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Japão busca maneiras para idosos evitarem uma ‘morte solitária’ – DW – 13/12/2024

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7 meses atrásem
Aos 85 anos, Ikuko Arai finalmente aposentado em 30 de novembro. Ela diz que está feliz por deixar seu cargo em uma organização sem fins lucrativos em Tóquio, mas também está um pouco preocupada.
Arai mora sozinha desde que seu marido morreu, há 16 anos, e ela teme que parar de trabalhar a deixe isolada da sociedade japonesa – e possivelmente uma “morte solitária”.
É um refrão comum num país com uma população em rápido envelhecimento, com um relatório publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisa da População e Segurança Social no final de Novembro concluindo que os agregados familiares unipessoais representarão 44,3% do total nacional em 2050. o número sobe para 54,1% em Tóquio.
Prevê-se que o número de pessoas com 65 anos ou mais que vivem sozinhas aumente para 10,83 milhões até 2050, um aumento de 1,5 vezes em relação ao número de 2020.
Ansiedade de ficar sozinho
“A ansiedade de estar sozinho é imensa”, disse Arai à DW. “Eu poderia listar todas as preocupações que tenho, mas farei o meu melhor enquanto estiver bem.
“Até agora não me senti isolada socialmente por causa do meu trabalho e sempre estive ocupada, mas agora me aposentei e não terei mais isso para me ocupar, então este é o meu momento da verdade”, disse ela.
“Pretendo tentar implementar estratégias para evitar ficar isolado.”
Depois de 32 anos trabalhando para a Associação de Mulheres para uma Sociedade para um Envelhecimento Melhor (WABAS), onde acabou se tornando secretária-geral, Arai tem uma sólida compreensão dos desafios enfrentados pelos idosos na sociedade japonesa em ritmo acelerado.
“Fundamos a associação em 1983 com a missão de resgatar as esposas da necessidade constante de prestar cuidados de enfermagem aos idosos, de promover a socialização dos cuidados de enfermagem e de tornar a sociedade japonesa um lugar melhor para os idosos viverem”, disse ela.
“Na nossa sociedade, há muito que se assume que cuidar dos pais idosos é o papel do filho mais velho e da sua esposa e que, porque os homens trabalham, a sua esposa tem de alterar a sua carreira e planos de vida para cuidar dos pais”, disse ela. adicionado.
“Mas isso mudou dramaticamente”, disse Arai.
“Vivemos numa época em que os idosos já não vivem com os filhos e netos numa casa, mas vivem sozinhos. Muitos – especialmente as mulheres – querem a sua independência e dizem que podem sobreviver com as suas pensões e poupanças, mas há desvantagens óbvias.”
‘Movimento dos cafés’ japonês enfrentando a solidão e a pobreza
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O isolamento social é apenas um dos desafios que os idosos enfrentam quando os seus filhos não vivem nas proximidades.
Podem enfrentar dificuldades financeiras, especialmente quando a sua saúde piora, enquanto Arai afirma que há uma preocupação crescente entre a comunidade idosa relativamente aos grupos criminosos organizados que visam activamente os idosos que vivem sozinhos.
Tem havido uma série de arrombamentos em todo o país, incluindo casos em que idosos foram feridos ou mesmo mortos pelos intrusos.
Sociedade mais segura
“Queremos que o governo crie mais uma vez uma sociedade segura para os idosos”, disse Arai.
“Sentimos que é hora de aumentar o número de grupos de vigilância comunitária e de encontrar formas de ajudar os idosos a criar novos laços nos seus bairros”.
Os desafios para os idosos no Japão moderno são imensos, concorda Hiroshi Yoshida, professor de economia do envelhecimento na Universidade de Tohoku.
Ele disse mais precisa ser feito para garantir que os idosos não passem os seus últimos dias sozinhos e sofram “kodokushi”, o termo japonês que se traduz como morte solitária.
“A longevidade média dos japoneses já ultrapassa os 80 anos e, no futuro, poderá chegar perto dos 100 anos, mas estamos a observar mais problemas de saúde física e mental nestas pessoas mais velhas, o que está a aumentar o stress. sistema de saúde”, disse ele à DW.
“O isolamento social é agora um grande problema nas áreas urbanas do país, mas é preciso fazer mais para aumentar a comunicação entre os idosos nas regiões rurais”, disse Yoshida.
Ele apontou estudos internacionais que detectaram uma ligação entre idosos que vivem sozinhos, sofrendo de solidão, queda de autoestima e agravamento de problemas de saúde.
O Japão está envelhecendo
“Para lidar com isso sociedade superenvelhecida, o governo precisa de criar redes que permitam às pessoas comunicarem umas com as outras mais facilmente e organizarem actividades sociais partilhadas”, disse ele.
“Isso ajudará a saúde física e mental desta geração e reduzirá o fardo financeiro de cuidar das pessoas porque elas são mais saudáveis e felizes”, acrescentou.
Tal como Arai, Yoshida acredita que as mulheres são a solução para o envelhecimento da sociedade japonesa e defende não obrigar as mulheres em idade activa a tornarem-se cuidadoras de familiares mais velhos, pois isso priva-as de uma carreira, de maiores rendimentos e de poder de compra, o que, por sua vez, ajudaria a impulsionar consumo e a economia em geral.
“Precisamos de mais mulheres na força de trabalho para melhorar a produtividade global da economia, e isso significará inevitavelmente que os homens precisam de ajudar mais em casa”, acrescentou.
Bebês ajudam em uma casa de repouso
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Editado por: Shamil Shams
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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