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Improvável ‘Thor’ político emerge da crise da lei marcial na Coreia do Sul | Notícias de política

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Seul – O presidente da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, Woo Won-shik, emergiu como um símbolo improvável de liderança durante a turbulência política em curso no país, desencadeada pelo mandato do presidente Yoon Suk-yeol declaração de lei marcial em 3 de dezembro.
Apesar de ocupar o segundo cargo mais alto da Coreia do Sul depois da presidência, o presidente da assembleia tem historicamente desempenhado um papel discreto, operando nos bastidores da vida política.
Ao contrário do presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que conduz a agenda legislativa de Washington como líder do partido maioritário, o presidente do parlamento da Coreia do Sul é obrigado por lei a renunciar à filiação partidária após a eleição para manter a neutralidade. A maioria dos oradores também se aposenta após o mandato.
Mas as ações decisivas, porém comedidas, de Woo durante a recente crise parecem ter subvertido a visão tradicional do orador e do seu papel.
“Ver alguém como ele se apresentar e agir de forma decisiva em um momento tão crítico foi revigorante”, disse Yoo Junghoon, advogado e colunista político, à Al Jazeera.
“Isso permitiu que os eleitores – jovens e velhos – percebessem que ainda existem políticos tão capazes”, disse Yoo.
A juventude sul-coreana até deu a Woo o apelido de “Assembleia Nacional Thor” – um aceno ao seu martelo e ao uso de seu poderoso martelo pelo super-herói da Marvel.
Uma pesquisa recente da Gallup Coreia mostrou que 56% dos entrevistados expressaram confiança em Woo, um número incomum em um país onde a confiança na Assembleia Nacional caiu para apenas 20,6%, de acordo com um estudo. Pesquisa da OCDE 2024.
Estudante manifestante contra ‘Thor’ do procedimento constitucional
Como jovem activista estudantil, Woo foi preso durante três anos depois de protestar contra a ditadura militar que expandiu a lei marcial em 1980, após o assassinato do presidente Park Chung-hee em 1979.
A repressão culminou na mortal Revolta de Gwangju, em Maio de 1980.
Depois que o presidente Yoon declarou a lei marcial na noite de 3 de dezembro, Woo, de 67 anos, escalou a cerca da Assembleia Nacional depois que a polícia barricou a entrada para tentar impedir que os legisladores entrassem e realizassem uma votação para derrubar a ordem do presidente.
“Eu sabia que tínhamos autoridade constitucional para suspender a lei marcial”, lembrou Woo mais tarde em entrevista coletiva.
“Eu não hesitei. Eu tinha que entrar na assembleia, não importa o que acontecesse”, disse ele.
Mesmo enquanto os soldados das forças especiais sul-coreanas avançavam para o edifício da assembleia, Woo insistiu em seguir os procedimentos legislativos correctos, apesar da crescente pressão de políticos ansiosos que o instavam a acelerar o processo, possivelmente cortando alguns atalhos.
“Em momentos como este, seguir o procedimento correto e sem erros é ainda mais vital”, disse Woo aos seus preocupados colegas na assembleia circundante.
A certa altura, as tropas chegaram perigosamente perto de entrar na câmara principal onde os legisladores estavam a votar, provocando um impasse tenso com o pessoal da assembleia.
A votação crucial prosseguiu, com todos os 190 legisladores presentes – da Assembleia de 300 assentos – votando a favor da revogação da lei marcial.

“Houve muitas reações nas redes sociais questionando por que (Woo) estava tão determinado a seguir os procedimentos legislativos”, disse Yoo, o colunista político.
“Mas agora, mesmo aqueles que se opõem ao impeachment (contra o presidente Yoon) não conseguem encontrar falhas no processo que ele defendeu”, disse Yoo.
Bong Young-shik, pesquisador do Instituto de Estudos Norte-Coreanos da Universidade Yonsei, atribuiu a resolução pacífica da situação caótica, sem vítimas civis, à ênfase de Woo em aderir diligentemente aos procedimentos constitucionais.
“Numa situação tão inesperada e grave, tanto os conservadores como os progressistas consideraram Woo confiável”, disse Bong.
“Vimos que essa abordagem funcionou exatamente como pretendido”, disse ele.
‘A Coreia do Sul é forte. Seu povo é resiliente’
Woo também aderiu a procedimentos constitucionais rígidos durante o primeiro votação fracassada de impeachment contra o presidente Yoonem 7 de dezembro, por declarar a lei marcial e mergulhar o país na crise.
Com o partido governista de Yoon boicotando a votação para bloquear a tentativa de impeachment, Woo manteve a sessão legislativa aberta durante horas, uma medida incomum, instando os políticos a retornarem e cumprirem seu dever constitucional de votar.
Dois legisladores do partido do governo regressaram à Câmara para votar.
Woo só encerrou a sessão por volta das 21h20, explicando que não poderia mais permitir que os manifestantes, que se reuniram do lado de fora da assembleia em um clima gelado para exigir o impeachment de Yoon, esperassem indefinidamente por um resultado.
Depois do bem sucedido, segundo impeachment Na votação realizada uma semana depois, Woo apelou ao regresso à normalidade em todos os aspectos da vida na Coreia do Sul e ao público para avançarmos juntos.
“Espero que o seu final de ano seja um pouco mais feliz”, disse Woo na altura, encorajando os sul-coreanos a retomarem as celebrações e reuniões do feriado de Natal, conscientes do impacto que a turbulência teve sobre as pequenas empresas em dificuldades numa altura chave do ano.
“Suas palavras transmitiram significado instantaneamente”, disse Yoo, o colunista político.
Woo reconheceu seu crescente perfil público e popularidade recente, mas com rara humildade.
“Ouvi jovens me chamarem de ‘Assembleia Nacional Thor’. Acho isso divertido”, disse ele durante uma recente entrevista coletiva.
Ele atribuiu a nova atenção pública sobre o papel do orador na política não a si mesmo pessoalmente, mas aos esforços colectivos dos legisladores e funcionários da assembleia, bem como de cidadãos empenhados.
Questionado sobre as suas próprias ambições futuras, incluindo uma potencial candidatura presidencial, Woo rejeitou a ideia.
Em vez disso, enfatizou a necessidade de uma reforma constitucional para resolver a instabilidade recorrente que tem atormentado as presidências da Coreia do Sul desde a sua transição para a democracia em 1987.

“A nossa atual Constituição, redigida em 1987, está desatualizada”, disse ele, acrescentando que necessita de “reformas que reflitam as mudanças sociais das últimas quatro décadas”.
Woo também deixou uma mensagem para pessoas de todo o mundo que assistiram com choque ao envio de tropas sul-coreanas durante a breve declaração de lei marcial do presidente Yoon.
“A Coreia do Sul é forte. Seu povo é resiliente”, disse ele.
“Embora o mundo possa ter ficado surpreso com a declaração da lei marcial, a Coreia do Sul permanece segura, estável e confiante no seu futuro”, acrescentou.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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