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Lula fragiliza o pacote, mas fortalece a imagem qu…

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Daniel Pereira

Desde o início do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta a resistência do presidente Lula, do chefe da Casa Civil, Rui Costa, e de setores do PT a suas ideias de corte de despesas. A oposição interna defende a tese de que o gasto público deve ser motor do crescimento econômico e diz que o programa eleito nas urnas não falava em ajustes, mas em fortalecimento de investimentos e ações sociais.

A pressão sobre Haddad é pública e notória e reduziu o alcance do novo pacote fiscal. Algumas iniciativas estudadas pela equipe econômica, como mudanças nos pisos orçamentários das áreas de saúde e educação, foram vetadas pelo presidente, que aprovou, no entanto, um teto para a política de valorização do salário mínimo, algo impensável até pouco tempo atrás.

Como ocorre desde sempre, Haddad avança em etapas, pouco a pouco, limitado pela palavra final de Lula. Diante dos holofotes, o presidente defende a cartilha pró-gastos e demoniza o mercado, enquanto o ministro faz o que pode para tentar conter o crescimento das despesas obrigatórias.

Esse roteiro deixa claro quem manda e evidencia até onde vai a influência do ministro, mas também é útil a ele, porque reforça a imagem — que o próprio Lula quer passar  — de que Haddad é mais moderado, conciliador e comprometido com o equilíbrio das contas públicas do que os petistas em geral.

Rejeição

O próprio mercado faz essa distinção entre presidente e ministro, como ficou claro na pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quarta-feira, dia 4, na esteira das queixas de investidores com o pacote fiscal anunciado pelo governo. No levantamento feito com gestores de fundos de investimentos com sede no Rio e em São Paulo, tanto Lula quanto Haddad perderam prestígio, mas a derrocada foi muito maior no caso do presidente.

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A avaliação negativa do governo Lula saltou de 64% em março para 90%, enquanto a positiva caiu de 6% para 3%. No caso de Haddad, a avaliação positiva diminuiu de 50% para 41% no mesmo período, mas, mesmo assim, continuou à frente da negativa, que passou de 12% para 24%. Outro indicador revela que o prestígio do chefe da equipe econômica não está tão arranhado como o do presidente.

Do total de entrevistados, 82% responderam que Haddad deve ser o candidato da esquerda a presidente caso Lula não concorra. O segundo mais citado, o vice Geraldo Alckmin, foi mencionado por apenas 10%.



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Frase do dia: Ciro Gomes

Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Charge do JCaesar: 05 de maio

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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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