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O frágil plano dos europeus para lidar com o regresso de Donald Trump à Casa Branca

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, italiano, polaco e alemão, em Varsóvia, 19 de novembro de 2024.

Donald Trump ainda não revelou nada sobre como pretende gerir a relação entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE). Mas ninguém, em Bruxelas, Paris, Roma, Varsóvia ou Berlim, imagina que sairá ileso do regresso do ex-presidente à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025. Além da Hungria de Viktor Orban, o seu primeiro mandato traumatizou o país. Vinte e sete e o segundo promete ser ainda mais difícil.

Em 2016, os europeus tiveram dificuldade em enfrentar Donald Trump. Desde então, a extrema direita, muitas vezes trumpista, progrediu no Velho Continente e Giorgia Meloni e o seu partido pós-fascista Fratelli d’Italia chegaram ao poder em Itália. Quanto à Alemanha e à França, no meio de uma crise económica e política, estão mais enfraquecidas do que nunca na cena comunitária.

A questão parece ser ainda menos óbvia porque, desta vez, o presidente eleito pode contar com uma maioria republicana no Congresso e com um Supremo Tribunal que conquistou.

Dos seus planos para a Europa, sabemos o que Donald Trump prometeu durante a sua campanha. Ele quer “paz” na Ucrânia, mesmo que isso signifique que parte do seu território permaneça nas mãos da Rússia. Ele espera que os Vinte e Sete paguem pela sua segurança e não dependam mais dos Estados Unidos para a garantir. No plano económico, tem uma obsessão: reduzir o défice comercial americano que, no que diz respeito à UE, ascendeu, em 2023, a quase 160 mil milhões de euros.

Evite o pior

Donald Trump pretende, portanto, impor novos direitos aduaneiros de 10% sobre as importações europeias e tem como alvo particular os automóveis alemães, que, a seu gosto, vendem demasiado bem no seu país. O pai do slogan «Tornar a América grande novamente» também quer sobrecarregar as importações chinesas em 60%, o que levaria a China a despejar o seu excesso de capacidade industrial no Velho Continente, já em pleno declínio económico.

Enquanto esperam para saber mais sobre as intenções de Donald Trump, os europeus preparam-se para todos os cenários. Existe de facto um cenário que lhes permitiria evitar o pior. “Se Trump compreender que os Estados Unidos também têm muito a perder com uma guerra comercial com a Europa, preferirá entrar numa abordagem transacional com os europeus” antes de transformar as suas promessas de campanha em música, explica um diplomata europeu. Um aumento dos direitos aduaneiros custaria certamente à UE entre 0,5 e 1,5 pontos de crescimento do produto interno bruto (PIB), mas também geraria inflação através do Atlântico.

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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