Ela pegou um ano e quatro meses de prisão em regime aberto. A pena foi convertida em serviços comunitários com uma jornada de 8 horas. A defesa dela entrou com recurso contra a decisão, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre manteve o resultado.

A reportagem não conseguiu contato com o defensor público citado no processo.

O argumento da defesa exposto no recurso foi de que não havia elementos que comprovassem a autoria da mulher no crime.

Contudo, o desembargador Pedro Ranzi discordou do argumento.

“Tem-se que a prova produzida nos autos, é deveras suficientes a certificar que o recorrente tentou atear fogo na residência de seu ex-companheiro. Desse modo, não há que se falar em absolvição nem tampouco desclassificação da conduta da recorrente para o crime de dano qualificado, caso em que a condenação proferida pelo Juízo Originário deve ser mantida”, disse o relator.

No processo, o homem disse que se relacionou com a acusada durante 5 anos, mas teria pedido para ela sair de sua casa por causa do consumo constante de drogas. Na noite do crime, a vítima estava dormindo quando a ex-mulher foi até a casa e fez duas fogueiras em frente da residência.

O fogo não chegou a até a casa porque um vizinho do morador correu e jogou água nas fogueiras.

“Ela não parava muito em casa. Ia atrás de drogas; que ela sumia por 15 dias, um mês. O vizinho viu ela tentando colocar o fogo, a intenção era de tocar fogo. Ela disse que ia tocar fogo na casa, com eu dentro e tudo mais. Fazia alguns dias que ela disse”, disse o morador durante o julgamento.

A filha da mulher também confirmou as acusações durante o julgamento. A jovem falou também que a mãe é dependente química e consome bebidas alcoólicas constantemente. Além disso, foi relatado que o ex-casal tinha um relacionamento conturbado e viviam brigando.

Segundo a jovem, a mãe tentou atear fogo na casa após o ex-marido não deixar ela entrar.

“Ela saía de casa, não deixou ela mais entrar na casa e tentou atear fogo. Por isso ela fez isso. Ela fez isso por causa das drogas, foi para o Centro de Recuperação, [mas] está na rua atualmente. A gente não sabe atualmente onde ela está”, lamentou.