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Ministro canadense diz que ‘nem todos são bem-vindos’ em meio à ameaça migratória de Trump | Canadá

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7 meses atrásem
Leyland Cecco in Toronto
O ministro da Imigração do Canadá disse que “nem todos são bem-vindos” no país, enquanto as autoridades se preparam para um aumento de migrantes quando Donald Trump regressa à Casa Branca com a promessa de realizar deportações em massa.
O aviso do ministro, sete anos depois de Justin Trudeau ter prometido que “os canadianos acolherão” os requerentes de asilo, reflecte uma mudança radical de tom no meio da diminuição do apoio à imigração e à reinstalação de refugiados no país, segundo especialistas em migração.
Trump prometeu decretar a maior deportação em massa do país quando assumir o cargo em janeiro. O alto funcionário que ajuda a supervisionar a política, Tom Homan, disse na segunda-feira que a nova administração terá como alvo aqueles que vivem ilegalmente nos EUA e que consideram uma ameaça à segurança pública.
Mas espera-se que o efeito destas políticas leve muitas pessoas nos EUA sem documentação a fugir para norte e a atravessar áreas não patrulhadas da fronteira de 8.500 milhas.
Em declarações ao Globe and Mail, o ministro da Imigração, Marc Miller, disse que o seu governo “agirá sempre no interesse nacional… para garantir que as nossas fronteiras são seguras, que as pessoas que chegam Canadá fazê-lo de forma regular e a realidade de que nem todos são bem-vindos aqui”.
Durante o primeiro mandato de Trump, dezenas de milhares de haitianos fugiram para o Canadá depois que o presidente encerrou o status de proteção temporária para o grupo.
Na época, Trudeau postou nas redes sociais: “Para aqueles que fogem da perseguição, do terror e da guerra, os canadenses irão recebê-los, independentemente da sua fé. Diversidade é a nossa força #Bem-vindoaoCanadá.”
A polícia federal do Canadá afirma ter planos para lidar com um novo aumento nas travessias que está sendo preparado há “vários meses”. A vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland, disse que o seu governo “reconhece absolutamente (d) a importância da segurança das fronteiras e de controlar a nossa própria fronteira, de controlar quem entra Canadá e quem não tem”.
Mas os especialistas em migração afirmam que a mensagem dura do governo sobre a segurança das fronteiras antes de uma possível crise humanitária reflecte uma abdicação das suas responsabilidades morais e da convenção dos refugiados.
“A primeira e única resposta do Canadá ao que pode ser uma perseguição num país vizinho é: ‘Como podemos evitar que as pessoas fujam para o nosso país?’ É certamente familiar, não surpreendente e decepcionante”, disse Audrey Macklin, professora de direito da Universidade de Toronto.
Ao abrigo da Convenção dos Refugiados, um país não pode recusar um requerente de asilo se este tiver um receio fundado de perseguição no seu país de origem. Até 2005, as pessoas que tentavam pedir asilo podiam fazer pedidos nos portos de entrada, mas um acordo EUA-Canadá promovido pelo Canadá tornou isso mais difícil. Esse pacto, o Acordo de Terceiro País Seguro, permitiu que o Canadá enviasse os requerentes de volta aos EUA e vice-versa.
“A ideia era não os enviar de volta para o país onde temem perseguição. Você está apenas enviando-os para os Estados Unidos. Assente no acordo está a ideia de que os Estados Unidos são um país seguro para as pessoas procurarem e obterem protecção de refugiados”, disse Macklin, que anteriormente serviu como membro do Conselho de Imigração e Refugiados.
Recente mudanças no acordo tornaram mais difícil fazer pedidos de asilo quando viajam dos Estados Unidos para o Canadá, o que significa que as famílias tomarão rotas cada vez mais perigosas – um “imenso programa de estímulo ao emprego para contrabandistas”, disse Macklin.
De acordo com a regra atual, uma pessoa pode fazer um pedido de asilo se permanecer sem ser detectada no Canadá por 14 dias.
“O Canadá e os Estados Unidos criaram um mercado para contrabandistas ao tornar impossível pedir protecção de refugiados num porto de entrada, porque se pudessem, se as pessoas pudessem fazer isso, não precisariam, não usariam contrabandistas, — disse Macklin. “E agora as pessoas vão ter que pagar ao contrabandista para escondê-los durante 14 dias.”
Macklin disse que o Canadá deveria rever o acordo se quiser dissuadir as pessoas de fazerem viagens perigosas para o norte.
“Se alguém realmente se importasse com os danos causados aos requerentes de asilo, se alguém estivesse absolutamente preocupado com o seu bem-estar, não os forçaria a entrar num sistema onde são obrigados a utilizar os serviços de contrabandistas ou os traficantes tomam rotas arriscadas que os arriscam a serem feridos. , congelamento de membros e outras formas de perigo, eles veriam que o Acordo de Terceiro País Seguro foi concebido para infligir danos”, disse ela.
“O que estamos a ver agora é o resultado totalmente previsível de uma política deliberada e intencional que o Canadá seguiu durante décadas.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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