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Malásia luta para impedir importações de resíduos plásticos da Europa – DW – 30/10/2024

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Malásia continua a ser o segundo maior importador mundial de resíduos plásticos da UE, apesar das promessas do governo de evitar que o país se torne um depósito de lixo global.

A quantidade de resíduos de plástico importados da UE aumentaram 35% no ano passado em comparação com 2022, segundo dados do Eurostat.

A UE exportou 8,5 milhões de toneladas de papel, plástico e vidro em 2023, com mais de um quinto destinado aos lixões da Malásia.

A Indonésia e o Vietname também foram grandes importadores de produtos europeus desperdício.

Embora cerca de 90% dos resíduos da Europa sejam tratados localmente, as exportações aumentaram 72% desde 2004, de acordo com figuras do Comissão Europeia.

Críticos questionam a ética de reciclagem da UE

A UE concordou em proibir as exportações de resíduos plásticos para países fora do Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), incluindo a Malásia, a partir de meados de 2026.

A medida visa evitar que materiais como plásticos ou produtos químicos sejam enviados para países que não conseguem tratá-los adequadamente.

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Jan Dell, engenheiro e fundador do grupo de campanha The Last Beach Cleanup, disse à DW que a proibição da UE é uma “admissão” de que as exportações de resíduos plásticos são “prejudiciais e antiéticas”.

No entanto, ela criticou a UE por “aumentar enormemente a quantidade de lixo plástico que envia para a Ásia agora”.

“Enquanto a UE ensina ao mundo que tem grandes ambições verdes, é flagrantemente hipócrita e uma estratégia descarada exportar e fingir que o plástico é reciclado, em vez de proibir os plásticos descartáveis ​​ou incinerá-los em casa e contar o carbono emitido”, disse ela. adicionado.

Os estados do Sudeste Asiático importam anualmente mais de 100 milhões de toneladas de resíduos de metal, papel e plástico, avaliados em 47 mil milhões de euros entre 2017 e 2021, de acordo com um estudo. Um adiamento publicado este ano.

Quando China proibiu as importações da maioria dos plásticos e outros materiais a partir de 2018, vários países do Sudeste Asiático experimentaram um aumento nas importações. Em 2021, a Malásia tornou-se um dos maiores importadores mundiais de resíduos plásticos.

O governo da Malásia afirma há anos que pretende reduzir as importações de resíduos, mas não as proibiu formalmente, ao contrário de alguns países vizinhos.

“O governo da Malásia continua a permitir a importação de resíduos plásticos por razões económicas e por demanda da indústria de reciclagem local”, disse Hema Sulakshana, ativista de engajamento público do Greenpeace Malásia, à DW.

“No entanto, grande parte do plástico importado não é reciclável ou está contaminado, sendo eliminado em aterros ou incineração”.

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Impacto ambiental

Os ambientalistas estão divididos quanto aos benefícios do chamado economia circularque aposta na reutilização de materiais para aumentar a sustentabilidade.

Alguns vêem reciclagem como chave para reduzir o desperdício e o consumo de recursos.

A Circulate Initiative, uma organização sem fins lucrativos, estima que a recuperação e reciclagem adequada de resíduos plásticos no Sul e Sudeste Asiático poderia evitar cerca de 229 milhões de toneladas métricas de emissões de gases com efeito de estufa até 2030 – o equivalente às emissões de 61 centrais eléctricas alimentadas a carvão.

No entanto, os críticos argumentam que a reciclagem por si só é insuficiente, uma vez que muitos resíduos ainda acabam em aterros ou são incinerados, causando poluição e emissões de gases com efeito de estufa.

Em 2020, a taxa de reciclagem da Malásia foi de apenas 30%, metade da da vizinha Singapura, de acordo com várias estimativas. Infraestruturas inadequadas de gestão de resíduos agravam a poluição ambiental.

A incineração de resíduos libera dioxinas e produtos químicos perigosos na atmosfera e no abastecimento de alimentos. No ano passado, um incêndio no depósito de lixo Cam Ly, em Vietnã fez com que fumaça tóxica cobrisse partes da província de Lam Dong.

Embora a UE tenha se comprometido a proibir a exportação de alguns resíduos até 2026, isso não significa o fim total das exportações de plástico.

Os plásticos ainda podem ser exportados se certas condições forem atendidas, disse Shiori Shakuto, professor da Universidade de Sydney, à DW.

Os resíduos não plásticos, incluindo os têxteis, ainda poderão ser enviados para países não pertencentes à OCDE.

Isto preocupa os ambientalistas, uma vez que a indústria europeia de reciclagem de têxteis enfrenta desafios significativos devido a um excesso de oferta de têxteis usados ​​e à diminuição da procura nos mercados de exportação.

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Fazendo cumprir os regulamentos

A Malásia e a UE precisam de reforçar os seus reguladores para garantir que não sejam comercializados resíduos não tóxicos e, mais importante, para reduzir o lucrativo comércio ilegal de resíduos, disse Shakuto.

A Comissão Europeia estima que 15%-30% das transferências de resíduos provenientes da UE são ilegaisdestacando a necessidade de uma melhor aplicação.

“As remessas que não são rastreadas escapam aos controles e têm maior probabilidade de acabar descartadas ou tratadas de forma inadequada, aumentando os riscos ambientais. O comércio ilegal de resíduos também é uma oportunidade perdida para reutilizar e reciclar materiais”, afirmou a Comissão Europeia em comunicado.

A UE iniciou diálogos com a Tailândia, a Malásia e a Indonésia para combater o tráfico ilegal de resíduos.

Mas também é necessária uma aplicação mais rigorosa da regulamentação existente nos países importadores, especialmente porque as transferências ilegais de resíduos poderão aumentar quando as novas regras da UE entrarem em vigor.

Sulakshana, do Greenpeace Malásia, observou que o Departamento Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos da Malásia não está listado como uma “Autoridade Competente” sob a Convenção de Basileia, que regula o comércio internacional de resíduos.

“Além disso, o Departamento de Meio Ambiente não tem jurisdição para intervir quando os carregamentos de resíduos chegam”, disse ela.

“Superar estas barreiras e reforçar as políticas nacionais são essenciais para controlar eficazmente as importações de resíduos e reduzir o impacto ambiental na Malásia.”

Editado por: Keith Walker



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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