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Manifestantes da Geórgia entram em confronto com a polícia após PM suspender negociações de adesão à UE | Notícias de protestos

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O Parlamento Europeu rejeita os resultados eleitorais enquanto o presidente da Geórgia acusa Kobakhidze de travar uma “guerra” contra o seu povo.

Os manifestantes entraram em confronto com a polícia na Geórgia depois que o partido do governo anunciou que estava atrasando as negociações de adesão à União Europeia.

Milhares de pessoas manifestaram-se em frente ao parlamento na capital, Tbilisi, depois do primeiro-ministro Irakli Kobakhidze anunciado o movimento polêmico, quando a tropa de choque mascarada disparou balas de borracha e lançou gás lacrimogêneo e canhões de água contra os manifestantes nas primeiras horas de sexta-feira.

A decisão de Kobakhidze na quinta-feira veio horas depois de o Parlamento Europeu ter adoptado uma resolução não vinculativa rejeitando os resultados do eleições parlamentares disputadas em Outubro, devido a “irregularidades significativas” e apelando a uma nova votação e sanções contra altos funcionários, incluindo o primeiro-ministro.

Kobakhidze, cujo partido Georgian Dream foi criticado por alegados retrocessos democráticos e aprofundamento dos laços com a Rússia, acusou o órgão da UE de “chantagem”, dizendo que adiaria as conversações de adesão até 2028, com o objectivo de se tornar um Estado-Membro em 2030.

Ele também disse que o país recusaria qualquer subvenção orçamental da UE até ao final de 2028.

Presidente Salomé Zurabichvilium crítico pró-UE do Georgian Dream, cujos poderes são maioritariamente cerimoniais, disse que o partido do governo “declarou não paz, mas guerra contra o seu próprio povo, o seu passado e futuro”.

Nos protestos, ela confrontou a polícia, perguntando se serviam à Geórgia ou à Rússia, e criticou as detenções de manifestantes e jornalistas no evento, dizendo que estes últimos tinham sido “alvo e atacados desproporcionalmente enquanto faziam o seu trabalho”.

A polícia detém manifestantes em frente ao parlamento em Tbilisi, em 29 de novembro de 2024 (Zurab Tsertsvadze/AP Photo)

O Ministério do Interior disse na sexta-feira que 43 pessoas foram presas nos protestos, durante os quais 32 policiais ficaram feridos.

Afirmou também que alguns manifestantes atiraram fogos de artifício contra a polícia, enquanto alguns tentaram quebrar barreiras metálicas fora do parlamento.

Zurabichvili, que entrou com uma ação no Tribunal Constitucional para anular as eleições, alegando que foram fraudadas sob influência russa, permanecerá no cargo até dezembro.

Ela foi eleita por voto popular, mas as mudanças na constituição significam que o novo presidente será votado por um colégio eleitoral, atualmente dominado pelo Georgian Dream.

Esta semana, Georgian Dream nomeou político de extrema direita Mikheil Kavelashvilium antigo jogador de futebol da Premier League conhecido pelas suas declarações linha-dura e antiocidentais, para a substituir – uma medida que a UE provavelmente interpretará como mais um sinal de que o país se está a aproximar da Rússia.

A decisão de Kobakhidze de interromper as negociações de adesão à UE marca um novo ponto baixo nas relações do seu país com o bloco de 27 nações.

A UE concedeu à Geórgia o estatuto de candidata em dezembro de 2023, mas disse que uma série de leis já foram aprovadas pelo Georgian Dream, incluindo restrições a “agentes estrangeiros” – um rótulo aplicado a organizações que recebem mais de 20 por cento do financiamento do estrangeiro – e direitos LGBTQ, são de inspiração russa e constituem obstáculos à adesão à UE.

O presidente russo, Vladimir Putin, falando durante uma visita ao Cazaquistão esta semana, elogiou a “coragem e caráter” que disse que as autoridades georgianas demonstraram ao aprovar a lei sobre “agentes estrangeiros”, que os críticos nacionais compararam à legislação russa.

A Georgian Dream foi fundada em 2012 pelo oligarca bilionário Bidzina Ivanishvili, que fez fortuna na Rússia. Inicialmente foi visto como um partido pró-europeu, mas aproximou-se de Moscovo devido a acontecimentos como a guerra na Ucrânia.



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Neabi da Ufac inicia 11ª Semana em Favor da Igualdade Racial — Universidade Federal do Acre

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Neabi da Ufac inicia 11ª Semana em Favor da Igualdade Racial — Universidade Federal do Acre

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da Ufac realizou, na segunda-feira, 3, na sala Auton Peres, a abertura da 11ª Semana em Favor da Igualdade Racial e do 8º Novembro Negro, com o tema “Nada Sobre Nós Sem Nós: Acesso, Permanência e Protagonismo Negro”. A programação segue até 27 de novembro, com palestras, rodas de conversa, mesas-redondas, seminários, oficinas e exposições.

Os eventos integram as ações do Movimento Negro Educador, que desde 2015 reúne professores, estudantes e representantes de movimentos sociais do Acre em torno da promoção da igualdade racial. “O Novembro Negro constitui um espaço de visibilidade das epistemologias e dos saberes produzidos pelo Movimento Negro, contribuindo para o debate crítico sobre as relações étnico-raciais e para a ampliação da consciência negra, conforme orienta a política pública de promoção da igualdade racial”, disse a coordenadora dos eventos, professora Flávia Rocha.

A cerimônia de abertura contou com apresentação cultural do grupo Moças do Samba, formado por Nayara Saab, Carol de Deus e Sandra Bu. Estiveram presentes o vice-reitor Josimar Batista Ferreira; a vice-diretora do CCBN, Almecina Balbino Ferreira; a diretora do CFCH, Geórgia Pereira; e o coordenador do curso de História, João Paulo Pacheco.

 



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Prodgep realiza treinamento para fortalecer liderança afetiva — Universidade Federal do Acre

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Prodgep realiza treinamento para fortalecer liderança afetiva — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodgep) da Ufac promoveu, nessa terça-feira, 4, no laboratório Life, térreo do bloco do Núcleo de Tecnologia da Informação, o treinamento “Sentir para Agir”, voltado à capacitação de gestores da instituição. O encontro faz parte de uma proposta de fortalecimento da liderança afetiva, com foco na melhoria da qualidade de vida e do desempenho das equipes.

Durante a atividade, a palestrante Vanessa Vogliotti Igami destacou que o objetivo é estimular líderes já comprometidos com a universidade a desenvolverem novas habilidades emocionais, capazes de aprimorar a gestão e os resultados institucionais. “Ao cuidar do bem-estar dos líderes, melhoramos o desempenho das equipes e, com isso, toda a cadeia da educação, dos servidores aos estudantes.”

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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