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Meta é quem remove conteúdo, diz agência de checagem – 08/01/2025 – Tec

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7 meses atrásem
Pedro S. Teixeira
A Meta nunca deu aval para que checadores removam conteúdo ou diminuam alcance de publicações, diz a CEO da agência de checagem Lupa, Natália Leal.
“As punições são responsabilidade da Meta. O que fazemos é indicar se um conteúdo é falso”, diz. A big tech, então, decide o que remove ou bloqueia, de acordo com as diretrizes da comunidades. “A Meta nem nos avisa o que faz”, diz Leal.
Além de encerrar a parceria com agências de checagem nos Estados Unidos, a Meta mudou as regras para remoção de conteúdo e abriu exceções para insultos contra pessoas LGBTQIA+ e imigrantes.
Segundo a CEO da Lupa, as agências priorizam “assuntos que viralizem e coloquem em risco a saúde pública, como publicações relacionadas à vacinação durante a pandemia, ou que ameacem instituições ou a própria democracia, como ocorreu no caso das urnas eletrônicas”.
As agências consideram três princípios: quem fala, o que está sendo falado e qual é o alcance dessa fala. Todas as parceiras da Meta no chamado 3FCP (Third-party Fact-Checking Program) eram signatárias dos termos do IFCN (Internacional Fact-Checking Network), entidade que atesta o apartidarismo e o rigor metodológico dos associados.
Segundo Leal, o lançamento do programa em 2016 foi uma forma de a Meta garantir mais informação ao usuário “sem se responsabilizar pela arbitragem do que era verdadeiro ou falso”. A Lupa foi uma das primeiras parceiras locais da Meta, quando a empresa procurou colaboradoras no Brasil em 2018.
De acordo com posicionamento da diretora do IFCN, Angie Holan, publicado no X (ex-Twitter), as parceiras americanas da big tech receberam a informação do fim do programa poucos minutos antes de o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, publicar o vídeo sobre as mudanças na política de moderação.
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As alterações começaram a valer nos Estados Unidos na terça-feira (7) e, segundo texto assinado pelo vice-presidente de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, serão expandidas para outros países.
Além de encerrar o programa, Zuckerberg criticou o trabalho das agências de checagem. “Os checadores são muito enviesados politicamente e mais destruíram confiança do que criaram, sobretudo nos EUA”, afirmou em vídeo divulgado no Instagram.
Para Leal, o grande receio é que esse discurso reacenda o cenário de ameaças contra profissionais de checagem observado no ano de 2018.
Nesse período, a fundadora da Lupa, Cristina Tardáguila, recebeu mensagens ameaçadoras contra ela e sua família. No mesmo ano, a atual CEO da agência atendeu a um telefonema intimidador, após encerrar a cobertura de um debate eleitoral por volta das 3h.
“Ele disse que nosso trabalho era um lixo e que a gente não deveria ficar surpreso se algum dia, quando a gente saísse de madrugada do escritório, alguém com uma faca estivesse nos esperando”, afirmou.
A Lupa não recebeu informações sobre o fim do 3FCP no Brasil e vai continuar cumprindo o contrato que mantém com o conglomerado de redes sociais. “Nada muda para nós, temos uma posição que sempre foi crítica com relação à Meta, que nunca interferiu editorialmente no nosso trabalho”, diz Leal.
A empresa reconhece que o programa da Meta permitiu que a agência contratasse jornalistas e tivesse acesso a ferramentas de análise do tráfego nas redes sociais, para identificar os conteúdos virais.
“A Lupa é hoje uma empresa financeiramente saudável, que não depende da meta, mas muitas organizações foram fundadas desde 2016 para operar exclusivamente nesse programa e agora estão em risco”, diz a CEO.
“Sem o 3FCP, deve haver uma diminuição no número de atores que fazem checagem no mundo todo, e não sabemos qual será o impacto disso para as democracias e a integridade da informação”, complementa.
O trabalho de identificar potenciais violações às normas da Meta passará a ficar sob responsabilidade dos usuários, em um modelo de notas da comunidade, similar ao que Elon Musk implementou no X (ex-Twitter).
As notas são propostas e redigidas por usuários voluntários, que precisam se inscrever previamente, e não são editadas pelas equipes do X. Outros usuários depois avaliam se o conteúdo é útil e, se o comentário tiver votos o suficiente, passa a aparecer abaixo da publicação sob dúvidas.
“Se a gente tem um programa que vai depender dos usuários, esses usuários vão passar mais tempo nessas plataformas e vão passar por uma maior exposição a publicidade —é uma conta muito simples onde isso vai parar, é uma questão de dinheiro“, diz a gestora da Lupa.
Para ela, falta ainda ao público em geral um treinamento para checar fatos de maneira eficiente. “O usuário tem menos ferramentas, conhecimento digital e educação midiática, além de nenhuma metodologia, para fazer esse trabalho.”
Levantamento da Lupa realizado em 2023 mostra que só 8% das notas da comunidade do X eram exibidas ao restante das pessoas na plataforma.
“A Lupa, através de repórteres e alguns editores, solicitou acesso para poder ranquear e produzir notas da comunidade, entendendo isso como uma contribuição para o ambiente do X e nunca recebemos autorização para contribuir com o programa”, recorda Leal.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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