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Iphan autoriza obras na estação 14 Bis do metrô de SP – 03/03/2025 – Cotidiano

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4 meses atrásem

Fábio Pescarini
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) autorizou a retomada nas escavações da futura estação 14-Bis Saracura, da linha 6-laranja do metrô de São Paulo.
As obras foram parcialmente paralisadas desde que cerca de 4.000 peças que seriam do quilombo Saracura foram encontradas em 2022.
A autorização foi dada na última sexta-feira (28), prazo final dado pelo governo estadual e pela concessionária Linha Uni para que as escavações fossem retomadas e a construção da estação não fosse descartada ou atrasasse todo o cronograma da linha.
“Após essa data, qualquer atraso subsequente impactará o cronograma das obras, comprometendo, além da entrega da estação 14 Bis, a operação de outras estações”, disse a concessionária no mês passado.
No último dia 12 de fevereiro, a Secretaria de Parceria em Investimentos afirmou que, se até 28 de fevereiro, o Iphan não liberasse o resgate na área 4 do canteiro e o avanço das obras, o governo Tarcísio de Feitas (Republicanos) iria reavaliar a construção da estação de modo a evitar impacto no cronograma da inaugurações.
Nessa área, conforme o Iphan, indícios apontam para a existência da estrutura de um possível terreiro e de outros objetos ligados à religiosidade afro-brasileira.
A 14 Bis-Saracura está no local em que ficava a antiga sede da escola de samba Vai-Vai no Bixiga, região da Bela Vista, no centro de São Paulo.
Ao emitir seu parecer de aprovação, o instituto diz ter proposto contrapartidas à concessionária responsável pela obra, com o objetivo de proteção do patrimônio cultural nacional.
Entre as contrapartidas, está a elaboração de um projeto de salvamento e musealização dos achados arqueológicos, em parceria com as comunidades interessadas, seguindo o princípio da participação social.
“A autorização para continuidade das escavações da área 4 se soma às autorizações já concedidas pelo Iphan para as demais áreas”, diz o instituto, em nota. “Em todas elas, o empreendedor teve de apresentar propostas prévias de salvamento, conforme determina a legislação.”
A concessionária e o governo do estado apresentaram duas opções para exposição dos achados. Uma na entrada da futura estação e outra no mezanino.
Questionada sobre prazos para retomada e conclusão das obras, a Linha Uni não respondeu até publicação desta reportagem. Mas a 14 Bis Saracura não deve seguir o mesmo cronograma das demais e deve ser inaugurada posteriormente. A inauguração pode ficar para 2029, já com a linha em andamento.
A linha vai ligar a Brasilândia, na zona norte de São Paulo, à estação São Joaquim, na região central, com expectativa de transportar mais de 630 mil passageiros por dia. Com isso, o tempo de deslocamento neste trajeto, que hoje é feito em cerca de uma hora e meia por ônibus, será reduzido para 23 minutos.
O trecho entre Brasilândia e Perdizes tem previsão de entrega para outubro de 2026. A operação do traçado entre Perdizes e São Joaquim, onde fica a 14 Bis, é esperado para 2027.
Com apenas 14,6% de obras concluídas, a estação é a mais atrasada das 15 que irão compor a nova linha. É a única que não tem poço perfurado.
As escavações entre as estações da linha foram encerradas em fevereiro. Apenas a 14 Bis não conta com acesso ao túnel.
Nesta segunda-feira (3), o governo paulista disse que após o registro, armazenamento e catalogação dos vestígios arqueológicos pela empresa especializada contratada pela concessionária, qualquer necessidade de preservação será tratada fora do local das escavações, garantindo que o cronograma das obras não seja afetado.
De acordo com o governo, a data limite de 28 de fevereiro para a liberação dos trabalhos foi dada para que as etapas de escavação, desmontagem dos anéis dentro da estação e execução da laje de fundo sejam concluídas antes da instalação da via permanente (trilhos) e do sistema de energia.
“Caso esses serviços sejam executados dentro do túnel antes da desmontagem dos anéis, não será mais possível removê-los, inviabilizando a ligação da plataforma com o trem”, disse.
Os estudos no sítio arqueológico Saracura estão sendo feitos pela empresa de arqueologia A Lasca, contratada pela concessionária.
Desde janeiro de 2022, diz o Iphan, têm sido resgatados diversos itens que colocam em evidência a história da ocupação da região pela população negra, como a estrutura do possível terreiro e objetos diversos que indicam a existência do antigo quilombo Saracura.
Foram descobertas ainda estruturas de drenagem do córrego Saracura Grande, provavelmente relacionadas à política de saneamento na cidade de São Paulo entre as décadas de 1950 e 1970.
“Para este achado, o empreendedor apresentou proposta de musealização, que prevê sua desmontagem e remontagem na própria estação de metrô. No momento, o Iphan aguarda complementação da metodologia de trabalho”, diz trecho da nota do instituto.
Um dos principais objetivos, conforme o Iphan, é que as estruturas e os bens móveis arqueológicos estejam acessíveis à comunidade dentro da estação e disponíveis para pesquisa em instituições de guarda, com todo o custo bancado pela concessionária que tirará proveito econômico do empreendimento.
Prometida inicialmente para começar em 2010, a obra sofreu uma série adiamentos e efetivamente teve início em 2015, com previsão de entrega cinco anos depois. Porém, a construção acabou paralisada em 2016, sendo retomada em 2020 com a atual concessionária.
Houve ainda a interrupção inesperada de sete meses em parte dos trabalhos, quando uma cratera afundou o asfalto na marginal Tietê, em fevereiro de 2022, por causa do rompimento de uma tubulação de esgoto, que também inundou a tuneladora responsável pelas escavações.
No mês passado, o governo autorizou estudos para ampliação da linha com mais seis estações, sendo quatro a partir do centro: Aclimação, Cambuci, Vila Monumento e São Carlos/Parque da Mooca, já no início da zona leste, e Morro Grande e Velha Campinas na direção norte.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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