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Jack Draper perde força no Paris Masters quando Alex De Minaur vence três sets | Tênis
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Tumaini Carayol at Bercy Arena
Só às 22h da noite de quarta-feira é que Jack Draper finalmente voltou ao vestiário após sua tenaz vitória em todo o mundo nº 6 Taylor Fritz. Mesmo assim, não havia tempo a perder. Teve apenas 19 horas para fazer o tratamento diário, recuperar, dormir e garantir que estava preparado para mais um encontro com um dos melhores jogadores do mundo.
Esse desafio acabou sendo um passo longe demais no final, já que o cansaço de Draper o alcançou contra um adversário incansável e ele foi metodicamente derrotado nas oitavas de final do Masters de Paris pelo brilhante Alex de Minaur, o nono cabeça-de-chave. Embora Draper tenha lutado muito até o fim, o australiano finalmente venceu por 5-7, 6-2, 6-3 na noite de quinta-feira.
“Alex fez uma partida muito, muito boa e estava se movimentando muito bem”, disse Draper ao Guardian. “Obviamente, acho que apenas mentalmente, estava lutando para continuar hoje. Foram muitas partidas em muitos dias em alto nível. E essa é apenas a natureza do tênis e algo em que preciso continuar melhorando. Os melhores jogadores do mundo apoiarão isso todos os dias. E eu simplesmente não fui capaz de fazer isso hoje.”
A derrota encerra a seqüência de sete vitórias consecutivas de Draper, após conquistar o maior título de sua carreira. no domingo no Aberto de Vienaum evento ATP 500. Ao se concentrar em Paris, Draper foi encarregado de se ajustar às quadras mais rápidas nos eventos Masters 1000 deste ano, juntamente com um empate extremamente difícil que o viu enfrentar dois adversários entre os 10 primeiros em suas três primeiras partidas.
“É uma loucura. Joguei oito partidas em 10 dias e não são partidas fáceis”, disse Draper. “Eles são contra os melhores jogadores do mundo. É físico. Estou dando tudo por cada ponto e depois, obviamente, mudando de superfície, mudando de condições, sem descanso real. É difícil continuar indo e indo e indo. Além disso, sabendo que este é o meu último torneio do ano, é difícil também em quadra. Mas, ao mesmo tempo, estou orgulhoso dos meus esforços e espero poder continuar a trabalhar arduamente e fazer melhor.”
Depois de enfrentar dois jogadores ofensivos com domínio do saque, Jiri Lehecka e Fritz, em suas primeiras partidas, Draper realmente gostou de ter mais tempo com a bola desde o início. Desde o início, ele sacou extremamente bem e dominou o chão, martelando forehands ao longo da linha durante todo o set. Mesmo quando não conseguiu sacar o primeiro set em 5-3, ele rapidamente restabeleceu o controle das trocas e fechou o set.
Nos últimos 18 meses, no entanto, De Minaur incorporou-se entre os 10 primeiros ao lado de adversários muito maiores e mais fortes, em grande parte devido à sua coragem e espírito. Ele cavou fundo desde o início do segundo set e lentamente começou a virar a partida.
Como De Minaur sacou significativamente melhor e apagou os erros não forçados anteriores de seu jogo, ele puxou Draper para os comícios mais longos e desgastantes, ao mesmo tempo que procurava pegar a bola mais cedo e se impor quando podia. Ao longo dos dois últimos sets, o número 10 do mundo nunca permitiu que Draper recuperasse o controle da linha de base, expondo o cansaço do britânico ao forçá-lo a trabalhar duro para cada ponto até o final.
“Para realmente pressionar (em Viena), jogar bem e ter um bom desempenho foi incrível”, disse Draper. “E então você tem que recuar, você tem que ir de novo. Lutei muito ontem, passei por uma situação difícil e hoje acho que foi um pouco demais para eu continuar. Mas estou aprendendo o tempo todo, ainda sou jovem. Ainda estou tentando superar barreiras mentais, sabe? E isso vai levar tempo.”
Com esta derrota, a excepcional temporada de estreia do jovem de 22 anos chega ao fim. Ele termina o ano com seus dois primeiros títulos ATP em Stuttgart e Viena, além de sua primeira semifinal de Grand Slam no Aberto dos Estados Unidos, e seus resultados o levaram ao top 15 pela primeira vez em sua carreira e o marcaram como um dos melhores. melhores jogadores do mundo. Mais importante ainda, Draper se posicionou perfeitamente para alcançar ainda mais nos próximos anos.
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Refinaria da Petrobras vai transformar poluente em produto rentável
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9 de novembro de 2024 Bruno de Freitas Moura* – Repórter da Agência Brasil
A Refinaria Abreu e Lima, unidade da Petrobras na cidade de Ipojuca, na região metropolitana do Recife, faz os últimos ajustes para iniciar as operações da unidade U-93 Snox, nome técnico da estrutura que reduzirá a emissão de gases poluentes resultantes do processo de refino e, de quebra, transformar as substâncias químicas em produto a ser comercializado.
A previsão é dar a partida na Snox ainda no mês de dezembro. Com a instalação em funcionamento, a Abreu e Lima (Rnest) fará o abatimento da emissão dos gases poluentes óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx), transformando as substâncias em ácido sulfúrico.
Esta é a primeira unidade Snox das Américas e a terceira no mundo. As outras duas ficam na Itália e na Áustria. A Agência Brasil teve acesso exclusivo à unidade brasileira durante os preparativos finais da inicialização da operação.
A operação da Snox proporcionará à Petrobras ao menos três fatores positivos: a redução da emissão de poluentes; a receita com a venda do ácido sulfúrico; e o aumento da capacidade de refino, principalmente do diesel S-10, tido como mais limpo.
A Snox eliminará 99% das emissões de SOx e 95% de NOx. Com menos poluentes sendo lançados à atmosfera, o ganho para o meio ambiente é direto, assim como para a população que vive ao redor da Abreu e Lima, refinaria localizada estrategicamente a meia hora de carro do Porto de Suape e a 14 quilômetros do balneário Porto de Galinhas.
“A nossa responsabilidade socioambiental tem que ser gigante, estamos na região que é um paraíso”, diz o gerente-geral da refinaria, Márcio Maia.
Receita
A futura produção de ácido sulfúrico da Rnest já está vendida. Há um contrato entre a Petrobras e o grupo Bauminas, uma das principais empresas do país em produtos químicos para tratamento de água. O acerto entre fornecedor e comprador vale para toda a produção da Petrobras pelo período inicial de 10 anos. Os valores não foram revelados pela estatal.
“A nossa produção vai gerar capacidade para tratar água para 30 milhões de pessoas”, comemora Maia.
Um dos gerentes da Abreu e Lima, Rodrigo Avelino, que conheceu a instalação austríaca, destaca o avanço tecnológico da Snox. “Essa unidade é o estado da arte desse tipo de tratamento no mundo. Tem poucas unidades no mundo”, diz.
“A gente vai vender o ácido sulfúrico, é mais uma receita para a refinaria”, completa ele, destacando ainda que há um “ganho social” com a contribuição para tratamento d’água.
Avelino explica que esse processo é restritivo à Rnest no Brasil por causa da idade das demais refinarias. “A última refinaria antes da Rnest foi em 1980, então essa tecnologia não existia no momento da criação delas.”
Aumento de capacidade
Inaugurada em 24 de novembro de 2014, a Abreu e Lima é a refinaria mais nova da Petrobras e tem capacidade de processar 100 mil barris de petróleo por dia. O limite obedece a determinações da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), órgão ambiental do governo estadual, que se baseia em normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Com a operação da Snox e menor emissão de gases poluentes, a Rnest terá um reenquadramento na legislação ambiental, permitindo com que a refinaria tenha a capacidade de produção aumentada, chegando a 115 mil barris de petróleo por dia. O efeito prático será o potencial de mais receita para a Petrobras, uma vez que terá mais derivados para comercializar.
No processo de eliminação do SOx, a unidade produzirá também energia na forma de vapor, que será usada dentro das instalações da refinaria, reduzindo o consumo de gás.
Retomada de investimentos
A Snox custou R$ 520 milhões à estatal. No pico, a construção pelo consórcio Conenge-SC Possebon chegou a empregar 1,3 mil trabalhadores. A instalação faz parte do projeto inicial da Abreu e Lima, mas só se tornou realidade no aniversário de 10 anos da refinaria.
Um dos motivos do atraso foi o impacto da operação Lava Jato. À época, a investigação apurou problemas nos contratos da obra, superfaturados e com desvio de recursos. Em 2015, quando operava apenas o Trem 1 da Rnest, as obras de expansão – que além da Snox previam o Trem 2 – foram paralisadas.
Trem é o nome que se dá à linha de produção composta por três principais unidades interligadas de qualquer refinaria: separação do óleo, conversão e tratamento de derivados.
“Tudo isso poderia estar pronto, o Trem 1, o Trem 2, todas as unidades. O que aconteceu foi a interrupção das obras em 2014, 2015”, lamenta Maia.
“Em 2015, nem balanço a Petrobras teve. Ela ficou um período sem capacidade de investimento”, completa o gerente da área de Sistemas de Superfície, Refino, Gás e Energia, Alexandre Ataide.
Em 2018, a então direção da Petrobras adotou um reposicionamento, que consistia na busca de parceiros para comprar parte da Abreu e Lima. “Ela ficou uns dois anos buscando parceiros. Você não tinha ambiente propício para novos investimentos de grande porte”, aponta Ataide.
Em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (2019-2022), a refinaria foi incluída em um processo de desinvestimento, ou seja, a Petrobras iria vender totalmente a Rnest. No entanto, a partir de 2023, já no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão foi revista.
“A gente saiu de uma refinaria, até pouco tempo atrás, em desinvestimento, para a refinaria com o maior investimento da Petrobras”, ressalta Ataide.
Diesel mais limpo
Ocupando uma área equivalente a 600 campos de futebol aproximadamente, a refinaria responde por 6,5% de todo o processamento de petróleo da Petrobras, figurando como a segunda maior produtora de diesel S-10 do país, ficando atrás apenas da Refinaria de Paulínia (SP).
O combustível tem ultrabaixo teor de enxofre, com no máximo 10 partes por milhão (ppm). Para efeito de comparação, o diesel S-500 tem 500 ppm.
Usado por veículos leves e pesados, o diesel S-10 proporciona maior eficiência energética e menor impacto ambiental. Cerca de 70% do diesel usado no Brasil é S-10. Em 2023, só a refinaria pernambucana produziu cerca de 2,8 bilhões de litros de diesel S-10, o que corresponde a 10% da demanda do país. Esse volume foi suficiente para abastecer, por exemplo, 6,1 milhões de caminhões.
Em 31 de julho deste ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulador ligado ao Ministério de Minas e Energia, criou um grupo de trabalho para direcionar a descontinuidade do diesel S-500, que será substituído pelo S-10, o que aumentará a demanda pelo combustível menos poluente.
Escoamento de produção
A cerca de uma hora de carro do Recife e integrado ao Complexo Industrial Portuário de Suape, a Abreu e Lima produz diesel suficiente para abastecer toda a Região Nordeste e ainda enviar, por navios, excedente para o restante do país.
“Somos ligados umbilicalmente com o terminal de Suape”, localiza o gerente-geral Márcio Maia. “A Petrobras representa quase 80% de tudo que é movimentado no Porto de Suape”, detalha.
Para o recebimento de petróleo e escoamento de derivados, 12 linhas de dutos com 11 quilômetros de extensão interligam a refinaria ao Porto de Suape, que abriga 18 distribuidoras. A maior parte (54%) do petróleo recebido pela Rnest vem do pré-sal.
O diesel responde por 65% da produção da Rnest. Os demais derivados produzidos são nafta/gasolina (15%), óleo combustível exportação (10%), coque (8%) e o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido também como gás de cozinha (2%).
Por causa da refinaria, a Petrobras respondeu em 2023 por 6,1% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de Pernambuco e contribuiu com R$ 50 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) para o município do Ipojuca. A operação e as obras da Rnest contam com mais de 5,3 mil trabalhadores.
A refinaria tem alto grau de automatização, fazendo com que a operação seja conduzida por uma sala de controle, possibiltando que funcionários possam abrir uma válvula remotamente, por exemplo.
Revamp
Além do aumento de capacidade de refino, proporcionado pelo reenquadramento ambiental, a Refinaria Abreu e Lima passará por um processo de revisão e ampliação, chamado de revamp (renovar) no jargão da indústria do petróleo.
O revamp consiste em uma renovação de equipamentos. O serviço está em andamento, realizado pela empresa Engecampo. Finalizado a modernização – o que deve acontecer no primeiro trimestre de 2025 – a Rnest expandirá a capacidade de produção de 115 mil para 130 mil barris de petróleo por dia.
De acordo com o coordenador da área de Projetos de Desenvolvimento da Produção da Rnest, Bruno Daguano, o custo orçado de R$ 93 milhões significa dizer que a expansão equivale a US$ 1 milhão (equivalente a R$ 5,75 milhões) por barril de petróleo. O valor é muito inferior ao estimado para se construir uma refinaria completamente nova, da ordem de US$ 35 mil (R$ 200 milhões) por barril.
“Esses projetos de revamp são extremamente rentáveis e nos permitem aumentar a produção a um custo muito menor do que a construção de novas refinarias”, afirma Daguano, que fez a comparação com base em dados do estudo internacional Capital Cost Benchmarking for Refining, da S&P Global.
“É um dos projetos mais vantajosos da Petrobras”, acrescenta o gerente Ataide.
O gerente-geral Márcio Maia ressalta que a conclusão do revamp se refletirá na expansão da margem de lucro da estatal, pois será possível processar até 100% de óleo do pré-sal.
“Sob a ótica de margem, é a melhor estratégia. Se eu pego um petróleo nacional que eu mesmo produzo, com um custo viável, eu melhoro o resultado da companhia”, diz.
Capacidade
Para fazer frente ao crescimento da economia, o Brasil espera aumentar a capacidade de produção em 225 mil barris de petróleo por dia nos próximos anos. Cerca de 60% dessa expansão deve acontecer por meio de máquinas e equipamentos da Abreu e Lima.
Simultaneamente ao revamp, a Petrobras atua no esforço para concluir as obras do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima. O projeto foi aprovado em meados de 2023. A Petrobras não divulga o valor orçado, por considerar a informação sensível, uma vez que há licitação em andamento.
O que se sabe é que o custo está dentro do pacote de US$ 17 bilhões previstos para investimentos em refino, transporte e comercialização, de acordo com o plano estratégico da empresa para o período de 2024 a 2028.
Ao visitar a refinaria, a reportagem da Agência Brasil pôde ver que parte do Trem 2 está construída, como se fosse um “rascunho”, por ter sido prevista no projeto original da Rnest. A estrutura espelha o Trem 1. A estimativa da estatal é que o Trem 2 comece a operar, gradativamente, em 2028. A construção pode gerar 30 mil empregos diretos e indiretos.
Já a Snox, unidade de abatimento de emissões, não precisará de um “espelho”, ou seja, a unidade que deve iniciar o funcionamento em dezembro de 2024 será aproveitada também pelo Trem 2.
Pelo projeto inicial da Abreu e Lima, haveria uma segunda Snox, tanto que algumas partes chegaram a ser montadas no início da construção da refinaria. Isso seria preciso pois havia a expectativa de a Rnest refinar também o petróleo venezuelano, que é diferente do brasileiro. No entanto, não houve acordo entre o Brasil e a Venezuela, e outra Snox tornou-se desnecessária.
Redução de importação
Quando alcançar a capacidade total, a Abreu e Lima poderá refinar 260 mil barris d
e petróleo por dia. Isso equivale a acrescentar à produção 13 milhões de litros de óleo diesel, volume suficiente para abastecer 10,5 milhões de caminhões anualmente.
Esse aumento de produção possibilitará o Brasil reduzir a necessidade de importação de diesel. “Somos uma refinaria que foi desenhada para ajudar o Brasil a não importar diesel”, diz Maia.
“A gente abastece Pernambuco, tem o potencial para abastecer todo o Nordeste através de modal rodoviário. De modal capotagem, navio, a gente complementa a produção do Norte, Sudeste e Sul, para reduzir a importação nessas regiões. Quanto mais a gente reduzir a importação, melhor para o país e para a balança comercial”, afirma o gerente-geral.
Energia renovável
Apesar da ligação direta com combustíveis fósseis, a Refinaria Abreu e Lima tem iniciativas ligadas a energias renováveis. Uma delas são estudos para desenvolver diesel renovável, que consiste em adicionar conteúdo vegetal ao óleo processado, podendo o conteúdo verde variar de 5% (diesel R5) até 10% (diesel R10). “Visando ter um produto mais limpo”, ressalta Maia.
Outro projeto é a instalação de uma usina fotovoltaica (energia solar), que terá a contratação iniciada em poucos meses, segundo o gerente-geral. A produção energética será de 12 megawatt, equivalente a 7% de consumo da refinaria.
*Repórter viajou a convite da Petrobras
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Vizinhos aprendem Língua de Sinais para ajudar menina surda no Halloween
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9 de novembro de 2024A generosidade uniu uma comunidade inteira. Os vizinhos se juntaram e aprenderam a Língua de Sinais para ajudar uma menina, de 6 anos, surda a brincar no Haloween. Alegria de todos: da vizinhança que agora se comunica com a garota e da família da criança.
Aos 18 meses, Ada Hawkes foi diagnosticada com surdez e a Língua de Sinais, a British Sign Language (BSL) é sua primeira língua. O sonho dela era participar de um Halloween, mas não conseguia pela falta de comunicação.
É que no Reino Unido, a brincadeira envolve bater de porta em porta para pedir guloseimas. Com medo da reação das pessoas, a mãe da menina, Tilly, não permitia que ela participasse. Mas este ano foi bem diferente.
Travessuras e gostosuras
Sabendo que a menina tanto desejava fazer parte do Halloween, os vizinhos resolveram aprender a Língua de Sinais e, assim conseguiriam se comunicar com Ada.
A mãe da menina fez parceria com a Cadbury Fingers e a National Deaf Children’s Society para incentivar a comunidade a aprender o básico da BSL.
Praticamente todo o bairro já aprendeu a língua e ajudou Ada a ter sua primeira experiência de pedir “travessuras e gostosuras”, como manda a tradição no país.
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Aulas intensivas
Os vizinhos receberam um pacote on-line para aprender frases em Língua de Sinais com tema de Halloween, como “doce ou travessura” e “você parece assustador”. Mas houve também orientações presenciais.
Os participantes exibiram em suas janelas, que estão se esforçando, com especialistas em língua de sinais visitando os moradores para dar suporte.
A mamãe Tilly, que administra o Learning.Adas.Language, não contém a emoção. “Estamos realmente ansiosos para levá-la para pedir doces pela primeira vez. Ter seus vizinhos se comunicando com ela em BSL vai ser muito emocionante.”
Pesquisa no Reino Unido
Pesquisa feita pelos especialistas em Língua de Surdos, no Reino Unido, mostrou que entre 2.000 adultos, 59% nunca esse meio de comunicação. Outros 67% admitem dificuldade para se comunicar com uma pessoa surda.
Há, ainda, 71% que afirmam não ter confiança nem para cumprimentar alguém surdo, enquanto 33% disseram que se comunicariam via mensagem escrita.
Outra pesquisa, feita com 400 pessoas da comunidade surda, descobriu que uma em cada quatro sentiu ter perdido “algo” nas brincadeiras, segundo o The Mirror.
Os vizinhos fizeram aulas para aprenderem a Língua de Sinais e, assim se comunicarem com Aa, uma menina surda, que, pela primeira vez participou do Halloween. Foto: The Mirror
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Ebulição global, inundações em massa e Trump: 10 grandes pontos de discussão para a Cop29 | Cop29
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9 de novembro de 2024 Robin McKie Science editor
EUFoi um ano notável para o caos meteorológico, com intensas ondas de calor e tempestades de extrema intensidade que atingiram muitas partes do nosso planeta. No mês passado, estas culminaram nas inundações devastadoras que atingiram leste da Espanha e matou centenas.
À frente desta semana Cop29 cimeira, os cientistas acreditam que desastres como estes estão a tornar-se mais frequentes porque estão a ocorrer grandes mudanças no nosso clima à medida que as emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis continuam a aumentar.
Como resultado, previram que 2024 terá provavelmente sido o mais quente de que há registo, prevendo-se que as temperaturas médias globais acabem mais de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Nem é provável que este aumento estabilize num futuro próximo.
Há claramente muito a discutir na Cop29 – aqui estão dez das maiores questões que estarão na mente dos delegados esta semana.
Quebrando recordes
As emissões globais de carbono continuam a aumentar. No ano passado, atingiram a impressionante marca de 40,6 mil milhões de toneladas, um recorde que deverá ser quebrado até ao final de 2024. Os níveis de carbono atmosférico são agora mais de 50% superiores aos da época pré-industrial. Daí aquele aumento de 1,5°C. Infelizmente, a resposta do mundo a este agravamento perturbador da situação atmosférica tem sido dolorosamente lenta.
O calor está ligado
No cimeira Cop28 do ano passado em Dubai foi acordado “transição” dos combustíveis fósseis. Notavelmente, esta foi a primeira vez que foi acordado um compromisso internacional para enfrentar, explicitamente, a causa profunda da nossa crise climática. Por outras palavras, foram necessárias três décadas de negociações para chegar ao estado em que este compromisso bastante fraco pudesse ser aceite a nível mundial, embora fique muito aquém da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, pela qual muitos países e a maioria dos activistas têm defendido. tem pressionado. É pouco provável que a chegada de Donald Trump ajude a sua causa.
América
A vitória de Trump nas eleições presidenciais dos EUA na semana passada lança um cenário particularmente sombra sombria sobre os preparativos já sombrios que estão sendo feitos para a reunião desta semana Cimeira climática Cop29 em BakuAzerbaijão. Presidente da Comissão Europeia Úrsula von der Leyen e Presidente francês Emmanuel Macron estão entre aqueles que não se espera que compareçam e há receio de que os avanços esperados não aconteçam.
A ‘grande farsa’
Nesta arena entra Donald Trump, um homem que descreveu as mudanças climáticas como “uma grande farsa”, e espera-se que repita a decisão – tomada durante a sua última presidência – de retirar os EUA do histórico acordo de Paris quando tomar posse. “Há apenas um tênue raio de esperança agora de que o mundo limitará o aquecimento global a 1,5ºC, mas Donald Trump poderá extingui-lo”, disse Bob Ward, diretor de políticas do Instituto Grantham de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente.
Ponto de ebulição
Em contraste com as opiniões de Trump, o UN secretary general António Guterres tem sido particularmente franco em seus avisos sobre os perigos que o nosso planeta enfrenta agora na preparação para a Cop29, falando da humanidade a cometer “suicídio colectivo” e acusando as empresas de combustíveis fósseis de terem “a humanidade pela garganta”. A era do aquecimento global terminou, argumentou ele, e “a era da ebulição global chegou”.
Tombando
O alarme sobre o clima da Terra baseia-se, em parte, no alerta dos investigadores de que o aumento de 1,5ºC nas temperaturas globais – que os negociadores do clima esperavam evitar – provavelmente será violado ao longo de vários anos até ao final da década, enquanto muitos outros os investigadores do clima temem que manter o calor abaixo de um aumento de 2°C também seja provavelmente impossível.
Nesse cenário, é provável que os principais pontos de inflexão sejam ultrapassados. Estas incluirão a desestabilização dos mantos de gelo da Gronelândia e da Antártida Ocidental, o degelo abrupto das regiões de permafrost do mundo, o colapso do Circulação do Oceano Atlântico Nortee a morte massiva de recifes de corais tropicais. Seguir-se-ão inundações generalizadas e as temperaturas continuarão a subir, enquanto secas e tempestades mortais aumentarão em frequência. Centenas de milhões de pessoas – principalmente aquelas dos países em desenvolvimento – descobrirão que as suas terras natais deixarão de ser habitáveis.
Siga o dinheiro
Tentar preparar-se para a miséria climática que ameaça engolir o mundo constituirá o principal impulso da Cop29. Um novo objectivo financeiro para ajudar as nações em desenvolvimento a criar sistemas de energia verde e ajudá-las a adaptar-se a um mundo em aquecimento está no topo da agenda das negociações da próxima quinzena.
As somas de dinheiro envolvidas são impressionantes. A maioria das estimativas sugere que os países em desenvolvimento precisarão de um montante adicional de 500 mil milhões a 1 bilião de dólares por ano em financiamento climático proveniente de fontes internacionais. Isto é pelo menos cinco vezes mais do que o compromisso de 100 mil milhões de dólares actualmente em vigor.
Grande parte deste dinheiro viria de empresas e investidores privados, bem como dos bancos multilaterais de desenvolvimento, e seria gasto na protecção de paisagens ameaçadas, na criação de fontes de energia adequadas aos países em desenvolvimento, na adaptação de infra-estruturas para serem mais resilientes às alterações climáticas e no pagamento da danos que uma nação sofreu com o aquecimento global desencadeado pelas emissões geradas pelos países desenvolvidos.
Lanterna a gás
Resta saber até que ponto estes planos irão progredir em Baku nas próximas duas semanas. As esperanças de avanços – já num nível baixo – foram ainda mais deprimidas pela divulgação de que um alto funcionário da equipa Cop29 do Azerbaijão, Elnur Soltanov, foi filmado discutindo “oportunidades de investimento” na empresa estatal de petróleo e gás do país com um homem se passando por potencial investidor. “Temos muitos campos de gás que serão desenvolvidos”, diz ele. Estas observações foram mal recebidas por muitos delegados.
Degrau
No entanto, ainda há alguma perspectiva de sucesso em Baku. “Devemos olhar para a reunião em Baku como um trampolim para a Cop30 no Brasil”, disse Senhor severopresidente do Grantham Research Institute. “As reuniões policiais bem-sucedidas geralmente acontecem em pares e espero que este seja um exemplo”, disse ele na semana passada. “Eu seria cauteloso em relação a acordos e resultados específicos, mas espero que possamos obter pelo menos algum quadro para o financiamento climático que possa ser finalizado na Cop30.”
No próximo ano, em Belém, na Amazónia, os países deverão chegar com novos planos nacionais – conhecidos como contribuições determinadas a nível nacional (NDC) – impondo cortes mais rigorosos nas emissões de gases com efeito de estufa do que os que já prometeram. Estas devem estar em conformidade com o objectivo globalmente aceite de limitar o aumento da temperatura global. Um acordo forte em Baku sobre financiamento para os países em desenvolvimento encorajaria ambições mais elevadas.
Ficando sem tempo
O problema é que o tempo do mundo está a esgotar-se, um ponto sublinhado por Johan Rockström, do Instituto Potsdam para a Investigação do Impacto Climático. “Com a vitória de Trump, enfrentamos agora, na melhor das hipóteses, uma repetição da inacção climática do seu último mandato – uma pausa de quatro anos que simplesmente não podemos permitir nesta década crítica.”
No entanto, uma visão mais optimista da situação foi fornecida por Stern. “Eu estava em Marrakech para a cúpula da Cop22 em 2016, quando chegou a notícia de que Trump havia vencido as eleições”, disse ele ao Observador. “Sabíamos o que isso significava, mas foi notável quão forte era a determinação entre os delegados de que continuássemos. E continuaremos desta vez também.
“A presidência dele vai dificultar a vida, mas não vamos desistir. Essa seria a pior opção possível.”
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