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Kemi Seba candidato presidencial no Benin

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No dia 23 de dezembro, em sua página no Facebook, Kemi Seba prometeu um ano «incandescente» ao presidente beninense, Patrice Talon. Duas semanas depois, domingo, 5 de janeiro, o activista, condenado várias vezes por incitar ao ódio racial em França, lançou hostilidades. “Depois de anos de reflexão, decidi aceitar os vossos pedidos incessantes que visam empurrar-me para ser candidato à presidência do Benin (em 2026) » disse ele aos seus apoiadores, em um vídeo de dez minutos postado em suas redes sociais.
Aos 42 anos, o antigo líder de um pequeno grupo antissemita francês, que defendia a separação entre brancos e negros, um autoproclamado “pan-africanista”, transformou-se num feroz opositor beninense. No seu vídeo, aborda uma longa acusação contra o chefe de Estado, acusando-o de má governação e “perseguição” em relação aos seus adversários políticos. “Benin está passando por uma crise social sem precedentes (…) que favorece os mais ricos enquanto quase todas as pessoas vivem em condições que ultrapassam a compreensão”declara, proferindo um discurso populista em que evoca desordenadamente o destino de professores precários ou agricultores sujeitos a dificuldades económicas.
Ao lançar-se oficialmente na corrida presidencial, Kemi Seba, cujo nome verdadeiro é Stellio Gilles Robert Capo Chichi, marca uma nova etapa na sua controversa jornada. Nascido em 1982 em Estrasburgo, tornou-se conhecido no início dos anos 2000 através do seu movimento Tribu Ka, dissolvido em 2006 pelos tribunais franceses por violência, ameaças, antissemitismo e incitação ao ódio racial.
“Hostil à França”
Desde então, tem liderado um ataque constante contra os países ocidentais, sobretudo a França. Fã de golpes brilhantes, causou polêmica ao queimar, em 2017, uma nota de 5 mil francos CFA, símbolo do neocolonialismo, segundo ele. O seu discurso atinge um grande público online no continente e nas diásporas africanas. Ele tem mais de 1,3 milhão de assinantes no Facebook, 340 mil no TikTok e 290 mil no X.
As suas posições levaram-no a ser preso, expulso ou devolvido de vários países nos últimos anos, nomeadamente da Costa do Marfim, Senegal e Guiné. A sua relação com a França tornou-se tensa, até que lhe foi destituída a nacionalidade francesa em julho de 2024. Ele lidera de forma muito veemente uma actividade deliberadamente hostil à França, à sua acção e aos seus interesses no mundo, mais especialmente nos países da África francófona », justificou na altura fonte próxima do assunto. “Não há mais nacionalidade francesa? Glória a Deus. Livre estou deste fardo”, Kemi Seba reagiu. Em Outubro, suspeito de interferência estrangeira, foi levado sob custódia policial, antes de ser libertado sem ser processado.
Voz da Rússia
Desde 2020, tornou-se um fervoroso defensor das juntas do Sahel no poder no Mali, Burkina Faso e Níger, que romperam a sua aliança com a França, e ao mesmo tempo tornou-se um porta-voz da Rússia, o país patrocinador destes estados governados por os militares. De acordo com uma investigação realizada por um consórcio de meios de comunicação, ele recebeu US$ 440 mil em 2018 e 2019 do ex-chefe do Grupo Wagner, Evgueni Prigogine.
Embora o Presidente Talon tenha garantido que não irá concorrer a um terceiro mandato, as eleições presidenciais de 2026 no Benim prometem ser abertas. No entanto, nesta fase, não há garantias de que Kemi Seba consiga reunir as condições necessárias para se candidatar às eleições. Desde a reforma do código eleitoral, as candidaturas presidenciais independentes devem necessariamente ser apresentadas por um partido político e patrocinadas por pelo menos 28 funcionários eleitos, deputados ou presidentes de câmara – o que não é actualmente o caso de Kemi Seba.
A outra incógnita é o peso eleitoral que o ex-líder da tribo Ka poderia ter no Benin, onde não teve carreira política. “Kemi Seba é popular graças às suas acrobacias e ao seu discurso constante sobre o pan-africanismo. É uma frase que fala à juventude africana, mas tudo isto não dá qualquer indicação do desejo que os beninenses teriam de lhe confiar uma responsabilidade tão importante como a de chefe de Estado. Ele nunca enfrentou um teste eleitoral”, analisa Gilles Yabi, fundador do think tank Wathi.
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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