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Moraes convoca Mauro Cid para ser ouvido sobre delação – 19/11/2024 – Poder

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Cézar Feitoza

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para esta quinta-feira (21) uma audiência com o tenente-coronel Mauro Cid para discutir os termos de sua delação premiada.

A Policia Federal enviou nesta terça-feira (19) um relatório ao ministro dizendo que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tem descumprido cláusulas do acordo.

A expectativa é que Moraes decida em seguida se a colaboração será mantida. A eventual anulação da delação deve manter válidas as provas e os depoimentos do militar, mas Cid pode perder os benefícios obtidos no acordo.

Moraes já enviou o relatório para a PGR (Procuradoria-Geral da República), que deve se manifestar sobre a manutenção da colaboração do militar.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro prestou novo depoimento à PF nesta terça sobre as investigações de tentativa de golpe. A oitiva durou cerca de três horas. Cid deixou a sede da corporação no início da noite, acompanhado pelo advogado Cezar Bittencourt.

A defesa do militar disse à Folha não ver razões para se questionar a validade da delação de Cid. “Eu devo ser ouvido, mas não vejo motivo. Afinal de contas, ele está cumprindo a parte dele, colaborou com a Justiça e está contribuindo há um ano e meio”, disse Bittencourt.

O advogado de Cid afirmou ainda que o depoimento desta terça ficou “meio em aberto”. “Parece que a polícia não tinha o que perguntar”, disse.

“O Cid não teve, não tem e nem terá interesse em derrubar governo nenhum. Ele não ganhava nada com isso. Se existiu esse movimento na época? [Eles] Conversaram, mas conversaram lá em dezembro e janeiro. Não tem nada de especial, nada de novo”, completou.

A avaliação na PF é que Cid tem omitido informações e dificultado a investigação, contrariando o próprio acordo firmado com o militar. O descontentamento dos investigadores aumentou porque, segundo eles, o tenente-coronel apagou mensagens e arquivos do celular considerados importantes para a investigação.

O ofício da corporação foi enviado para o Supremo no início da noite e teve como base o depoimento de Cid prestado nesta terça. Mais cedo, a Polícia Federal avançou nas investigações sobre os planos golpistas no fim de 2022, em operação que prendeu cinco pessoas suspeitas de planejar o assassinato de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes.

Pessoas próximas a Cid afirmaram à Folha, sob reserva, que o militar nega ter omitido informações dos investigadores ou mesmo apagado provas. A justificativa dada é que, na função de ajudante de ordens, ele recebia dezenas de documentos por dia e apagava o que considerava pouco importante.

Cid também disse que não sabia do plano golpista elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.

Rodrigues foi um dos presos em operação da PF nesta terça contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que, segundo as investigações, planejou um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula.

A operação mirou militares com formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”.

Moraes homologou a delação de Cid com a PF em 9 de setembro de 2023. No mesmo dia, o militar foi solto da prisão e autorizado a responder às investigações de casa.

O acordo prevê que o tenente-coronel terá de colaborar com as autoridades, com disposição para prestar longos depoimentos, detalhar todas as informações que teve acesso e direcionar caminho para obtenção de provas.

Em contrapartida, o fardado ganhou o direito de deixar a prisão e cumprir medidas menos restritivas. As eventuais penas pelos crimes cometidos por ele, nesse cenário, deveriam ser menores.

Cid aceitou a proposta da PF de fechar uma colaboração premiada após o pai do militar, o general da reserva Mauro Lourena Cid, ser alvo de buscas da corporação. Ele é investigado por auxiliar na venda de presentes de Estado para benefício do ex-presidente.



Leia Mais: Folha

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Ufac sediará 57º Fórum Nacional dos Juizados Especiais — Universidade Federal do Acre

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Ufac sediará 57º Fórum Nacional dos Juizados Especiais — Universidade Federal do Acre

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino ao receber a visita da juíza de Direito Evelin Bueno, coordenadora da comissão organizadora do Fórum Nacional dos Juizados Especiais (Fonaje) e representante do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). O encontro ocorreu nesta terça-feira, 7, no gabinete da Reitoria, campus-sede.
A reunião teve como objetivo discutir uma possível parceria entre o TJ-AC e a Ufac para a realização do 57º Fonaje, previsto para ocorrer entre os dias 27 e 29 de maio de 2026, em Rio Branco. O evento é um dos maiores do Poder Judiciário brasileiro e reúne magistrados, professores e profissionais do direito de todo o país para debater e aperfeiçoar o sistema dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
Carlos Paula de Moraes manifestou apoio à proposta e ressaltou que a universidade busca fortalecer parcerias institucionais em eventos de relevância nacional. “A Ufac tem compromisso social e coloca sua estrutura à disposição para iniciativas que promovam conhecimento e integração. Essa parceria reforça o papel da universidade como espaço de cultura, ciência e diálogo com a sociedade.”

Durante a conversa, a juíza Evelin Bueno destacou a importância de o Acre sediar, pela primeira vez, um evento dessa dimensão. “Em 30 anos de existência, o Fonaje nunca foi realizado no Acre. Será uma oportunidade para mostrar a competência dos profissionais do Estado e a qualidade do nosso sistema jurídico.”
Ela explicou que a comissão organizadora pretende realizar o encontro no campus-sede, utilizando o Teatro Universitário e o Centro de Convenções, pela estrutura e localização adequadas. “A Ufac é o espaço mais apropriado para um evento dessa natureza. Além da parte científica, queremos agregar uma programação cultural e gastronômica que valorize as potencialidades do Acre e proporcione uma experiência completa aos visitantes.”

Ao final da visita, ficou definido que o TJ-AC encaminhará, nos próximos dias, o pedido formal de reserva dos espaços da Ufac para a realização do evento em 2026. Neste ano, o 56º Fonaje ocorrerá de 12 a 14 de novembro, em Porto Alegre, sediado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). O tema do evento será “Resgate dos Ritos dos Juizados Especiais e os Desafios Atuais”.

 



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PET-Educação Física resgata jogos e brincadeiras no Taquari — Universidade Federal do Acre

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PET-Educação Física resgata jogos e brincadeiras no Taquari — Universidade Federal do Acre

O Programa de Educação Tutorial (PET) de Educação Física da Ufac realiza o projeto de extensão Resgatando Jogos e Brincadeiras Tradicionais, no Taquari, em Rio Branco, em parceria com a Igreja Batista do bairro, a qual cede o espaço e materiais para as atividades, que iniciaram em julho deste ano.

Estudantes de Educação Física trabalham com crianças e adolescentes no bairro, visando resgatar jogos e brincadeiras que fazem parte da memória cultural de diferentes gerações, proporcionando momentos de lazer, socialização e desenvolvimento motor, além de favorecer a convivência coletiva e a transmissão de saberes populares e tradicionais.

“Ao unir esforços entre universidade, comunidade e instituições locais, o PET-Educação Física desempenha um papel importante na extensão universitária ao promover a valorização cultural e o bem-estar social de crianças e adolescentes, ao mesmo tempo em que contribui para a formação cidadã dos acadêmicos envolvidos”, comentou a tutora do PET-Educação Física, professora Eliane Elicker.

 



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Hospital Sírio-Libanês faz encontro na Ufac sobre melhoria do SUS — Universidade Federal do Acre

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Hospital Sírio-Libanês faz encontro na Ufac sobre melhoria do SUS — Universidade Federal do Acre

A Ufac sediou a cerimônia de abertura do Encontro Regional para Apresentação dos Projetos de Intervenção, promovido pelo Hospital Sírio-Libanês em parceria com o Ministério da Saúde, no âmbito do Programa de Desenvolvimento da Gestão do Sistema Único de Saúde (DGPSUS). O evento ocorreu na quinta-feira, 2, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.

O encontro reuniu especialistas dos cursos de preceptoria do SUS e de gestores de programas de residência, oferecidos pelo Hospital Sírio-Libanês em todo o país. Em Rio Branco, participam 40 profissionais que atuam diretamente no fortalecimento dos programas de residência médica e multiprofissional no Acre.

Para a reitora Guida Aquino, a atuação com o Hospital Sírio-Libanês representa um avanço significativo na formação e gestão dos programas de residência. “É uma parceria muito importante entre universidade, Estado e o Sírio-Libanês, que certamente trará uma melhor gestão e qualificação para nossos profissionais de saúde e docentes”, afirmou.

Para Kássia Veras Lima, facilitadora de aprendizagem, e Célia Márcia Birchler, facilitadora do curso de especialização em Preceptoria do SUS e representantes do Hospital Sírio-Libanês, o diferencial do DGPSUS está em unir a formação individual dos especialistas com a entrega social dos projetos de intervenção. Esses projetos são concebidos e implementados pelos participantes a partir das necessidades vividas e sentidas no território.

Também participaram da mesa de abertura o professor Osvaldo Leal; o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, George Eduardo Carneiro Macedo; e a presidente da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), Sóron Angélica Steiner.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



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