MUNDO
Nasa lança missão para gerar mapa colorido do Universo – 12/03/2025 – Ciência

PUBLICADO
4 meses atrásem

Katrina Miller
Duas missões da Nasa foram lançadas nesta quarta-feira (12), superando uma semana de atrasos para chegar à órbita. Ambas têm como objetivo desvendar mistérios sobre o Universo —uma olhando para longe da Terra, a outra, para mais de perto.
O principal passageiro do foguete é o Spherex, um telescópio espacial que vai capturar imagens de todo o céu em mais de cem cores invisíveis ao olho humano. Acompanhando o telescópio está um conjunto de satélites conhecido coletivamente como Punch, que vai estudar a atmosfera externa do Sol e o vento solar.
O lançamento foi adiado várias vezes desde o final de fevereiro para que os especialistas em missão fizessem verificações adicionais no foguete Falcon 9, da SpaceX, e na espaçonave da Nasa. Mas isso foi esquecido no início da madrugada desta quarta, quando o Spherex e o Punch decolaram da Base da Força Espacial de Vandenburg à 0h11.
Cerca de dois minutos depois, o propulsor se separou do segundo estágio e voltou para a Terra para um pouso controlado perto do local de lançamento.
Quarenta e dois minutos após o lançamento, o Spherex se afastou do segundo estágio. Os quatro satélites Punch, liberados em pares, fizeram o mesmo cerca de dez minutos depois.
Ambas as equipes das missões aguardam o sinal das espaçonaves, que estão orbitando a cerca de 650 quilômetros acima do terminador, a linha que separa o dia da noite em nosso planeta, e sobre os polos Norte e Sul. Esse tipo de órbita é conhecido como síncrona ao Sol, pois mantém a espaçonave orientada na mesma posição em relação à estrela.
Isso é vantajoso para as espaçonaves. O Punch pode ter uma visão clara do Sol o tempo todo, enquanto o Spherex pode permanecer apontado para longe dele, evitando a luz que poderia mascarar sinais mais fracos de estrelas e galáxias distantes.
Mapeando o cosmos
Spherex é a abreviação de espectrofotômetro para a história do Universo, época da reionização e explorador de gelo. O nome complicado é apropriado para a vastidão de seu objetivo: mapear todo o céu em 102 cores, ou comprimentos de onda, de luz infravermelha.
“É realmente o primeiro do seu tipo”, disse Olivier Doré, um cosmologista no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa e cientista do projeto. Em contraste, o explorador de levantamento infravermelho de campo largo da Nasa, que se aposentou em 2011, mapeou o céu em apenas quatro tons de infravermelho.
Os cientistas usarão os dados do Spherex para estudar como a luz total emitida pelas galáxias mudou ao longo do tempo cósmico e para mapear onde a água congelada e outros ingredientes essenciais para a vida existem em toda a Via Láctea.
“Acredita-se que os oceanos na Terra tenham se originado desses reservatórios de gelo interestelar”, afirmou o cosmologista James Bock, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, pesquisador principal da missão.
Um mapa tridimensional com o agrupamento desigual de galáxias em todo o Universo hoje —algumas partes densas com gás e poeira galáctica, outras mais esparsas— também ajudará os físicos a aprender mais sobre a inflação, o rápido inchaço do cosmos que ocorreu um instante após o Big Bang.
De acordo com Bock, pequenas irregularidades surgiram à medida que a matéria se espalhava pelo início do Universo. Mas a inflação “as ampliou para escalas cósmicas”, segundo ele, e a impressão dessas irregularidades é preservada na estrutura abrangente do cosmos de hoje.
Os físicos têm usado há muito tempo medições da radiação cósmica de fundo em micro-ondas —a luz remanescente do Big Bang— para estudar a inflação. No entanto, um levantamento galáctico permitirá que eles compreendam os processos físicos que impulsionaram essa expansão extrema.
“Essa é uma ideia que existe há muito tempo, mas somos o primeiro experimento projetado para procurar por isso”, afirmou Bock.
Spherex, que se parece com um megafone gigante, registrará cerca de 600 imagens por dia por mais de dois anos, capturando a luz de milhões de estrelas em nosso quintal cósmico e ainda mais galáxias além dele.
Usando uma técnica chamada espectroscopia, o telescópio separará a luz em diferentes comprimentos de onda, como um prisma de vidro dividindo a luz branca em um arco-íris de cores. O espectro de cores de um objeto no espaço revela informações sobre sua composição química e distância da Terra.
No final de sua operação, o Spherex terá mapeado o céu inteiro quatro vezes. “Teremos espectros de todos os tipos de objetos celestes —planetas, estrelas, cometas, asteroides, galáxias”, disse Doré. “E, cada vez que olhamos para o céu de uma maneira diferente, descobrimos novos fenômenos.”
Rastreando o vento solar
De acordo com Craig DeForest, do instituto de Pesquisa Southwest, o plasma quente continuamente fluindo do nosso Sol banha tudo no Sistema Solar, incluindo nós. É o vento solar.
“Não estamos separados de nossa estrela,” ele disse. “Estamos banhados por ela.”
DeForest é o investigador principal do Punch, que significa polarímetro para unificar a coroa e a heliosfera. Dados coletados com o Punch elucidarão a fronteira onde o Sol termina e o vento solar começa. A missão de dois anos também ajudará os meteorologistas a prever melhor os potenciais efeitos do clima espacial, desde quedas de energia até as cintilantes luzes do norte.
Muitas missões solares focam observar a atmosfera externa do Sol, conhecida como corona. “É como estudar a biologia humana com apenas um microscópio eletrônico”, disse DeForest. Ou seja, ótimo para observar células, mas ruim para aprender sobre anatomia.
Punch foi projetado para medir tanto a corona quanto o amplo envoltório de vento solar que envolve nosso Sistema Solar. A missão consiste em quatro satélites, cada um do tamanho de uma mala.
Um satélite carrega um coronógrafo, que vai tirar fotos da corona do Sol. Os outros três estão equipados com câmeras para capturar visões mais amplas do vento solar conforme ele deixa a corona e permeia o Sistema Solar.
Cada satélite possui três filtros polarizadores, através dos quais apenas ondas de luz alinhadas em uma direção específica podem passar. Isso é semelhante à forma como os óculos de sol polarizados bloqueiam o brilho. Ao medir a luz polarizada, os cientistas serão capazes de reconstruir a posição, velocidade e direção da coroa e do vento solar em três dimensões.
Pela primeira vez, eles também serão capazes de rastrear a evolução das ejeções de massa coronal, explosões violentas de material solar, à medida que se dirigem para a Terra e induzem o clima espacial.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
Leia mais notícia boa
- Menino autista imita cantos de pássaros na escola e vídeo viraliza no mundo
- Cidades apagam as luzes para milhões de pássaros migrarem em segurança
- Três Zoos unem papagaios raros para tentar salvar a espécie
Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
Leia Mais: Só Notícias Boas
Relacionado
MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Leia mais notícia boa
A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
Relacionado
MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
Leia mais notícia boa
Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- Economia e Negócios7 dias ago
China Cycle Divulga Relatório de Análise da Feira Internacional de Bicicletas de 2025
- OPINIÃO7 dias ago
OPINIÃO: O STF desrespeita princípios constitucionais
- ACRE5 dias ago
Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações — Universidade Federal do Acre
- Economia e Negócios5 dias ago
O novo rico de Wall Street – Financial Optimized Access
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login