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Irã executa Jamshid Sharmahd germano-iraniano – DW – 28/10/2024

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8 meses atrásem
A mídia estatal iraniana informou na segunda-feira que Jamshid Sharmahd foi executado depois de ter sido condenado no ano passado.
Sharmahd foi condenado à morte em fevereiro de 2023 na sequência de uma condenação do Tribunal Revolucionário Islâmico do Irão sob acusações relacionadas ao seu envolvimento em um ataque mortal em 2008 a uma mesquita em Shiraz que matou 14 pessoas.
No entanto, a condenação formal no Irão foi pelo crime iraniano, muito mais vago, de espalhar “corrupção na Terra”, uma frase genérica que o regime islâmico utiliza para uma série de supostos crimes, muitas vezes relacionados com valores religiosos.
A mídia iraniana, incluindo o site de notícias jurídicas Mizan, informou que a execução ocorreu na manhã de segunda-feira.
O Irã também o acusou de estar em contato com “oficiais do FBI e da CIA” e de ter “tentado entrar em contato com agentes israelenses do Mossad”.
Residente da Califórnia provavelmente apreendido em Dubai em 2020
Teerã acusou Sharmahd de ser o “líder do grupo terrorista Tondar, que dirigiu atos armados e terroristas no Irã a partir da América”. O pouco conhecido grupo Tondar, o braço armado da “Assembleia do Reino do Irão”, está sediado na Califórnia e afirma que pretende restaurar a monarquia iraniana que foi derrubada pela revolução islâmica de 1979.
Antes do seu sequestro, que se acredita ter ocorrido em Dubai, e da subsequente detenção no Irã, Sharmahd, de 69 anos, residia na Califórnia.
Sua filha, Gazela, liderou a luta pedindo que ele fosse poupado da execução.
A Alemanha, a UE e outros também apelaram ao levantamento da pena de morte.
“Não creio que palavras possam mudar um regime terrorista”, disse Gazelle Sharmahd à DW logo após a condenação do seu pai em 2023. “Este é um regime que rapta pessoas como o meu pai de fora do Irão e leva-as para lá. Este regime terrorista não responderá a qualquer tipo de conversações ou diplomacia. Infelizmente, vimos isso”.
Filha de alemão-iraniano condenado à morte fala à DW
A sentença de Sharmahd foi mantida pela mais alta corte do Irã em outubro passado.
Líder da oposição alemã pede expulsão do embaixador iraniano
O líder democrata-cristão Friedrich Merz foi um dos primeiros políticos alemães a responder à notícia. Ele classificou a execução como um “crime hediondo” e disse que o julgamento foi uma “zombaria” dos padrões jurídicos internacionais.
“O regime iraniano mostrou mais uma vez o seu carácter desumano”, disse Merz. “Apelo ao governo federal (alemão) para que responda de forma decisiva. A abordagem de “diplomacia silenciosa” com o Irão falhou. O embaixador iraniano deve ser expulso. É necessário rebaixar as relações diplomáticas ao nível de encarregado de negócios”.
Merz também apelou à Alemanha para que procurasse sanções europeias mais duras contra o Irão, e disse que a abordagem bilateral da Alemanha ao Irão nos últimos anos se baseou na ideia de Teerão ser cooperativo: “Esta ilusão deveria, o mais tardar, ser destruída após a execução de um cidadão alemão em um processo ilegal”, disse ele.
Amensty International lamentou julgamento “grosseiramente injusto”
Ministro das Relações Exteriores alemão Annalena Baerbock no ano passado chamou a sentença de Sharmahd de “absolutamente inaceitável”. e também disse que não teve um julgamento justo.
A ONG de direitos humanos Amnistia Internacional fez queixas semelhantes em relatórios sobre o caso, qualificando os procedimentos legais de “grosseiramente injustos”. Num relatório sobre a condenação original em Abril passadoa Amnistia disse que foi negado a Sharmahd o acesso a um advogado independente da sua escolha e alegou que os serviços do advogado de defesa nomeado pelo Estado eram inadequados.
“O seu advogado nomeado pelo governo disse à sua família, em 2 de julho de 2022, que ‘não fazia sentido’ que ele se opusesse ao facto de o Tribunal Revolucionário admitir as suas ‘confissões’ forçadas como prova”, escreveu a Amnistia. “Antes disso, em 9 de maio de 2021, o advogado nomeado pelo governo disse que sem o pagamento de US$ 250 mil da família, ele não defenderia Jamshid Sharmahd no tribunal e apenas ‘ficaria sentado lá’.”
msh/dj (AP, dpa, Reuters)
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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