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Nunes pode ter gestão mais longa da história recente de SP – 31/12/2024 – Cotidiano

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7 meses atrásem
Tayguara Ribeiro
Ricardo Nunes (MDB) pode se tornar o prefeito mais longevo da história recente da capital paulista caso cumpra até o fim o mandato que está assumindo, neste início de janeiro de 2025.
Nunes era vice de Bruno Covas (PSDB). O tucano fazia um tratamento contra um câncer e morreu apenas cinco meses após ser reeleito. Com isso, Ricardo Nunes assumiu o cargo e liderou a gestão por quase todo o mandato para o qual Covas foi conduzido.
Somados aos anos da administração que começa nesta semana, Nunes pode permanecer, ao todo, 7 anos e 7 meses no comando de São Paulo.
Somente Antônio Prado, considerado primeiro prefeito da história da capital paulista, ficou mais tempo no cargo de forma ininterrupta. A gestão Prado ocorreu por 12 anos, entre 1899 e 1911.
Nas últimas décadas, a administração da cidade ficou marcada por interrupções. Além da morte de Bruno Covas, em maio de 2021, José Serra (PSDB) e João Doria (PSDB) deixaram o cargo para concorrer ao governo do estado.
Marta Suplicy (PT) e Fernando Haddad (PT) não conseguiram se reeleger. Gilberto Kassab (PSD) ficou no cargo por 6 anos e oito meses, ao todo. Vice de Serra, Kassab assumiu a gestão municipal deixada pelo tucano e depois foi reeleito para seguir à frente da Prefeitura de São Paulo.
Ricardo Nunes, 56, se filiou ao MDB aos 18 anos e nunca trocou de partido. Ele foi vereador por dois mandatos, tendo sido eleito em 2012 e reeleito em 2016. Na Câmara Municipal, foi relator do Orçamento e comandou CPIs, como a da sonegação fiscal, que aplicou multas milionárias a bancos. Católico, Nunes integrava a bancada religiosa do Legislativo paulistano.
Sua primeira eleição ficou marcada pela crise de fornecimento de energia elétrica causada durante fortes chuvas que atingiram a cidade.
Em duas oportunidades, a última em 2024, milhares de pessoas ficaram sem luz em suas casas e comércios o que levou a uma guerra de acusações entre a gestão da capital paulista, o governo federal e a Enel, empresa responsável pelo setor na cidade de São Paulo.
Nunes é o décimo prefeito a comandar a capital paulista após a redemocratização do país. Este ciclo começou com Jânio Quadros.
Quadros já havia sido prefeito de São Paulo na década de 1950, foi presidente do país, e voltou a assumir a gestão paulistana em 1986, quando foi o responsável por criar a GCM (Guarda Civil Metropolitana) da capital paulista.
Em 1988, uma conjunção de fatores contribuíram para que Luiza Erundina, uma assistente social nordestina, petista e solteira fosse a primeira mulher a governar a maior cidade da América Latina.
Com a presença do educador Paulo Freire (Educação), sua gestão foi marcada por mutirões habitacionais, a construção de seis hospitais, a renovação da frota de ônibus e a inauguração do sambódromo do Anhembi.
Conhecido por focar na construção de grandes obras como rodovias, aeroporto e pontes, Paulo Maluf assumiu a prefeitura em 1992. Ele já havia sido governador do estado de São Paulo durante a ditadura militar e prefeito da capital na década de 1970.
Sua segunda passagem teve programas de apelo midiático. Na área habitacional, o Cingapura, que construía conjuntos habitacionais na tentativa de urbanizar áreas favelizadas. Na educação, o Leve Leite distribuía leite para alunos do ensino público.
Com popularidade em alta, Maluf conseguiu fazer seu sucessor: Celso Pitta. Ao longo da campanha de 1996, Paulo Maluf afirmou que “se Pita não for um grande prefeito, nunca mais votem em mim”.
Pitta era diretor da Eucatex (empresa da família de Maluf) quando foi escolhido como secretário das Finanças da capital paulista. Ele era formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrados nas universidades de Leeds (Inglaterra) e Harvard (EUA).
À frente da capital, no entanto, Pitta ficaria marcado por escândalos de corrupção. Entre os que o acusaram, estava a ex-mulher, Nicéa. Entre os escândalos marcantes, as denúncias por desvio de finalidade de precatórios (títulos de dívidas judiciais) e o caso que ficou conhecido como “máfia dos fiscais”.
Segunda e última mulher a comandar a cidade de São Paulo, a psicóloga Marta Suplicy (PT) assumiu a prefeitura em 2001. Sua gestão implantou os CEUs (Centro Educacional Unificado) e o Bilhete Único, projetos ainda em funcionamento e até hoje considerados marcas importantes para a cidade, em especial nas periferias.
Ela, contudo, também teve sua gestão criticada pela criação de taxas, como a chamada “taxa do lixo”, que visava financiar os sistemas de coleta, transporte, destinação final e tratamento do lixo.
Ela foi substituída pelo economista José Serra (PSDB), ex-ministro da Saúde. Sua gestão foi curta, já que deixou o comando da cidade para concorrer na eleição ao governo. Ele cancelou a “taxa do lixo” e criou a Virada Cultural, presente até hoje no calendário da cidade.
Pai da Lei Cidade Limpa, Kassab teve que lidar com escândalos nas áreas de saúde e educação e com falhas na prevenção de enchentes e no programa de inspeção veicular, ao longo de seus mais de 6 anos na prefeitura.
Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação e atual ministro da Fazenda, foi o prefeito paulistano depois da gestão Kassab. Ele criou a CGM (Controladoria Geral do Município) e defendeu bandeiras como ampliação das ciclovias e das faixas exclusivas para ônibus na cidade, revisão do Plano Diretor e o programa Braços Abertos –que abarcava a situação da cracolândia, na região central.
Por outro lado, ficou marcado por ser o prefeito da cidade no momento em que São Paulo se tornou o centro das manifestações de junho de 2013.
O empresário João Doria derrotou o petista e assumiu o cargo, mas foi prefeito por apenas 15 meses, saindo também para concorrer ao governo.
Ele se vestiu de gari no primeiro dia de mandato, e teve uma gestão com muitas ações de marketing e exposição em suas redes sociais. A impulsividade foi uma marca nesses 15 meses. O episódio da farinata foi o mais notório. Sem consultar secretários, anunciou a ideia de distribuir o granulado alimentar a famílias pobres.
Em 2016, mais conhecido por ser neto de Mario Covas (1930-2001) do que pela atuação discreta como parlamentar, Bruno Covas se tornou o vice na chapa de João Doria (PSDB) para a prefeitura como uma tentativa de pacificar o tucanato rachado pela escolha de um “outsider” como candidato.
Em abril de 2018, aos 38 anos, ele assumiria o posto de prefeito, deixado por Doria –que viria a ser eleito governador. Pretensa vitrina da gestão, Covas deixou inacabada a reforma do Anhangabaú que custou mais de R$ 100 milhões e sofreu sucessivos atrasos.
Seu mandato ficou marcado pela pandemia de coronavírus, com a cidade sendo uma das mais atingidas pela doença.
Covas também se posicionou contra medidas consideradas autoritárias do então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL). Prometeu vetar mudanças nos livros de história que contemporizassem o golpe de 1964 e ao longo de sua gestão acolheu um festival com todas as peças de teatro censuradas pelo governo federal.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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