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Meu marido ‘era forte e cheio de saúde’, diz esposa do assessor parlamentar que morreu por Covid-19

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Dirceu Sobrinho morreu no domingo (17) e foi enterrado no mesmo dia. ‘Não tem como explicar o tamanho dessa dor’, diz Samara Nascimento.
Capa: Mulher de assessor parlamentar que morreu por Covid-19 no AC diz que marido ‘era forte e cheio de saúde’ — Foto: Arquivo pessoal.
Dirceu Sobrinho, de 61 anos, colecionava amigos e sempre tinha uma boa história para contar. O assessor parlamentar morreu neste domingo (17) em Rio Branco após lutar contra a Covid-19. As milhares de postagens em sua página no Facebook mostram o quanto ele era querido e sempre gostava de estar entres os amigos.
Natural de Pirapora, município de Minas Gerais, Dirceu fez morada no Acre há quase três décadas. Nos últimos seis anos, dividia a vida com a mulher Samara Nascimento, de 31 anos. Ele deixou ainda quatro filhos.
“É uma dor imensa perder uma pessoa tão alegre, que se dava com todo mundo. O que sei é que ele amava viver. Tinha um coração imenso”, relembra a mulher.
O último contato visual que Samara teve com o marido foi no último dia 2, quando deu entrada na UPA para ser internado. Ela contou que dias antes da internação, eles já tinham procurado uma unidade de saúde, que havia diagnosticado que Dirceu estava com dengue.
A mulher conta que ele chegou a tomar o medicamento contra a doença, mas o quadro se agravava conforme os dias passavam.
“Falaram que ele estava com gripe e dengue. Então, ele veio para casa e foi ficando pior com o passar do tempo. Até que ele foi ficando com falta de ar e aí ele deu entrada na UPA do 2º Distrito. Quando a gente foi, ele já sabia que ficaria internado”, relembra.
O exame que atestou positivo para Covid-19 saiu no dia 4. Ele ficou na UPA do Segundo Distrito até o dia 11, quando foi entubado e levado para o pronto-socorro de Rio Branco. No PS, ele ficou cerca de dois dias na enfermaria e logo precisou ir para a UTI, onde morreu.
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Dirceu experimentava há pouco mais de dois anos a sensação de ser avô de primeira viagem — Foto: Arquivo pessoal
Avô de primeira viagem
Há pouco mais de dois anos, o assessor também experimentava uma das melhores sensações: a de segurar a primeira netinha nos braços. Ísis Valentina, de 2 anos e 4 meses, teve direito a todos os mimos de um avô de primeira viagem, dedicado e coruja.
Dieny Veríssimo, filha de Dirceu, lembra de como o pai era carinhoso e amável.
“O pai era uma pessoa cheia de vida, alegre e contagiava a todos. Amava a netinha, que era a primeira. Também era apaixonado por curiós e sempre foi muito prestativo e amável com todos ao redor. Não existia ambiente triste quando ele estava presente. Adorava viver e aproveitava ao máximo”, lembra com saudade.
Despedida
A parte mais difícil, segundo Samara, é não poder se despedir e também por ter ouvido a voz do marido de forma rápida nos últimos dias ainda quando estava na enfermaria.
“A gente mantinha contato por telefone o tempo todo. Eu sempre ia deixar o café, almoço e janta todos os dias”, conta ao descrever como foi os últimos dias sem poder acompanhar o marido na unidade.
Apesar de ser hipertenso, o que agrava o quadro clínico em caso de Covid-19, a mulher conta que Dirceu era “forte e cheio de saúde”. E tenta, mesmo que seja impossível, expressar a dor de presenciar um velório e enterro solitários logo para Dirceu, sinônimo de casa cheia e tantos amigos.
“É exatamente isso que mais dói. Entre morte e enterro é tudo muito rápido. Ele foi enterrado ontem [domingo,17] mesmo. Então, não tem como explicar o tamanho dessa dor, de não ter visto mais ele desde o dia que entrou naquela UPA”, finaliza emocionada.
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Mestrado em Geografia da Ufac integra projeto de pesquisa em rede — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
7 de maio de 2025
O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac integra a equipe do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”.
O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.
O coordenador-geral do projeto é o professor Gustavo da Frota Simões, do programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. A proposta de pesquisa tem por objetivo geral analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.
Objetivos específicos do projeto
– Apresentar uma política pública de segurança integrada na faixa de fronteira, ancorada na realidade da Pan-Amazônia.
– Avaliar o impacto das migrações internacionais e demais fluxos de mobilidade humana na faixa de fronteira sob uma ótica de segurança.
– Discutir o conceito de segurança integrada e sua relação com a segurança humana e o desenvolvimento sustentável.
– Estudar como os crimes transfronteiriços e ambientais afetam a segurança humana das comunidades indígenas da região pan-amazônica.
6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações
O coordenador-geral do projeto, Gustavo da Frota Simões, e o professor Tássio Franchi reuniram-se com os professores do MGeo e a administração da Ufac de 31 de março a 3 de abril. A pauta da reunião foi o projeto e a realização do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações, que ocorre em 24 e 25 de junho, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede da Ufac.
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Em parceria com Exército, Ufac capacita alunos para desafios na selva — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
6 de maio de 2025
A professora Karlla Barbosa Godoy, do Centro Multidisciplinar do campus Floresta da Ufac, em parceria com o Comando de Fronteira Juruá/61º Batalhão de Infantaria de Selva (CFron Juruá/61º BIS), conduziu atividades no âmbito da disciplina Técnicas de Campo, envolvendo alunos dos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Ciências Biológicas. A ação ocorreu no sábado, 3, e no domingo, 4, no CFron Juruá/61º BIS, em Cruzeiro do Sul.
A proposta foi capacitar os participantes para atuar com segurança em ambientes de selva, desenvolvendo habilidades de sobrevivência, orientação, obtenção de recursos naturais e primeiros socorros em condições adversas.
“A iniciativa demonstra o firme compromisso da Ufac em oferecer aos seus acadêmicos uma formação integral e alinhada com as particularidades do bioma amazônico”, justificaram os organizadores. “Ao vivenciarem situações práticas, os estudantes internalizam conhecimentos e desenvolvem habilidades que os tornarão profissionais mais capacitados e conscientes da realidade local.”
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