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Magnata do mercado imobiliário, estrela de TV, ex-presidente – DW – 01/11/2024

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Depois de quase uma década na vanguarda da política dos EUA, o ex-presidente dos EUA Donald Trump desafiou as convenções políticas, ajudando-o a reunir o apoio dos republicanos tradicionais, dos conservadores evangélicos e dos membros da classe trabalhadora – tudo sob a aba da sua marca registada, o boné vermelho “Make American Great Again” ou MAGA.

Ao fazê-lo, o homem de 78 anos superou controvérsias pessoais e uma condenação criminal para estampar a sua marca populista de conservadorismo em todo o Partido Republicano.

A questão é se um relançamento ainda mais polarizador da marca Trump – que ampliou a retórica nativista americana, o fez sobreviver a dois tentativas de assassinatoe fez com que ex-funcionários de alto escalão o rotulassem de fascista – pode derrotar o indicado e atual do Partido Democrata Vice-presidente Kamala Harris para voltar à Casa Branca.

A chave para o poder de permanência de Trump tem sido sua capacidade de energizar uma base autoritária adormecida dentro do Partido Republicano, disse à DW Matthew MacWilliams, cientista político e estrategista da Fundação Centro de Comunicações Internacionais, pró-democracia.

Esta base executou uma “aquisição hostil” ao expurgar os dissidentes nas principais primárias do Congresso e na máquina partidária, tornando-a mais um partido de Trump do que o antigo Partido Republicano. “Se você se opõe a ele, ele o elimina, ele o expurga”, diz MacWilliams, especialista em autoritarismo, sobre os oponentes internos de Trump. “Então você começa a aprender. E então, nas primárias republicanas em 2018 e 2020, se você se opõe a Trump, você perde. Porque essa minoria de autoritários ativados vota nas primárias republicanas e eles estão controlando as primárias.”

“Você não pode convidar autoritários”, alerta MacWilliams. “Quando você fizer isso, seu partido será dominado porque eles não param, não fazem concessões.”

Donald Trump
Donald Trump em 2004Imagem: Aliança de foto/imagem Frank Franklin II/AP

De magnata do mercado imobiliário a rei de concurso e a presidente

Na década de 1980, Donald Trump estava fechando acordos para construir um império imobiliário. Na década de 1990, ele lutou contra a falência e comprou os concursos de beleza Miss Universo. Na virada do século, ele iniciou uma carreira a todo vapor na mídia com seu próprio programa de rádio e como apresentador e coprodutor de “O Aprendiz”, onde popularizou seu bordão “Você está demitido!”

Depois, voltou-se para a política e ganhou a nomeação presidencial do Partido Republicano em 2016. Como político, a sua personalidade tem sido anti-establishment com uma abordagem descarada, combativa e de vitória a todo custo.

Essa abordagem o ajudou a convencer os eleitores dos estados indecisos a impulsioná-lo à vitória sobre Hillary Clinton em 2016. Embora tenha perdido o voto popular, ele ganhou a presidência. graças ao Processo do colégio eleitoral dos EUAcom vitórias em estados vistos como antigos redutos democratas.

Angela Merkel e Donald Trump em evento de líderes do G7 em 2018 no Canadá
A icónica fotografia de um confronto entre Trump e a então chanceler alemã, Angela Merkel, aponta para a diferença de Trump nas principais questões de política externa.Imagem: Jesco Denzel/Governo Federal/dpa/aliança de imagens

Conquistas conservadoras, controvérsias políticas

Do ponto de vista conservador, Trump cumpriu uma série de metas que lhe foram estabelecidas. Ele promulgou incentivos fiscais às empresas, pôs fim ao envolvimento dos EUA no acordo nuclear com o Irão e no Acordo Climático de Paris, e alcançou uma maioria conservadora no Supremo Tribunal que acabou por anular o direito constitucional federal ao aborto nos EUA.

A amarga campanha de Trump em 2020 contra Joe Biden levou ao que foi considerado um dos dias mais sombrios da democracia americana.

Depois de perder para Biden, Trump alegou falsamente interferência eleitoral. Suas alegações nunca foram provadas e os processos judiciais não encontraram evidências de fraude generalizada.

Em 6 de janeiro de 2021, Trump reuniu apoiadores em Washington, DC, levando-os invadindo violentamente o edifício do Capitólio na tentativa de impedir a certificação da vitória de Biden.

Isso levou Trump a ser acusado e depois absolvido uma segunda vez no início de 2021. Ele já havia sofrido impeachment em dezembro de 2019 e absolvido sete semanas depois sob acusações separadas de abuso de poder e obstrução do Congresso.

Fora do cargo, Trump enfrentou vários processos judiciais. Em 30 de maio de 2024ele se tornou o primeiro presidente dos EUA condenado criminalmente depois que um júri o considerou culpado de falsificar registros comerciais no caso de “silêncio de dinheiro” de Stormy Daniels. Sentença para este julgamento foi adiado para depois das eleições de 2024.

Trump também enfrenta acusações federais relacionadas ao seu papel na rebelião no Capitólio, embora não esteja claro se ele irá a julgamento. Outros casos relacionados com conspiração para anular o resultado das eleições na Geórgia em 2020 e com o mau uso de documentos confidenciais também estão no ar.

Embora múltiplas acusações e eventuais condenações tivessem sido suficientes para pôr fim a muitas carreiras políticas, Trump afastou os seus oponentes e foi retumbantemente nomeado como candidato dos republicanos para presidente em 2024.

Donald Trump fala em um púlpito
Donald Trump em seu último grande comício no Madison Square Garden, em Nova YorkImagem: Anna Moneymaker/Getty Images

Uma campanha de polarização

Trump fez campanha com base numa plataforma conservadora, mas com posições especialmente nacionalistas e retórica sobre a migração.

Ele continua firmemente anti-imigração, tendo prometido repetidamente deportações em massa se for eleito. Os seus discursos sobre a migração evocaram uma linguagem historicamente fascista, incluindo a descrição de certos imigrantes como tendo “genes maus”. Trump também disse que os imigrantes estavam “envenenando o sangue” da América num comício em New Hampshire em dezembro de 2023, ecoando uma expressão usada pelo líder nazista alemão Adolf Hitler.

“Trump apela a um público que se sente muito desconfortável com o ritmo das mudanças sociais”, diz Robert Rowland, especialista em comunicação política da Universidade do Kansas. “E então ele amplia seu sentimento de queixa e de medo, e então ele resolve isso.”

Tal como MacWilliams, Rowland observa que a retórica de Trump tem sido um desafio para outros republicanos.

“Para o público republicano tradicional, ou eles entraram na linha ou são como os Cheneys (Dick e Liz) – os tradicionais ‘republicanos Reagan’. Eles rejeitam Trump, porque Trump já rejeitou tudo o que Reagan defendia”, disse Rowland.

No dia 5 de novembro, os eleitores irão às urnas para determinar se Trump ou Harris liderará o país durante os próximos quatro anos, naquela que ambos os candidatos consideraram a eleição presidencial mais importante da vida dos eleitores dos EUA.

Editado por Sean Sinico



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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