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Moradores da zona rural de Rio Branco fecham Terminal Urbano por falta de ônibus e melhoria em ramais

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Moradores do Quixadá, Boa Água, Limoeiro, Colibri e Oriente, na zona rural de Rio Branco, fecharam a entrada do Terminal Urbano e do Canal da Maternidade, no Centro da capital, nesta segunda-feira (10). O grupo protesta pela falta de ônibus e por melhorias nas condições dos ramais. O trânsito na área central ficou congestionado. O ato durou cerca de uma hora e o terminal foi aberto por volta das 7h40.

O presidente do Quixadá, Antonino Torres Cabreiro, disse que a empresa tirou o ônibus da região na última sexta-feira (7) e não avisou para a comunidade.

“Teve gente que tinha médico e perdeu, todo mundo sabe que para a gente marcar uma consulta é um sacrifício, tinha gente que vinha para o trabalho e chegou atrasado. Essa questão de ramal não é só na nossa comunidade, os ramais do município de Rio Branco não têm um que preste e já tem um ano do nosso prefeito. Na campanha, ele divulgou uma coisa e depois que assumiu está fazendo outra, nós da agricultura familiar estamos abandonados”, reclamou o morador.

Ainda segundo Cabreiro, as cinco comunidades rurais são afetadas pela falta de ônibus e também pelas condições dos ramais. “Isso está afetando mais ou menos umas 1,5 mil famílias, onde todas vivem da terra, nós precisamos do ramal para tirar nossos produtos e precisamos também dos ônibus, tem muita gente que carrega esses produtos nos ônibus.”

Grupo reclama que ônibus foi retirado na última sexta (7) sem que comunidade fosse avisada — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica

Grupo reclama que ônibus foi retirado na última sexta (7) sem que comunidade fosse avisada — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica

A presidente da comunidade Colibri, Antônia Benedita de Oliveira disse que por conta da situação dos ramais da região foi preciso cancelar a feira que a comunidade participava, porque não tem como retirar os produtos da região.

“É muito complicado. Eu, como liderança da comunidade Colibri, tive que trancar a feira porque quando chove o caminhão da Safra não vai pegar a gente, então sem tirar o produto, se estraga. O prefeito prometeu que ia melhorar esse ramal, mas não fez nada. Está muito ruim a situação, estamos isolados, todo mundo lá está prejudicado. Pedimos que olhem com atenção para a gente”, disse a moradora.

Retorno de 11 linhas

Em meio à crise no transporte coletivo, a Prefeitura de Rio Branco determinou que duas das empresas que operam na capital fiquem responsáveis por 11 linhas que foram “abandonadas” pela empresa Auto Viação Floresta.

Segundo o diretor de Transportes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans), Clendes Vilas Boas, a partir desta segunda-feira (10), todas as 11 linhas que estavam paradas voltaram a operar na capital.

Atuam no sistema de transporte da capital as empresas Auto Viação Floresta e o Consórcio Via Verde, formado pelas empresas São Judas Tadeu e Via Verde, conforme contrato 004/2004.

Em dezembro do ano passado deixaram de circular ônibus de pelo menos oito linhas (Amapá; Seis de Agosto/Judia; Belo Jardim I e II; Irineu Serra; Bahia/Carandá; Cabreúva/Aeroporto Velho; Floresta; Wanderley Dantas). E, na última sexta-feira (7), mais três pararam de funcionar.

Ao todo, Rio Branco possui 42 linhas, sendo que dessas, 31 ficavam sob responsabilidade da empresa Auto Viação Floresta e, segundo a RBTrans, a empresa “abandonou” 11 dessas linhas. Com a convocação para que as outras duas empresas atendam a essa demanda, agora o Consórcio Via Verde passa a operar em 22 linhas.

Protesto no Terminal Urbano nesta segunda-feira (10) — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica

Protesto no Terminal Urbano nesta segunda-feira (10) — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica

Entre as linhas que devem voltar a operar na segunda estão:

  1. 102 Taquari/Praia do Amapá
  2. 105 Amapá
  3. 106 Seis de Agosto/Canaã/Judia
  4. 117 Belo Jardim I e II
  5. 134 Baixa Verde
  6. 205 Irineu Serra
  7. 303 Bahia/Palheiral/Carandá
  8. 304 Aeroporto Velho/Cabreúva
  9. 402: Floresta/Shopping
  10. 703 Wanderley Dantas
  11. 705 Quixadá

 

“Eles vêm causando problemas há muitos anos e essa gestão está aplicando as multas, autuando e foi decretado emergência no transporte tendo em vista esse caos. O próprio contrato das empresas diz que na falta de uma, a outra é obrigada a operar. Então, nós convocamos na forma da lei, eles responderam que também estavam tendo dificuldades, mas nós chegamos ao entendimento que eles, provisoriamente, ficariam atendendo a essas linhas até que outras providências que estão sendo tomadas venham sanar toda essa situação do transporte em Rio Branco“, disse Clendes Vilas Boas.

Intervenção e situação de emergência

 

Após decretar situação de emergência no transporte público, o prefeito Tião Bocalom publicou, em dezembro do ano passado, o decreto de intervenção operacional e financeira no Sistema Integrado de Transporte Urbano de Rio Branco (Siturb) e no Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Estado do Acre (Sindicol).

O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), tem validade de 120 dias e pode ser prorrogado por igual período. Durante estes quatro meses de transição, determina que as empresas são obrigadas a manter as frotas em circulação.

“A intervenção ocorre pelo descumprimento das concessionárias no adimplemento de suas obrigações tributárias, previdenciárias e trabalhistas, bem como as péssimas condições de prestação dos serviços e afasta toda e qualquer ingerência do Sindicol ou das concessionárias na administração dos bens e serviços prestados pelo Sindicol e faculta a requisição pelo município, de todo acervo material, bem como de todo pessoal necessário à execução eficiente do sistema de geração de créditos, venda, recebimento, controle e repasse dos créditos tarifários do Siturb”, diz o decreto.

Com essa suspensão, Tião Bocalom decretou situação de emergência e anunciou contratação de outras empresas para prestar o serviço em Rio Branco.

O motivo da retirada dos carros, segundo o Sindicato dos Transportes do Acre (Sinttpac), seria por falta de diesel e as linhas não estão sendo suficientes para pagar o combustível.

Moradores enfrentam espera de até duas horas — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre

Moradores enfrentam espera de até duas horas — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre

Demora

Com a retirada de alguns ônibus, os moradores que dependem do transporte público chegam a esperar por até duas horas por um ônibus.

O prefeito Tião Bocalom afirmou que o transporte público é “péssimo” e que está tentando contratar outras empresas, mas que nenhuma mostrou interesse em operar na cidade. A prefeitura deve publicar um edital para que novas empresas possam concorrer e assumir as linhas que foram deixadas pela Viação Floresta.

Crise no transporte público

A crise no transporte público em Rio Branco se arrasta desde 2020. Assim que assumiu, Bocalom afirmou que não iria repassar nenhum valor extra para as empresas de ônibus que atuam na capital e que elas deveriam arcar com os prejuízos que tiveram durante a pandemia.

O posicionamento do prefeito se deu porque a gestão anterior, de Socorro Neri, chegou a cogitar o pagamento de um aporte financeiro de R$ 2,5 milhões para essas empresas.

Após essa decisão de Bocalom, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Acre (Sindcol) chegou a entrar com uma ação para tentar receber o valor, mas a Justiça do Acre indeferiu o pedido.

Em meio à essa crise, motoristas de ônibus fizeram protestos, paralisaram atividades e a população precisou buscar outras alternativas para o transporte. No entanto, após várias manifestações, os trabalhos da categoria foram retomados.

Em setembro deste ano, os vereadores começaram os trabalhos de escolha dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte público municipal. A CPI, que é responsável por apurar os problemas relacionados ao transporte na capital, só deve ser retomada em 2022.

Na última semana, os motoristas de ônibus fizeram uma paralisação, no Terminal Urbano. A categoria alegava que estar com os salários dos meses de outubro, novembro e décimo terceiro atrasados. O serviço só foi normalizado apenas na parte da tarde.

Redução de passagem e aporte

Em outubro, o novo valor da passagem de ônibus foi para R$ 3,50. A tarifa foi reduzida após indicação do Conselho Municipal de Transportes Públicos do Município de Rio Branco e a sanção do prefeito Tião Bocalom.

A lei sancionada dependia da aprovação de um outro projeto, que ocorria de forma paralela, e foi publicado na semana passada. A lei que autoriza o repasse de mais de R$ 2,4 milhões para as empresas de ônibus para o pagamento em atraso dos trabalhadores.

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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

A Rede Educanorte é composta por universidades da região amazônica que ofertam doutorado em Educação de forma consorciada. A proposta é formar pesquisadores capazes de compreender e enfrentar os desafios educacionais da Amazônia, fortalecendo a pós-graduação na região.

Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”

Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.

Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.

Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.

Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”

A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.

Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.



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