturnoela disse que ser cristã, para ela, significa se levantar “quando as pessoas são injustiçadas”.
Ilmberger argumentou que as pessoas queer vivenciam muitas injustiças em suas vidas e são julgadas por quem amam. Ela disse que a mensagem de Jesus se opõe a tal discriminação.
Kevin Hellwig, um funcionário da igreja de 29 anos, está noivo de sua parceira do mesmo sexo. Ele saudou a criação da nova rede, qualificando-a de “muito boa”.
“Estamos alcançando pessoas que foram afastadas da Igreja durante décadas e séculos”, disse Hellwig à DW.
Ele disse, porém, que a Igreja Católica não pode esperar “que gays e lésbicas venham bater às portas da igreja”. Em vez disso, ele acredita que a Igreja deveria ir até onde as pessoas LGBTQ+ vivem e trabalham e conversar com elas.
Hellwig sente que também é importante que a igreja tome uma posição contra aqueles dentro da Igreja que têm opiniões extremistas de direitae demonstram ódio à vida LGBTQ+.
Reforma para continuar
O Bispo Auxiliar Schepers disse que os membros da Igreja “no nível popular” geralmente parecem estar mais avançados do que o establishment da Igreja no que diz respeito à vida queer.
Ele enfatizou que cada pessoa é uma criatura de Deus. “E o jeito que ele ou ela está agora é simplesmente o jeito que é (…) não existe ‘mais’ ou ‘menos’ dignidade.” Mas Schepers admitiu que a nova abertura a nível popular não é suficiente.
Schepers disse que os textos da Igreja “devem ser revistos à luz das percepções de hoje, em termos de teologia moral e ética”. Ele sente que a Comissão Sinodal – que promove o diálogo dentro da Igreja e se reúne todo mês de dezembro – deveria concentrar-se neste tema num futuro próximo.
Kevin Hellwig, no entanto, deseja ainda mais mudanças. Por exemplo, no que diz respeito à moralidade sexual católica, “o ato homossexual continua a ser um pecado. Nada mudou”, argumentou. Apesar da expansão dos serviços pastorais, Hellwig considera as regras inalteradas da Igreja “desanimadoras”.
Para ele, a nova rede apenas traz esperança de mais mudanças. “A Igreja precisa avançar muito mais”, disse ele. Talvez a nova rede de prestadores de cuidados pastorais transmita de facto esta pressão – até ao topo.
Este artigo foi escrito originalmente em alemão.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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