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Marcelo Tognozzi | Só não viu quem não quis

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Ou os democratas fazem uma autocrítica ou serão triturados pela máquina do futuro governo republicano de Trump

Primeiro a imprensa tradicional, a mainstream media, passou toda a campanha pregando a derrota de Donald Trump. Os motivos eram os mais variados, de crimes fiscais e financeiros a mentiras e posse ilegal de documentos secretos. Exibiram o presidente eleito como demônio, o destruidor da América do amor e da inclusão social. As pesquisas de opinião mostravam Trump empatado com Kamala Harris, uma quase desconhecida candidata surgida de uma costela da inconteste senilidade do presidente Joe Biden, tirado de cena depois de perder o rumo no 1º debate.

Kamala não passou pelas primárias, não foi bombardeada com fogo amigo e chegou na disputa presidencial mais importante do planeta como quem saiu do banho. Seu oponente estava havia 4 anos no sol e na chuva, sofrera uma tentativa de assassinato, era, antes de tudo um sobrevivente. A grande mídia falava mal dele um dia sim, outro também. Dentro e fora dos Estados Unidos. O único grande jornal a moderar o vocabulário e trocar os adjetivos pelos fatos foi o Wall Street Journal. 

A democracia americana nasceu no século 18, quando o normal no mundo todo era a monarquia e o colonialismo. Inspirou a Revolução Francesa de 1789 e Thomas Jefferson (1743-1826) foi enviado como embaixador em Paris. Não é simples enganar eleitores nos Estados Unidos. O voto faz parte da cultura de um país onde a população escolhe juízes, promotores, congressistas e governantes. Kamala Harris foi convencida por Barack Obama de que uma boa conversa ganharia qualquer eleição. Perdeu achando que venceria.

Enquanto a grande maioria acompanhava a eleição americana por uma mídia intoxicada pela cultura woke, os analistas de inteligência seguiam checando as tendências por fontes de informação independentes que não brigavam com a realidade nem confundiam informação com militância. Os sites de apostas, por exemplo, forneceram informações importantes. Em 15 de outubro já estava claro que Kamala Haris derretia e as pesquisas mostravam um aumento significativo da sua rejeição.

Enquanto Trump falava de prosperidade para a classe média americana, hispânicos e negros, conversando sobre seus problemas numa linguagem direta, criticando a inflação, a insegurança e explorando a falta de confiança da maioria no governo democrata de Joe Biden, Kamala Harris tratava as pessoas a partir de uma visão distorcida da realidade com um discurso focado em raça, gênero e imigração.

Os democratas, especialmente no pós-Obama, adotaram um discurso no mínimo soberbo, de que são os únicos capazes de entender o que é melhor para as pessoas. Agem como se tutores fossem e tratam o respeitável público como um bando de incapazes. Querem interferir na liberdade de expressão, propondo alterar a 1ª emenda da Constituição, que trata de liberdade de expressão, como deseja a senadora Elizabeth Warren de Massachusetts. Tanto ela quanto o senador Bernie Sanders, ícone da esquerda, defendem maior controle de redes sociais. Falam para meia dúzia de votos, porque este tipo de discurso não sensibiliza o eleitor médio. 

Os democratas erraram muito nos últimos anos, especialmente quando apoiaram leis pelas quais furtos de até US$ 900 são permitidos. Estados como a Califórnia e Pensilvânia, neste último Trump venceu, passaram a viver um verdadeiro caos no comércio. Outro dia um amigo estava comprando uma camisa em Nova Iorque quando um sujeito entrou na loja e levou 3 calças sem que ninguém pudesse fazer nada. Revolta geral, que une tanto os trabalhadores quanto os empresários, porque todos perdem, enquanto um comércio paralelo floresce.

Portanto, só não enxergou as chances de Trump dar um baile a quem não quis. Este jornalismo cada vez mais opinativo e menos comprometido com a realidade está levando a uma decadência brutal. As pessoas simplesmente não acreditam mais nos jornalistas. 

Aqui no Brasil a turma passou todo o 2º turno de São Paulo achando que Guilherme Boulos tinha alguma chance contra Ricardo Nunes, quando os números mostravam claramente o contrário. Os 1,7 milhão de votos de Pablo Marçal migraram direto para Nunes, jamais iriam para a esquerda. 

Agora, na eleição americana foi igual. Passaram toda a campanha tentando convencer as pessoas a votar em Kamala Harris, quando o eleitor estava mais preocupado com seu emprego, seu cartão de crédito e sua hipoteca do que com as pautas identitárias desta “new left” (nova esquerda, em inglês) que afundou o partido democrata. Ou os democratas fazem uma boa autocrítica e se reinventam, ou serão triturados pela máquina de um governo com maioria na Câmara, no Senado e na Suprema Corte.

Se os Republicanos estão voltando ao governo da nação mais rica do planeta é porque tiveram a sensibilidade de sintonizar com o eleitorado. Aqui no Brasil, não foi diferente nas eleições municipais, onde a esquerda perdeu até num estado por ela governado, como o Rio Grande do Norte. O Brasil votou na centro-direita. Tanto aqui, como nos Estados Unidos, a crise passa pela confiança. 

Lá no Norte, esta crise varreu os democratas do poder. Aqui ela segue firme e forte, alimentada por um governo cada vez mais perdulário, com deficits recordes nas estatais, mais impostos e cada vez menos entregas. Enquanto a centro-direita aposta na prosperidade, nas novas relações de trabalho e na autonomia das pessoas, a esquerda segue a velha cartilha de querer controlar tudo e todos. Talvez seja um pouco tarde para mudar isso, porque dentro de mais 3 ou 4 meses a campanha presidencial estará nas ruas.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



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