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Macaé Evaristo defende reestruturar formação de policiais – 17/12/2024 – Cotidiano

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7 meses atrásem
Paulo Saldaña
O aumento de relatos de violência policial tem preocupado o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo Lula (PT). A titular da pasta, Macaé Evaristo, afirma que os episódios revelam problemas na formação das forças policias, e que deve haver mudanças.
Para ela, há uma realidade na qual o policial olha para o cidadão como inimigo.
Em entrevista à Folha, Macaé diz que a pasta quer participar das discussões para a reestruturações dos cursos de formação das polícias, inclusive no governo de São Paulo, onde o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) enfrenta uma crise relacionada a casos de violência envolvendo policiais militares.
“Há uma incorreção na formação das nossas forças policiais, ela não olha para cidadão brasileiro como cidadão. Olha como o inimigo”, disse.
“Nós gostaríamos e queremos muito sentar na mesa para debater a formação dos policiais. E temos com o que contribuir. Nós queremos participar, esse é o recado”, disse ela, após ser questionada sobre a situação específica de São Paulo.
Ao menos dois PMs paulistas foram presos em um intervalo de uma semana. Um deles, que estava de folga, por matar um homem com 11 tiros pelas costas.
E um outro por jogar um homem em um córrego. Ambos os casos ocorreram na zona sul e a poucos quilômetros de distância um do outro.
Na mesma esteira, policiais militares foram afastados por agredir uma idosa e por envolvimento na ocorrência que resultou no homem lançado no rio.
Há três semanas o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, 22, foi morto por um PM dentro de um hotel na Vila Mariana, zona sul da capital.
A ministra ressaltou que a reformulação do modelo de formação das policiais tem de vir acompanhada da ampliação da participação nas discussões sobre o tema. A pasta tem dialogado, segundo ela, com o Ministério da Justiça e com o Conselho Nacional de Justiça, para colaborar em futuras resoluções e orientações sobre o tema.
“A segurança pública é direito de todos, por isso precisa ter participação ampla”, diz. “Muitas vezes esse debate é capturado somente pela corporação. É importante ouvir as comunidades, ouvir os bairros, ouvir as associações comunitárias. Até para que se possa pensar na nossa capacidade de reformulação”.
As preocupações com a segurança pública sob o ponto de vista dos direitos humanos têm estado presente na pasta os últimos meses, segundo a ministra.
“A marca que eu gostaria de deixar no ministério é trazer a sociedade brasileira para refletir sobre o que é direitos humanos e sair de uma visão, para mim muito restrita e que foi construída, de que direitos humanos é uma pauta para defender bandidos”, afirma.
De acordo com ela, quando a pasta debate segurança pública é pelo entendimento de que todas as pessoas têm o direito a ela. “A gente debate porque precisa da segurança pública. Agora, a segurança pública não pode me enxergar como inimigo”.
Macaé Evaristo está à frente do ministério desde setembro, após a saída de Sílvio Almeida por causa de denúncias sobre assédio sexual. Encontrou uma pasta fragilizada pelo escândalo, incluindo denúncias internas de assédio, e desafios de orçamento.
Sob sua gestão, houve demissões e há planos de outras mudanças.
“Sobre assédio, eu preciso dizer que isso não é uma prerrogativa só do que aconteceu aqui. O assédio é uma questão que a sociedade brasileira vai ter que lidar porque, durante muito tempo, isso aconteceu só que era normalizado. Acontecia nos governos, acontecia no setor privado, acontece dentro das igrejas e a sociedade avança e por isso não é mais tolerado”, diz.
Além de trocas de equipe, Macaé afirma que uma das primeiras áreas reorganizada foi ouvidoria “para efetivamente a gente poder dar tratamento a essa situação”.
A questão orçamentária, por outro lado, ainda é desafiadora. O governo enviou ao Congresso a PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025 com previsão de aumento do valor total destinado à pasta, mas isso reflete alta de apenas uma das ações da pasta, como mostrou a coluna Painel.
A rubrica para o programa de promoção dos Direitos da População em Situação de Rua saltou de R$ 2,96 milhões em 2024 para R$ 35,6 milhões em 2025. O aumento se deu por ações previstas no Plano Nacional Ruas Visíveis.
Outras frentes tiveram reduções, como as relacionadas a crianças e adolescentes, idosos e o programa de promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+.
A ministra reforçou a importância da política voltada a pessoas em situação de rua, mas reconhece que a disponibilidade de recursos é baixa.
“Nós queremos aumentar o orçamento”, diz. “Estamos lutando lá [no Congresso] com emendas. Porque também a gente tem que dizer isso, que o orçamento hoje é um tanto capturado pelo Legislativo”.
Como a agenda dos direitos humanos perpassa outras áreas, a ministra ressaltou a intersecção com outras pastas e que muito do que poderia ser o orçamento do Ministério dos Direitos Humanos, aparece nas ações de outras pastas, como a da Saúde e da Educação.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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