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Irã demonstra nervosismo e tenta urgentemente saída diplomática com Israel

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O governo iraniano está extremamente nervoso e tem se empenhado em esforços diplomáticos urgentes com outros países do Oriente Médio para avaliar se eles podem reduzir o grau de resposta de Israel ao seu ataque com mísseis no início do mês e – caso isso não aconteça – ajudar a proteger Teerã, disseram fontes familiarizadas com o assunto à CNN.

A ansiedade do Irã decorre da incerteza quanto à possibilidade dos EUA convencerem Israel a não atacar as instalações nucleares e petrolíferas iranianas, além do fato de que sua mais importante milícia na região, o Hezbollah, foi significativamente enfraquecida pelas operações militares israelenses nas últimas semanas, disseram as fontes.

Os EUA têm consultado com Israel sobre como planejam responder ao ataque do Irã em 1º de outubro, e as autoridades norte-americanas deixaram claro que não querem que Israel atinja as instalações nucleares ou os campos de petróleo iranianos.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quarta-feira (9), sendo a primeira conversa entre eles em quase dois meses, e afirmou que a retaliação de Israel deveria ser “proporcional”.

Os aliados dos Estados Unidos no Golfo, incluindo os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Catar, também expressaram preocupação à Washington sobre um possível ataque às instalações de petróleo iranianas, o que poderia criar impactos negativos na economia e meio ambiente para toda a região, disse um diplomata árabe à CNN.

O governo Biden teme profundamente que os ataques contínuos entre Irã e Israel, que começaram no início deste ano após Israel atacar o que o Irã disse ser o prédio de seu consulado em Damasco, possam se transformar em uma grande guerra regional que também envolveria os EUA.

A maior parte do temor é que a influência dos Estados Unidos sobre Israel parece estar diminuindo constantemente no último ano. Assim como suas operações em Gaza, o governo israelense tem desconsiderado cada vez mais os apelos dos EUA para uma maior cautela no Líbano, onde a intensa campanha de bombardeio e a ofensiva terrestre de Israel já mataram mais de 1.400 pessoas desde o final do mês passado.

Israel também não consultou os Estados Unidos antes de realizar um ataque maciço que explodiu milhares de pagers e walkie-talkies usados pelos agentes do Hezbollah no mês passado, ou antes de assassinar o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, e de derrubar uma delicada proposta de cessar-fogo que havia sido apresentada pelos Estados Unidos e pela França menos de 48 horas antes.

O gabinete de segurança de Israel ainda não chegou a uma decisão sobre como agir, disse uma autoridade israelense à CNN nesta sexta-feira (11). E apesar de a diferença entre as opiniões dos EUA e de Israel estar diminuindo, ela pode não permanecer assim, disse uma autoridade dos EUA.

“Não podemos saber se eles votaram ou não”, disse uma autoridade sênior do governo sobre as discussões do gabinete israelense, expressando ceticismo quanto ao nível de transparência sobre o que Israel está compartilhando com os EUA. O funcionário sugeriu que eles não podem “dar muita importância às maquinações” do governo israelense.

Até a semana passada, Israel não havia dado nenhuma garantia de que não teria como alvo as instalações nucleares do Irã, informou a CNN.

Há décadas, Israel vem planejando ataques às capacidades nucleares do Irã e, apenas há dois anos, simulou atacá-las em um exercício militar. Suspeita-se também que Israel tenha realizado assassinatos contra cientistas nucleares iranianos nos últimos anos, e as instalações nucleares do Irã foram atacadas por ataques cibernéticos, provavelmente de Israel – o mais famoso foi o vírus Stuxnet, que conseguiu penetrar na instalação nuclear iraniana de Natanz.

“Nosso ataque será poderoso”

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, advertiu fortemente o Irã sobre a resposta do seu país na quarta-feira.

Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant • 18/12/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura

“O nosso ataque será poderoso, preciso e, acima de tudo, surpreendente. Eles não vão entender o que aconteceu e como aconteceu”, disse Gallant.

Em geral, os Estados do Golfo estão ansiosos por se manterem à margem do conflito, disse o diplomata árabe. Embora o Irã tenha avisado publicamente que qualquer parceiro que ajude Israel será tratado como agressor, também é improvável que os vizinhos do Irã venham explicitamente em defesa de Teerã no caso de um ataque israelense.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Catar afirmaram aos EUA e ao Irã que não permitirão que Israel utilize o seu espaço aéreo para atacar o território iraniano, disse à CNN o diplomata árabe e outra fonte familiarizada com o assunto. A Jordânia também disse que protegerá o seu espaço aéreo de qualquer invasão não autorizada, independentemente da sua origem.

Os EUA não acreditam que o Irã queira se envolver numa guerra em grande escala com Israel. O ministro iraniano de Relações Exteriores, Abbas Araghchi, disse esta semana à Al Jazeera que Netanyahu “é o único que quer uma guerra e incendiar a região para se manter no poder”.

Mas os Estados Unidos continuam a pressionar Teerã, através de canais secretos, para calibrar a sua resposta em caso de ataque por parte de Israel, segundo um funcionário.

Embora o Catar fale regularmente com os iranianos e transmita aos EUA o que eles dizem, o funcionário norte-americano disse que, em última análise, “simplesmente não sabemos o que [o Irã] fará”. As principais vozes do Irã terão ideias diferentes sobre se e como responder a Israel, mas isso dependerá da escala e do âmbito da tão esperada ação israelense, disse outro funcionário dos EUA.

Este funcionário afirma que as mensagens do Irã têm sido consistentes, tanto a nível público como privado, desde que Teerã lançou a sua barragem de mísseis contra Israel no início deste mês e que não houve uma mudança significativa nas mensagens.

O Irã tem-se mostrado particularmente interessado em obter ajuda da Arábia Saudita para evitar um ataque israelense e aproveita da sua influência junto de Washington para ajudar a encontrar uma solução para a crise, disse o diplomata árabe à CNN.

Em menos de um mês, as autoridades de cada país reuniram-se três vezes e Araghchi viajou para a Arábia Saudita na quarta-feira para “consultar sobre os desenvolvimentos regionais” e “tentar parar os crimes do regime sionista no Líbano e em Gaza”, disse à imprensa local.

O mundo está acompanhando todos os movimentos de Israel, enquanto este pensa em como responder. Mas, pelo menos até sábado até o pôr do sol, Israel vai estar parado para comemorar o Yom Kippur, o Dia da Reparação judaico e o dia mais sagrado do ano no judaísmo.

Apesar de não ser impossível que Israel entre em ação, as lojas, os restaurantes e outros serviços estarão fechados, os transportes públicos não funcionarão e até o principal aeroporto do país – o Ben Gurion em Tel Aviv – estará fechado.

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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